Frente para o Avanço e o Progresso do Haiti
A Frente para o Avanço e o Progresso do Haiti, anteriormente Frente Revolucionária Armada para o Progresso do Haiti (FRAPH) foi um grupo paramilitar de extrema-direita [1] organizado em meados de 1993. Seu objetivo era minar o apoio ao popular padre católico Jean-Bertrand Aristide, que serviu menos de oito meses como presidente do Haiti antes de ser deposto, em 29 de setembro de 1991, por um golpe de Estado.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Foi criada por Emmanuel "Toto" Constant e Louis-Jodel Chamblain[2] como um movimento neo-duvalierista. Tratava-se de uma organização paramilitar, do tipo esquadrão da morte, que aterrorizou, com os mesmos métodos violentos dos sinistros Tontons macoutes[1], a população haitiana cometendo inúmeros crimes, execuções sumárias, sequestros e estupros.[3]
Foi após o golpe militar que derrubou o presidente Jean-Bertrand Aristide pela primeira vez, em 30 de setembro de 1991, que esta organização foi criada para complementar as Forças Armadas do Haiti (FADH) durante a ditadura militar de Raoul Cédras. Operou com as Forças Armadas do Haiti em sua campanha de terror e repressão contra a população civil haitiana.[3]
A FRAPH cometeu inúmeras violações de direitos humanos cuja especialidade era a violência sexual contra as mulheres. A maioria dos seus crimes foram cometidos nos bairros mais pobres das cidades haitianas, onde se concentrava a base de apoio popular de Aristide. Participou notavelmente no massacre de Raboteau.
Referências
- ↑ a b French, Howard W. (21 de janeiro de 1994). «Gonaives Journal; The Bogeyman's Back, Striking Fear Into Haitians». The New York Times
- ↑ Revolutionary Front for Haitian Advancement and Progress (FRAPH) / Front Révolutionnaire pour L'Avancement et le Progress Haitien (FRAPH)
- ↑ a b En Haïti, le chef de « l'escadron de la mort » doit faire face à la justice (ONU). UN News