FuiVazado!
FuiVazado! | |
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Captura de tela do site em 2021 | |
Fundador(es) | Allan Fernando Armelin da Silva Moraes |
Requer pagamento? | Não |
País de origem | Brasil |
Idioma(s) | Português |
Lançamento | 28 de janeiro de 2021 |
Endereço eletrônico | fuivazado |
Estado atual | Bloqueado |
FuiVazado![1] é uma ferramenta de consulta criada por Allan Fernando Armelin da Silva Moraes e lançado em 28 de janeiro de 2021, após o vazamento dos dados de 220 milhões de pessoas no Brasil. O site era capaz de checar se os dados de uma pessoa estavam incluídos no vazamento de dados do inicio de 2021. Foi bloqueado no dia 5 de fevereiro por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Website
[editar | editar código-fonte]FuiVazado! foi criado pelo desenvolvedor Allan Fernando Armelin da Silva Moraes, após ocorrer um vazamento de dados de 220 milhões de pessoas, entre eles o presidente Jair Bolsonaro e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram vendidos em um fórum da deep web.[2][3][4] O site entrou no ar em 28 de janeiro de 2021, e recebeu tantos visitantes que seu servidor ficou instável, sendo reestabilizado no final de semana seguinte.[5] Nele, com a inserção do CPF e data de nascimento, é possível ver se seus dados estavam incluídos no vazamento. O banco de dados do site foi criado através de análise dos dados disponibilizados no fórum, feita com Python e Apache Spark. O site não tinha fins econômicos, sendo sustentado por doações.[6]
Em seu lançamento, surgiram dúvidas sobre a legitimidade do site[6] e uma possível ilegalidade em sua operação, por terceiros conseguirem fazer consultas em nome de outras pessoas.[7] Allan também divulgou o código-fonte do FuiVazado! no GitHub. Rafael Zanatta, diretor da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, afirmou que o Ministério da Justiça deveria criar um buscador semelhante.[6][8]
Em 3 de fevereiro de 2021, o ministro do STF Alexandre de Moraes pediu a abertura de investigação dos fatos e o bloqueio do site e outros três fóruns da deep web, que foi executado pela Polícia Federal (PF) no dia 5.[3][9] Também foi pedido que buscadores como Google, Yahoo, Ask e Bing, retirassem do sistema de busca todas as remissões para os sites.[10]
Dados
[editar | editar código-fonte]O FuiVazado! checava os seguintes dados:[7]
- Telefone
- Endereço
- Mosaic
- Ocupação
- Score de Crédito
- Registro Geral
- Título de Eleitor
- Escolaridade
- Empresarial
- Receita Federal
- Classe Social
- Estado Civil
- Emprego
- Afinidade
- Modelo Analítico
- Poder Aquisitivo
- Fotos de Rostos
- Servidores Público
- Cheques sem Fundos
- Devedores
- Bolsa Família
- Universitários
- Conselhos
- Domicílios
- Vínculos
- Salário
- Renda
- Óbitos
- IRPF
- INSS
- FGTS
- CNS
- NIS
- PIS
Ver Também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «FuiVazado». allanf181 (em inglês). Consultado em 3 de março de 2024. Cópia arquivada em 3 de março de 2024 – via GitHub
- ↑ Hygino Vasconcellos (28 de janeiro de 2021). «Vazamento de dados de 220 milhões de pessoas: o que sabemos e quão grave é». Tilt. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ a b Hygino Vasconcellos (8 de fevereiro de 2021). «Site "Fui Vazado" sai do ar após ordem do STF». Tilt. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ Felipe Ventura. «Saiba se seu CPF e mais dados pessoais estão no vazamento de 220 milhões». Tecnoblog. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ «"Meus dados estão lá no meio também," diz criador do site Fui Vazado». Manual do Usuário. 4 de fevereiro de 2021. Consultado em 28 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c Felipe Ventura. «Site Fui Vazado libera código-fonte e especialistas apontam o que melhorar». Tecnoblog. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ a b Hygino Vasconcellos (31 de janeiro de 2021). «Fui vazado? Site mostra se seus dados foram expostos; entenda o risco». Tilt. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ Hygino Vasconcellos (5 de fevereiro de 2021). «Site Fui Vazado tem boa intenção, mas traz brecha; veja o que tem no código». Tilt. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ Jorge Marin (9 de fevereiro de 2021). «Site Fui Vazado é tirado do ar por ordem do STF». Tecmundo. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024
- ↑ «Site que listava dados pessoais vazados na internet sai do ar por ordem do STF». CNN Brasil. 8 de fevereiro de 2021. Consultado em 1 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2024