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Língua gilbertesa

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(Redirecionado de Gilbertês)
Gilbertês

Taetae ni kiribati

Outros nomes:Quiribati
Falado(a) em: Quiribáti, Fiji, Ilhas Marshall, Nauru, Ilhas Salomão, Tuvalu e Vanuatu
Região: Pacífico Sul
Total de falantes: 125 000
Família: Malaio-polinésia (MP)
 MP centro-oriental
  MP oriental
   Oceânica
    Oceânica centro-oriental
     Oceânica remota
      Micronésia
       Gilbertês
Escrita: Alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de: Kiribati Language Board
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: gil
ISO 639-3: gil

O gilbertês[1] ou quiribati[1] (kiribati) é um idioma pertencente à família linguística austronésia, pertencente ao ramo oceânico e do sub-ramo micronésio, tradicionalmente falada no Quiribáti e em outros países localizados no oceano Pacífico, bem como por cidadãos quiribatianos e pela diáspora quiribatiana pelo mundo. É uma língua da classe Verbo-Objeto-Sujeito (VOS).

O nome "Quiribáti" (Kiribati, pronunciado localmente /kiribass/, /kiribassi/ ou /kiribati/) é como os nativos pronunciavam "Gilberts", maneira como chamavam o capitão da marinha britânica Thomas Gilbert que, juntamente com o capitão John Marshall, foram os primeiros europeus a descobrir as ilhas Gilbert, em 1788. O nome oficial nativo da língua é te taetae ni Kiribati, ou "a língua quiribati".

A primeira descrição completa do idioma estava no Dictionnaire gilbertin-français, feito em 1954 pelo padre católico Ernest Sabatier. O dicionário posteriormente foi traduzido para o inglês pela irmã Olivia, com o auxílio da Secretariado da Comunidade do Pacífico.

Cerca de 125.000 pessoas falam o gilbertês, das quais 98 000 vivem no Quiribáti, cerca de 97,2% do total da população do país. Os restante habita o atol de Nui, em Tuvalu, a ilha Rabi, em Fíji, Mili, nas ilhas Marshall, e outras ilhas onde os quiribatianos se mudaram — como as ilhas Salomão (mais especificamente a província de Choiseul) e Vanuatu, para onde muitos foram deslocados oficialmente, ou Nova Zelândia e Havaí, para onde muitos emigraram.

Ao contrário do que ocorre com muitos idiomas na região do Pacífico, o gilbertês está longe de estar extinto, e a maioria de seus falantes o usa diariamente. Somente 30% dos falantes do idioma são totalmente bilíngue com o inglês, o que é interpretado como um sinal de que não há perigo de sua absorção pelo idioma estrangeiro.

Países com falantes do gilbertês

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  1. Quiribáti, 119 000
  2. Fiji, 5300
  3. Nauru, 1700
  4. Ilhas Salomão, 1230
  5. Tuvalu, 870
  6. Vanuatu, 370
  7. Populações reduzidíssimas noutros países (menos de 370 em cada)

O gilbertês tem dois dialetos principais; um dito 'setentrional' e o outro 'meridional'. As principais diferenças dizem respeito à pronúncia de certas palavras. As ilhas de Butaritari e Makin também possuem seus próprios dialetos, que diferem do gilbertês padrão tanto em vocabulário quanto na pronúncia.

O gilbertês tem 10 consoantes e 10 vogais (cinco curtas e cinco longas)[2]

Consoantes
Bilabial Apical Velar
plain velarizada
Nasal m n ŋ
Plosiva p k
Fricativa βˠ²
Vibrante ɾ³
  1. /t/ é abrandada para [s] antes de /i/
  2. A fricativa labiovelar /βˠ/ pode ser vibrante e aproximante, dependendo do contexto.[3]
  3. /ɾ/ não ocorre no final de sílabas.[4]
Vogais
Anteriores Posteriores
Fechadas¹ i u
Médias e o
Abertas a
  1. /i/ e /u/ curtos podem se tornar semivogais quando são sucedidos por vogais mais sonoras. /ie/[je] ('vela').[5] O gilbertês também possui nasais silábicas, embora os /n/ e /ŋ/ só possam ser sucedidos por consoanes que sejam homorgânicas.[3]

A quantidade é distintiva para as vogais e consoantes nasais, porém não o é para o restante dos sons; assim, ana (artigo da terceira pessoa do singular) contrasta com aana ('seu lado de baixo') bem como anna ('terra firme'). Outros pares mínimos incluem:[6]

Curta Longa
te ben ('coco maduro') te been ('caneta')
ti (marcador de sujeito na primeira pessoa) tii ('somente')
on ('cheio') oon ('as/algumas tartarugas')
te atu ('pacote') te atuu ('cabeça')
tuanga ('contar a alguém') tuangnga ('contar')

Referências

Ligações externas

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