Gargares

Os gargares eram uma das tribos da Albânia caucasiana.^[1]^{[nt 1]} De acordo com a suposição de Kamilla Vasilievna Trever, a mais cultural e líder das tribos que habitavam este Estado medieval.^[2]^{[nt 2]} Adrienne Mayor identifica os gargares com os inguches.^[3] De acordo com outra versão, eles estão associados aos rutuls.^[4]^[5]^[6]

O nome desta tribo já estava registrado nas obras de Estrabão.^[7] Os gargares provavelmente viviam a leste da província de Otena, na Albânia.^[1] O etnônimo "gargar", registado por autores armênios, surge na primeira metade do I milênio, em paralelo com o etnônimo “albano”.^[8]

Notas[editar | editar código-fonte]

↑ Os gargares (Gargarac'ik') representavam um dos povos do Reino da Albânia cujo nome já está atestado em Estrabão XI,5,1 e que pode ser associado ao topónimo armênio daštn Gargarac'owc', região a sudeste do centro parte do rio Cura (compare o nome contemporâneo do rio Gargar, um afluente do Araxes). Muito provavelmente, os gargares, cujo habitat estava localizado a leste da província albanesa de Otena, desempenharam um papel crucial na administração do Estado, pelo menos na época da conversão à fé cristã.
↑ Como se sabe, no século V. Mesrobes Mastósio, ao criar o alfabeto albanês, baseou-o no dialeto gargar da língua albanesa (“criou a escrita da língua gargar, rica em sons de garganta”). Esta última circunstância permite-nos sugerir que foram os gargares a tribo albanesa mais culta e líder.

Referências[editar | editar código-fonte]

↑ ^a ^b Old Udi (Inglês) // Conferência sobre as Línguas do Cáucaso. — 2007. — Dezembro. Arquivado do original em 12 de junho de 2021.
↑ Trever K.V. Ensaios sobre a história e cultura da Albânia Caucasiana no século IV. AC e.-VII século n. e. (fontes e literatura). - M. - L .: Editora da Academia de Ciências da URSS, 1959. - 389 p.
↑ Adrienne Mayor. As Amazonas: Vidas e Lendas de Mulheres Guerreiras em todo o Mundo Antigo (Inglês). - 2014. - ISBN 9781400865130.
↑ Ikhilov M. M. Nacionalidades do grupo Lezgin: um estudo etnográfico dos Lezgins, Tabasarans, Rutuls, Tsakhurs, Aguls do passado e do presente. - Makhachkala: filial do Daguestão da Academia de Ciências da URSS, 1967. - 369 p.
↑ Tis̆kov, V. A.; Associacija Ėtnografov i Antropologov Rossii, eds. (2007). Doklady i vystuplenija / VII Kongress Ėtnografov i Antropologov Rossii: Saransk, 9 - 14 ijulja - 2007 g. Saransk: NIIGN pri Pravitelʹstve Respubliki Mordovija
↑ Тишков, Валерий Александрович (2007). VII Конгресс этнографов и антропологов России, Саранск, 9--14 июля 2007 г: доклады и выступления (em russo). [S.l.]: НИИ гуманитарных наук при Правительстве Республики Мордовия
↑ «STRABO». Cambridge University Press. 30 de outubro de 2014: 238–260. Consultado em 5 de junho de 2024
↑ Gumba G. Кавказская Альбания по "Ашхарацуйцу" Vardanes de Arevel (século XIII) // Notícias de Ciências Sociais. — Não . - C. 69 . -ISSN0320-8117. Arquivado em 23 de novembro de 2018.

[2] Os gargares (Gargarac'ik') representavam um dos povos do Reino da Albânia cujo nome já está atestado em Estrabão XI,5,1 e que pode ser associado ao topónimo armênio daštn Gargarac'owc', região a sudeste do centro parte do rio Cura (compare o nome contemporâneo do rio Gargar, um afluente do Araxes). Muito provavelmente, os gargares, cujo habitat estava localizado a leste da província albanesa de Otena, desempenharam um papel crucial na administração do Estado, pelo menos na época da conversão à fé cristã.

[4] Como se sabe, no século V. Mesrobes Mastósio, ao criar o alfabeto albanês, baseou-o no dialeto gargar da língua albanesa (“criou a escrita da língua gargar, rica em sons de garganta”). Esta última circunstância permite-nos sugerir que foram os gargares a tribo albanesa mais culta e líder.

[:0-1] Old Udi (Inglês) // Conferência sobre as Línguas do Cáucaso. — 2007. — Dezembro. Arquivado do original em 12 de junho de 2021.

[3] Trever K.V. Ensaios sobre a história e cultura da Albânia Caucasiana no século IV. AC e.-VII século n. e. (fontes e literatura). - M. - L .: Editora da Academia de Ciências da URSS, 1959. - 389 p.

[5] Adrienne Mayor. As Amazonas: Vidas e Lendas de Mulheres Guerreiras em todo o Mundo Antigo (Inglês). - 2014. - ISBN 9781400865130.

[6] Ikhilov M. M. Nacionalidades do grupo Lezgin: um estudo etnográfico dos Lezgins, Tabasarans, Rutuls, Tsakhurs, Aguls do passado e do presente. - Makhachkala: filial do Daguestão da Academia de Ciências da URSS, 1967. - 369 p.

[7] Tis̆kov, V. A.; Associacija Ėtnografov i Antropologov Rossii, eds. (2007). Doklady i vystuplenija / VII Kongress Ėtnografov i Antropologov Rossii: Saransk, 9 - 14 ijulja - 2007 g. Saransk: NIIGN pri Pravitelʹstve Respubliki Mordovija

[8] Тишков, Валерий Александрович (2007). VII Конгресс этнографов и антропологов России, Саранск, 9--14 июля 2007 г: доклады и выступления (em russo). [S.l.]: НИИ гуманитарных наук при Правительстве Республики Мордовия

[9] «STRABO». Cambridge University Press. 30 de outubro de 2014: 238–260. Consultado em 5 de junho de 2024

[10] Gumba G. Кавказская Альбания по "Ашхарацуйцу" Vardanes de Arevel (século XIII) // Notícias de Ciências Sociais. — Não . - C. 69 . -ISSN0320-8117. Arquivado em 23 de novembro de 2018.

[1]

[nt 1]

[2]

[nt 2]

[3]

[4]

[5]

[6]

[7]

[8]