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Reguibates

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(Redirecionado de Ergaybat)
Reguibates
الرقيبات
ⵉⵔⴳⵉⴱⵉⵢⵏ
Mulheres reguibates em dança guedra (1970)
Distribuição tradicional dos reguibates
População total

> 100 000[1] (1996)
117 000[2] (2024)

Regiões com população significativa
 Saara Ocidental 77 000 [3]
 Marrocos 40 000 [4]
 Mauritânia
 Argélia
Línguas
Árabe hassani, Árabe marroquino
Religiões
Islão sunita
Etnia
Berberes arabizados
Grupos étnicos relacionados
Saarauís, Sanhajas

Reguibates (Rgaybāt, R´gibat, Erguibat ou Ergaybat) são uma tribo berbere de origem sanhaja[5] estabelecida no Sara Ocidental (parte oriental), Marrocos (sul do uádi Noun), Mauritânia (parte norte) e Argélia (zona de Tindufe). Falam hassaniyya, um dialeto árabe, e pertencem ao ramo maliquita dos islão sunita.

Reclamam-se descendentes de Sidi Amade Reguibi,[6] que viveu na região de Saguia Alhamra (Sara Ocidental) no século XVI e que se apresentava como descendente do santo Abdeslam Ben Mchich Alami. Devido a esta ascendência, consideram-se a si próprios xarifes, ou seja, descendentes de Maomé.

Os reguibates formam a tribo mais importante do Sara Ocidental e a tribo saaraui mais importante de Marrocos. Segundo o censo espanhol de 1974, eles representavam mais de metade da população do Sara Ocidental. Os dois principais grupos de reguibates são os reguibates do Sael (Reguibat al-Sahel), que vivem nos territórios ocidentais e os reguibates orientais (Reguibat al-Sharq ou Reguibat Legouacem), que vivem a oriente. A tribo era originalmente nómada e deslocavam-se entre Marrocos e o que é atualmente o Mali passando pela Mauritânia e Argélia. Atualmente todos os reguibates são sedentários.

Entre os membros da tribo mais célebres destacam-se el Uali Mustafa Sayed, co-fundador da Frente Polisário, Khalli-Henna Ould Errachid, presidente do Conselho Real Consultivo para os Assuntos Sarianos (CORCAS), e Mohamed Abdelaziz, líder da Frente Polisário e presidente da República Árabe Saaraui Democrática.

Notas e referências

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  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Reguibat», especificamente desta versão.
  1. James Stuart Olson, The Peoples of Africa: An Ethnohistorical Dictionary (Greenwood, 1996), p. 494 ISBN 9780313279188
  2. «Regeibat people group in all countries | Joshua Project». joshuaproject.net. Consultado em 3 de outubro de 2024 
  3. Project, Joshua. «Regeibat in Western Sahara». joshuaproject.net (em inglês). Consultado em 3 de outubro de 2024 
  4. Project, Joshua. «Regeibat in Morocco». joshuaproject.net (em inglês). Consultado em 3 de outubro de 2024 
  5. Attilio Gaudio, Les Populations du Sahara Occidental : histoire, vie et culture, Karthala éditions, 1993, p. 36
  6. Nota de leitura de Pierre Bonte sobre Les Rgaybāt : 1610-1934 de Sophie Caratini, publicado na revista L'Homme, 1994
  • François Beslay, Les Réguibats : de la paix française au Front Polisario, L'Harmattan, Paris, 1984, 189 p.
  • Sophie Caratini, Les Rgaybāt : 1610-1934, L'Harmattan, Paris, 1989, 2 vol., 1, Des chameliers à la conquête d'un territoire, 289 p. ISBN 2-7384-0014-0 ; 2, Territoire et société, 289 p. ISBN 2-7384-0385-9, texto de uma tese de mestrado de sociologia (nota de leitura de Pierre Bonte publicado na revista L'Homme, 1994)
  • Sophie Caratini, La dernière marche de l'Empire : une éducation saharienne, La Découverte, Paris, 2009, 305 p. ISBN 978-2-7071-5681-5
  • R. Cauneille, Les Reguibat Legouacem, CHEAM, Paris, 1943, 110 p. (mémoire)
  • Pierre Denis, Les Derniers nomades, L'Harmattan, Paris, 1989, 631 p.ISBN 2-7384-0297-6
  • Attilio Gaudi, Histoire, structures traditionnelles et conditions de développement actuelles des populations nomades du Sahara occidental ou « Trâb Reguibât », EHESS, Paris 7, 1974 (thèse de 3e cycle d'Ethnologie)
  • Le Cros (Lieutenant), L'Évolution de la Mauritanie et particulièrement chez les Regueibat, 1955- à 1960, CHEAM, Paris, 1961
  • Michel Lessourd, Les Rgueibat du Sahara occidental, CHEAM, Paris, 1964
  • Vincent Monteil, Notes sur les R'guibatt, MIRLEFT, Maroc, 1944, 18 p.
  • J. Paillard, Le problème des Regueibat, CHEAM, Paris, 1967