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Eliezer Ben-Yehuda

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Eliezer Ben-Yehuda
Eliezer Ben-Yehuda
Nascimento אליעזר יצחק פרלמן
7 de janeiro de 1858
Lužki
Morte 16 de dezembro de 1922 (64 anos)
Jerusalém
Residência Império Russo, Mandato Britânico da Palestina, Palestina otomana
Sepultamento Cemitério judaico do Monte das Oliveiras
Cidadania Império Russo, Império Otomano, Mandato Britânico da Palestina
Cônjuge Devora Ben-Yehuda, Hemda Ben-Yehuda
Filho(a)(s) Itamar Ben-Avi, Dola Ben-Yehuda Wittmann
Alma mater
  • Daugavpils State Gymnasium
Ocupação lexicógrafo, linguista, jornalista, gramático, editor de jornal
Causa da morte tuberculose

Eliezer Ben-Yehuda (Lujki, 7 de janeiro de 1858Jerusalém, 16 de dezembro de 1922) nascido Eliezer Yitzhak Perlman, foi o linguista que reconstruiu a língua hebraica no século XIX criando o que conhecemos como o hebraico moderno.[1]

Nascido em território que pertencia então Império Russo, e atualmente à Bielorrússia, Eliezer Ben-Yehuda recebeu a mesma educação que toda criança de seu meio. Estudou em uma yeshivá, com o sonho de se tornar rabino, e logo aprendeu o hebraico dos livros antigos.[carece de fontes?]

Com todas as mudanças que ocorriam nessa época no contexto mundial, Ben-Yehuda começou a interessar-se pelo mundo secular, mudando-se para uma escola russa, onde terminou seus estudos em 1877[carece de fontes?]. Nesta época, foi cativado pelo ideal de restauração e revificação da nação búlgara, concluindo que o povo judeu também tinha tal direito.[carece de fontes?]

Para Ben-Yehuda, que falou russo, francês e alemão, os judeus deviam voltar a Eretz Israel, a "Terra de Israel", formar uma nação e ter uma língua própria, uma escrita unificadora e esta seria o hebraico.[carece de fontes?] Porém, o hebraico era, até então, um idioma sagrado, usado apenas para estudar e orar. Concluiu que ele mesmo deveria ir as Terras de Israel e começar a pôr em prática seu sonho.[carece de fontes?]

Antes foi a Paris, estudar Medicina, mas foi interrompido, em 1881, ao contrair tuberculose, acelerando seu aliá.[carece de fontes?] Ele se mudou acreditando que seu anseio era algo possível.[carece de fontes?] Quando ainda morava na Europa, decidiu que falaria apenas hebraico com qualquer judeu que conhecesse, e ainda em Paris, em um café, obteve seu primeiro sucesso, conversando com Mordechai Aleman e provando para si mesmo que era possível.[carece de fontes?]

Ben Yehuda relatou entusiasmado para sua mulher, Débora, uma outra conversa que tivera com o trocador de dinheiro no seu desembarque em Yafo.[carece de fontes?] Aí ele viu que até as pessoas mais simples poderiam conversar em hebraico.[carece de fontes?]

Quando seu filho Ben-Zion Ben-Yehuda, também conhecido como Itamar Ben-Avi, nasceu em 1882, fez sua mulher prometer-lhe que ele cresceria sendo o primeiro menino a falar tudo em hebraico.[carece de fontes?] Essa política domiciliar ficou conhecida como o “hebraico em casa”.[carece de fontes?]

De acordo com Ben-Yehuda, este foi um fato muito importante para o futuro da língua hebraica, pois com uma criança em casa que só falava hebraico, os pais e todos visitantes teriam também que falar no mesmo idioma, e assim, quando a criança falasse hebraico por si só, teria sua teoria sido comprovada.[carece de fontes?]

