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Periquito-santo

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPeriquito-santo

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Forpus
Espécie: F. passerinus
Nome binomial
Forpus passerinus
(Linnaeus, 1766)
Distribuição geográfica

O periquito-santo (nome científico: Forpus passerinus) é uma espécie de ave pertencente à família Psittacidae. É um dos sete representantes do gênero Forpus. É considerada a menor espécie de periquito encontrada no Brasil, além disso é o psitacídeo de menor estatura a serem encontrados em todo o continente americano. O periquito-santo pode ser encontrado em regiões de até 500 metros de altitude. Apresentam dimorfismo sexual.[1]

A família de psitacídeos são formadas por aves que possuem o cérebro bem desenvolvido, dando a elas características de seres inteligentes e engraçados. Além disso, possuem capacidade de reproduzir os sons que escutam, inclusive palavras. Existem várias espécies dentro da família dos psitacídeos. Os psitacídeos apresentam como descrição geral os bicos altos e curvos, a sua uma mandíbula superior não está totalmente fixada ao seu crânio, o que é comum em outras aves. Também são consideradas maiores quando comparadas com a sua mandíbula inferior. Sua língua é carnuda, e com isso possuem uma maior sensibilidade para sentir o sabor do alimentos ingeridos. Suas pernas possuem os ossos dos tarsos curtos e de quatros dedos, sendo dois deles virados para frente e dois virados para trás, tornando-os perfeitos para que possam segurar em diversos ramos e também seus alimentos, o qual serão levados diretamente dos dedos para o bico. Essa família possui um pó que se acumula na sua pelugem do dorso, fazendo com que a sua plumagem permaneça sempre muito limpa [2]

Características

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O periquito-santo em específico possui entre 12 e 13 centímetros de comprimento e pesa entre 20 e 28 gramas. Sendo a menor espécie de periquitos e papagaios encontrados no Brasil e também são os psitacídeos de menor estatura a serem encontrados no continente americano.[1]

Forpus deriva do grego phoreö = possuir; e pous = pé; do (latim) passerinus = refere se ao pardal Passer domesticus, semelhante ao pardal, pois o periquito-santo apresenta o pé semelhante aos pés do pardal.[1]

Distribuição geográfica

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A espécie é distribuída em Aruba, Guianas, norte do Brasil, norte da Venezuela, Guiana, Ilhas Cayman, no nordeste da Colômbia, Curaçao, Suriname, Trinidad e Tobago e Guiana Francesa.[3]

Eles podem ser encontrados em áreas semi-abertas, floresta de galeria, terra, bordas da floresta, e áreas desflorestadas em toda sua escala, como nas florestas secas, cultivos e culturas de até 500 metros de altitude. Vivem em bandos apresentando uma média de 100 indivíduos em cada. Executam migrações latitudinais ao longo do ano. [4]

O periquito-santo nidifica nos ninhos abandonados de outras aves como a do pica-pau e em outros buracos como o ninho de cupins arborícolas, ou em cavidades de postes de madeira. A sua época de reprodução ocorre de maio (ou junho) a novembro que é a época de estações que apresentam mais chuvas.[4]

A fêmea coloca uma média de 7 ovos, de coloração branca, durante um período de 9 a 16 dias. A incubação geralmente se inicia quando a fêmea coloca o seu primeiro ovo. A eclosão dos ovos começa de 18 as 22 dias depois do período de inicio da incubação. Depois que o ovos eclodirem, os filhotes de pássaros passam 5 semanas aproximadamente para que saiam as penas.[5]

Dimorfismo sexual

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O seu bico é claro e pequeno, a diferença entre os sexos se dá pela região do uropígio verde-brilhante. Nos machos, apresentam-se as asas com uma franja azul-turquesa seguida por outra azul-esverdeada, com a parte ventral com a cor mais clara do que a cor dorsal, já a sua cauda possui a cor da borda amarela. Já a fêmea possui a região do uropígio na coloração amarelo-esverdeada e não apresentam a cor azul nas asas, pois esta é característica dos indivíduos do sexo masculino.[5]

Alimentação

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A alimentação do periquito-santo é baseada em frutas de sementes, além de gramíneas.[4] Por serem aves comumente criadas em gaiola, a sua alimentação quando em cativeiro pode ser baseadas em rações e também em comer frutas; mas é importante saber qual é a fruta permitida a fim de que não tenha nenhum problema como intoxicações, por exemplo.

