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Cruz Laureada de São Fernando

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Laureada Cruz de São Fernando
Cruz Laureada de São Fernando
Classificação
País Espanha
Outorgante SMR El Rey
Tipo Militar do Mérito
Agraciamento Militares
Histórico
Criação 31 de agosto de 1811
Primeira concessão 1812
Última concessão 2012
Hierarquia
Superior a Medalha Militar
Imagem complementar
Observação Barreta

A Real e Militar Ordem de São Fernando (em castelhano: Real y Militar Orden de San Fernando), conhecida popularmente como Laureada Cruz de São Fernando, é a mais apreciada condecoração militar espanhola.

Tem por objetivo "honrar o reconhecido valor heroico e o muito distinto, como virtudes que, com abnegação, induzem a acometer ações excepcionais ou extraordinárias, individuais ou coletivas, sempre em serviço e benefício de Espanha".

Podem recebê-la os membros das Forças Armadas, da Guarda Civil (quando realizam atividades de caráter militar) e aqueles civis que prestem serviço dentro de forças militares organizadas.[1] Seu nome se refere ao rei Fernando III de Castela e Leão. Seu prestigio e categoria vem avaliados pelas rigorosas exigências necessárias para iniciar o expediente de concessão e o trâmite estrito que implica.

O Soberano da Ordem de São Fernando é o Rei da Espanha, que preside o capítulo bienal realizado no Real Mosteiro de El Escorial. Seu representante na Ordem é o Grão-Mestre, que governa auxiliado pelo Maestranza.

Foi instituída pelas Cortes de Cádiz mediante o Decreto núm. LXXXVIII de 31 de agosto de 1811 com o propósito de que “só o distinto mérito seja convenientemente premiado e que nunca possa o favor ocupar o lugar da justiça”. Esse Decreto previa que na insignia da cruz constasse a coroa de laurel a partir da segunda ação heróica.

Os primeiros feitos de armas que foram honrados com este prêmio de prestígio eram chefiadas pelo brigadeiro Martín García-Loygorri e Ichaso, cuja intervenção decisiva no comando da artilharia na Batalha de Alcañiz (1809) na Guerra Peninsular, levou as tropas espanholas a uma retumbante vitória sobre os franceses.

Em 9 de novembro de 2007 morreu o tenente-general D. Adolfo Esteban Ascensión, último laureado vivo do Exército Espanhol. Para evitar o desaparecimento da Ordem, o regulamento em vigor, aprovado pelo Real Decreto 899/2001, de 27 de Julho, BOE de 14 de agosto, havia ordenado que fossem incorporados à mesma ordem militar agraciados com a Medalha Militar individualmente.

As categorias que integram esta Ordem são:

  • Grã-Cruz Laureada: reservada para os oficiais general dos Exércitos. Consiste em uma cruz formada por quatro espadas em ouro unidas pelos pomos de sus empunhaduras, acoplada a uma coroa de laurel; faixa de seda, de gules, fileteada de laranja, de cujos extremos pende uma venera com a legenda «Al valor heroico» no seu anverso e a cifra "1811", no reverso.
  • Cruz Laureada: para o resto do pessoal, militar ou civil. Como a anterior, mas as espadas de gules e sem faixa.
  • Laureada Coletiva, que poderá ser concedida a unidades ou organismos das Forças Armadas Espanholas ou da Guarda Civil e cujas insígnias são as seguintes:
    • Para pessoal: uma coroa de laurel bordada sobre o punho do uniforme.
    • Para centros e organismos: laço, guia ou placa.
  • Medalha Militar Individual e Medalha Militar Coletiva: A medalha consiste em um círculo cujo interior figura um sol nascente atrás do mar e uma matrona em pé, representando a Espanha, oferecendo uma coroa de laurel e sustentando um escudo com uma cabeça de leão.

Requisitos para sua concessão

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A Real e Militar Ordem de São Fernando, em seus regulamentos, apresenta a minúcia de detalhes necessários para a concessão de mérito. Entre eles, para o laureado, em adição ao valor heróico, os seguintes:

  • Que a ação, feito ou serviço executado implique superar um dever excepcional de envolver sacrifícios e riscos significativos, incluindo a perda de vidas.
  • Que a ação, feito ou serviço não se origine como impulso único, com o objetivo de salvar a vida ou a ambição de forma imprópria e excessiva que possa levar a pessoa em causa, ou as forças sob o seu comando, a um risco inútil ou excessivo.
  • Que sejam tomadas as medidas para tirar o máximo proveito da ação com um mínimo de baixas, mesmo que seguindo ordens ou circunstâncias táticas deliberadamente atingindo o auto-sacrifício ou das suas forças, devem ser tomadas medidas de controle e danos materiais menores.
  • Que o ato tenha lugar em tempos críticos e difíceis, circunstâncias que venham determinadas pelo custo da batalha ou combate, ou que a ação tem efeito encontrar a pessoas em causa e as suas tropas ou tropas em inferioridade manifesta frente o inimigo. Esta inferioridade deve ser avaliada em termos de forças ou armas, posição em campo e defesas, suprimentos, estado físico, ferimentos sofridos, moral baixa em suas próprias tropas ou reveses recentes que causaram perdas substanciais.
  • Que o ato heróico produza extraordinárias mudanças favoráveis e assinaladas vantagens táticas para as próprias forças.
  • Na estimativa que se faça do feito será mérito destacável o autor ter se oferecido para executá-lo, previstas as extraordinárias dificuldades e os grandes riscos que envolvem a sua realização.
  • Também irá receber essa recompensa, sem satisfazer as condições acima mencionadas, quem tenha realizado um ato heroico tão notável que seu trabalho exemplar constitui um poderoso incentivo e impacto na elevação e criar moral no Exército.

A Medalha Militar premia não o valor heroico mas o muito distinto, concorrendo similares circunstâncias às anteriormente resenhadas para a Cruz Laureada.

Referências

  • Alfonso de Ceballos-Escalera y Gila et alii: La Real y Militar Orden de San Fernando. Madrid: Fundación Carlos III y Palafox & Pezuela, 2003.

Ligações externas

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