Itamar Ben-Avi, em sua autobiografia, descreve algumas medidas drásticas tomadas por seu pai, muito traumáticas na sua infância.[carece de fontes?] Como por exemplo, se tivessem visitantes em sua casa que não soubessem falar hebraico, seu pai o mandava para o quarto, pois ele não poderia sequer ouvir outro idioma.[carece de fontes?] Ele conta também de um dia em que seu pai não estava em casa e sua mãe começou a cantar músicas em russo.[carece de fontes?] Quando seu pai chegou e ouviu a cantoria, que não era em hebraico, gritou e brigou com sua mãe.[carece de fontes?]

De todos os passos para instaurar a língua, o mais importante foi o “hebraico na escola”, quando Eliezer recomendou aos rabinos e professores usar o hebraico como idioma de instrução nas escolas, em matérias tanto religiosas quanto seculares[carece de fontes?].

Ele foi então convidado a lecionar o idioma hebreu na Escola de Torá e Avodá ("Trabalho") da Aliança Israelita Universal, em Jerusalém[carece de fontes?]. Em pouco tempo, seus alunos já conversavam normalmente em hebraico, graças ao seu método de falar livremente e diretamente, ou seja, sem tradução para outras línguas.[carece de fontes?]

Seu exemplo impressionou professores, mas estes enfrentavam dificuldades como falta de professores, de livros, de terminologias, e assim por diante.[carece de fontes?] “Eram como meio-mudos, falando com as mãos e com os olhos.”[carece de fontes?] Com o tempo, esses problemas foram sendo superados e uma nova e jovem geração que só falava hebraico surgiu e desenvolveu-se.[carece de fontes?].

Além de ensinar aos jovens, Ben-Yehuda queria também ensinar aos adultos, e por isso passou a publicar seu próprio jornal, HaTzvi, em 1884.[carece de fontes?].

Escrito todo em hebraico, continha tópicos de interesse do povo que morava na Terras de Israel incluindo notícias internacionais e locais, como tempo, moda, etc[carece de fontes?]. O jornal era também utilizado para introduzir novas palavras, que não existiam no hebraico antigo, entre elas “jornal”.[carece de fontes?]

Outra criação de Ben-Yehuda em prol do desenvolvimento do hebraico foi o Dicionário Completo do Hebraico Antigo e Moderno.[carece de fontes?]

Ele começou a montá-lo para uso próprio em Paris, como guia para auto-ajuda, porém concluiu que seria bom publicar a obra para ajudar a todos que tinham o mesmo problema que ele: falta de vocabulário.[carece de fontes?].

O dicionário, de 17 volumes, só pôde ser concluído após sua morte, por sua segunda esposa e seu filho.[carece de fontes?] Esse é, ainda hoje, o único dicionário na lexicografia hebraica.[carece de fontes?].

O ideal de Ben-Yehuda recebeu grande ajuda da grande massa de judeus que chegaram a Terras de Israel no mesmo ano em que ele, 1881[carece de fontes?]. Parte significativa desses imigrantes eram como ele: jovens, educados e idealistas.[carece de fontes?] Eles receberam suas idéias e muitos já estavam prontos para falar hebraico quando chegaram, transmitindo-o às crianças em casa, nas creches, nas escolas.[carece de fontes?]

Assim, entre 1881 e 1921, era formada uma massa jovem e fervente de faladores da língua hebraica, com o hebraico como único símbolo do nacionalismo linguístico.[carece de fontes?]

Esse fato foi reconhecido pelas autoridades britânicas, que reconheceram em 1922 o hebraico como língua oficial dos judeus da Terras de Israel.[carece de fontes?] Um mês depois, Ben-Yehuda faleceu de tuberculose.[carece de fontes?]

Bem antes de morrer, Eliezer escreveu em seu jornal:

“Para tudo é preciso apenas um homem em crise, inteligente e ativo, com iniciativa para devotar toda sua energia nisso, não importando o processo, nem todos os obstáculos no caminho. Em todo novo invento, em todo passo, mesmo o menor deles, o processo necessita ter um pioneiro, quem lidera o caminho sem deixar nenhuma possibilidade de voltar atrás”.[carece de fontes?]

Referências

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