Por isso, é fundamental consultar um médico veterinário especializado para que ele possa sanar todas as dúvidas sobre alimentação do animal.[2]

Comportamento

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Por serem animais silvestres é da natureza desses bichos voarem pelo meio das matas. Então, quando são domesticados isso muda, e pode ser um pouco entediante para eles ficarem presos em gaiolas. Por isso, é importante sempre manter um contato com eles é para que não fiquem triste, sendo necessário muito carinho e atenção, além de ser importante que se ofereça brinquedos a eles.[2]

Por ser uma ave que pode comumente ser criada em gaiola, quando em cativeiro apresentam comportamento dócil e lúdico. Apesar disso, podem ser possessivos com pessoas e com brinquedos. Já na natureza podem ser vista em grandes números, em locais de descanso ao amanhecer e ao anoitecer. Eles formam laços fortes e pares, com isso raramente trocam de parceiros. Apesar disso, só se reproduzem com o mesmo indivíduos por 1–2 temporadas.[1]

Estado de conservação

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Existe um baixo grau de ameaça de extinção, apesar de que no Brasil é criado comumente com uma ave de gaiola. O periquito-santo aparece na lista vermelha da Bahia, mas ainda é considerado uma espécie com o grau de pouca ameaça. [4]

Forpus passerinus passerinus: encontrado nas Guianas. Também conhecida como subespécie nomear. O macho é verde com um verde mais brilhante na testa e nas bochechas, na parte de baixo do corpo e atrás do pescoço. Parte inferior das costas, garupa e cauda superior são verde-esmeralda brilhante. O lado inferior das asas e a borda da asa são azuis. As fêmeas são iguais às dos machos, mas sem qualquer azul. Eles podem ter colorações mais amareladas na testa.

Forpus passerinus viridissimus: encontrado no norte da Venezuela, Trinidad e Tobago. Também conhecido como papagaio verde venezuelano. Como Forpus passerinus passerinus, mas o macho tem marcas azuis mais pálidas. A plumagem verde em machos e fêmeas varia significativamente com base em que região eles são.

Forpus passerinus deliciosus: encontrado na baixa Bacia Amazônica no Brasil. Também conhecido como papagaio-delicado. O macho tem um anseio verde esmeralda com coloração azulada. A fêmea tem mais amarelo por toda parte e uma área facial amarela mais profunda.

Forpus passerinus cyanochlorus: encontrado em Roraima, no Brasil. Como Forpus passerinus passerinus, mas as penas da cauda da fêmea são mais verdes na parte inferior. Também tem mais amarelo por toda parte e uma testa verde.

Forpus passerinus cyanophanes: encontrado nas áreas ao redor do norte da Colômbia. Também conhecido como papagaio Rio Hacha. Como Forpus passerinus passerinus, as marcas de asa azuis masculinas são mais violetas, e mostram mais azul quando a asa está fechada do que nas outras subespécies.[6]

Pesquisas relacionadas

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Desde 1985, o ecologista americano Steve Beissinger vem estudando as condições de vida e o comportamento dos animais em uma colônia de papagaios-periquito-de-cauda-verde (periquito-santo) na Venezuela.[7] Este estudo de longo prazo rendeu pistas sobre a ecológica e evolutiva fundo de aprendizado por imitação de papagaios: Portanto, obter jovens papagaios de seus pais, o padrão específico da espécie da comunicação intra-específica, mas estes variam individualmente e podem variar ainda mais que a vida, de modo que cada animal sua Chamadas de contato 'próprias' podem ser desenvolvidas e reconhecidas individualmente por todos os outros coespecíficos.[8]

  1. a b c d BirdLife International. «Forpus passerinus» (em inglês). The IUCN Red List of Threatened Species 2012. Consultado em 16 de junho de 2016 
  2. a b c «Psitacídeos: o guia completo para cuidar desses pets». Blog Petz. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  3. Morandini, Rochely Santos. «Diversidade funcional das aves do Cerrado com simulações da perda de fisionomias campestres e de espécies ameaçadas: implicações para a conservação» 
  4. a b c d «Tuim-santo (Tuim passerinus) - Aves exóticas». Mascote. Consultado em 4 de outubro de 2018 
  5. a b «tuim-santo (Forpus passerinus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 20 de setembro de 2018 
  6. 1956-, Stotz, Douglas F. (Douglas Forrester),; International., Conservation; History., Field Museum of Natural (1996). Neotropical birds : ecology and conservation. Chicago: University of Chicago Press. ISBN 0226776298. OCLC 32819832 
  7. Morell, V. (21 de julho de 2011). «Why Do Parrots Talk? Venezuelan Site Offers Clues». Science. 333 (6041): 398–400. ISSN 0036-8075. doi:10.1126/science.333.6041.398 
  8. Berg, K. S.; Delgado, S.; Cortopassi, K. A.; Beissinger, S. R.; Bradbury, J. W. (13 de julho de 2011). «Vertical transmission of learned signatures in a wild parrot». Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences. 279 (1728): 585–591. ISSN 0962-8452. doi:10.1098/rspb.2011.0932 
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