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Gale (cratera)

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Cratera Gale

Mapa topográfico de Galé, com o proposto local de pouso para a MER-A (elipse)
Planeta Marte
Região Quadrângulo de Aeolis
Tipo cratera de impacto
Coordenadas 4.6° S, 137.2° E
Diâmetro 150 km
Epônimo Walter Frederick Gale

Gale é uma cratera de impacto em Marte. Possui aproximadamente 150 km de diâmetro e se situa próxima à borda das terras baixas de Elysium Planitia na latitude 4.6º S, longitude 137.2º E. Sua idade data de aproximadamente 3.5 a 3.8 bilhões de anos.[1] Seu nome vem de Walter Frederick Gale.

Uma característica incomum de Gale é um enorme montículo de debris(detritos) ao redor do seu pico central, monte Sharp[2], elevando-se 5.5 km acima do solo a norte da cratera e 4.5 km acima do solo a sul da cratera – pouco acima da borda sul da cratera em si. Esse montículo é composto de material estratificado e pode ter sido depositado por um período de aproximadamente 2 bilhões de anos.[1] A origem desse montículo não é conhecida com certeza, mas a pesquisa sugere que que este seja os remanescentes erodidos de camadas sedimentares que outrora cobrira a cratera completamente, possivelmente originalmente depositadas em em leito de um lago.[1] No entanto, sua natureza ainda é alvo de debate.[3][4]


Gale foi um dos locais propostos para a aterrissagem em 2003 das missões Mars Exploration Rover e Mars Science Laboratory e um dos principais candidatos para ser o local de pouso da ExoMars, da ESA. Numerosos canais erodidos em flancos dos montículos poderiam dar acesso às camadas para estudo..[1]

Busca por vida

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Em 2011 a Nasa escolheu a cratera Gale como alvo de exploração do rover Curiosity, a fim de buscar sinais de vida no planeta vermelho.[5] Os dados coletados da cratera pelas rovers e pelos orbitadores revelaram evidências tanto de água no passado (e possivelmente presente) quanto de moléculas orgânicas simples - os dois ingredientes essenciais para a vida. Em dados coletados pelo rover Curiosity, pesquisadores descobriram o boro,[6] um elemento químico que pode estabilizar os açúcares usados para produzir RNA. Pesquisadores da NASA propuseram que esta parte de Marte possa ter sido habitada há apenas 5 milhões a 10 milhões de anos terrestres.[7] Após a conclusão de análises adicionais, os pesquisadores também postularam que a composição da água na atmosfera durante esses períodos era semelhante à observada nas partes mais secas do deserto de Atacama no Chile, onde os micróbios foram encontrados vivendo em solo extremamente árido.[8]

Rochas sedimentares hesperianas dentro da cratera revelaram depósitos fluvio-lacustres portadores de argila com ocorrências esporádicas de minerais de sulfato, principalmente como veias diagonéticas e concreções tardias. Os cientistas especulam que as formações geológicas podem ter se parecido com os lagos de sal no Altiplano da América do Sul e podem responder quando e por quanto tempo Marte foi capaz de suportar a vida microbiana na superfície.[9]

  1. a b c d Mars Odyssey Mission THEMIS: Feature Image: Gale Crater's History Book
  2. «Gale Crater's History Book». Arizona State University. Consultado em 14 de dezembro de 2017 
  3. Cabrol et al. 1999. Evolução hidrogeológica de Gale e sua relevância na exploração extrabiológica de Marte. Icarus: 139. 235-245.
  4. Irwin et al. 2005. Uma intensa época terminal de atividade pluvial generalizada na juventude de Marte: 2. Increased runoff and palelake development. Journal of Geographical Research: 110. E12S15
  5. Folha: Nasa buscará sinais de vida em cratera marciana
  6. In situ detection of boron by ChemCam on Mars], Geophys. Res. Lett., 44, 8739–8748, doi:10.1002/2017GL074480, Gasda, P. J., et al. (2017)
  7. The Icebreaker Life Mission to Mars: A Search for Biomolecular Evidence for Life por Christopher P. McKay, Carol R. Stoker, Brian J. Glass, Arwen I. Davé, Alfonso F. Davila, Jennifer L. Heldmann, Margarita M. Marinova, Alberto G. Fairen, Richard C. Quinn, Kris A. Zacny, Gale Paulsen, Peter H. Smith, Victor Parro, Dale T. Andersen, Michael H. Hecht, Denis Lacelle, e Wayne H. Pollard. publicado em "Astrobiology". Publicado no volume: 13 Edição 4: 22 de abril de 2013
  8. The Last Possible Outposts for Life on Mars por Davila Alfonso F. e Schulze-Makuch Dirk. Publicado em "Astrobiology" - Volume: 16 Edição 2: 16 de fevereiro de 2016
  9. «NASA's Curiosity rover discovers ancient oasis on Mars». Tech Explorist (em inglês). 9 de outubro de 2019. Consultado em 9 de outubro de 2019 

Ligações externas

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