Gipsita
Gipsita | |
---|---|
Classificação Strunz | sulfatos |
Cor | incolor, branco a cinza, amarelo, vermelho, castanho |
Fórmula química | Ca[SO4] • 2H2O |
Ocorrência | raro |
Propriedades cristalográficas | |
Sistema cristalino | monoclínico |
Grupo espacial | = monoclínico-prismático 2/m[1] |
Propriedades físicas | |
Densidade | 2,32 g/cm3 |
Dureza | 1,5-3,0 (Mohs) |
Clivagem | perfeita |
Fratura | concoide |
Brilho | ceroso |
Risca | branca |
Outras | fluorescência ausente |
Gipsite (português europeu) ou gipsita (português brasileiro), também chamada pedra de gesso, gesso (do grego gypsos) ou sulfato de cálcio hidratado,[2] é um minério de cálcio cuja composição química corresponde à fórmula Ca(SO4) • 2H2O.
Características
[editar | editar código-fonte]O gipsito é, basicamente, composta por sulfato de cálcio hidratado. Apresenta geralmente coloração de branca a translúcida. Outras características são os aspectos micáceo, lamelar, o brilho nacarado, o tato untuoso (ou fibroso) e a dureza baixa (2,0). É o sulfato mais comum na crosta terrestre, ocorrendo em evaporitos ou na forma de camadas interestratificadas de folhelhos, calcário e argila, podendo também ser encontrado em meteoritos.
Marte
[editar | editar código-fonte]A presença de depósitos de gipsita em Marte detectada pela sonda Opportunity é tratada como uma evidência de que houve água corrente na superfície do planeta no passado.[3]
Propriedades
[editar | editar código-fonte]Através da calcinação, a gipsita perde sua água de cristalização, podendo, então, ser transformada em gesso quando mantém água cristalizada (CaSO4 + 1/2 H2O), ou sulfato de cálcio (anidrita) quando perde totalmente a água cristalizada.
Aplicações
[editar | editar código-fonte]É usada principalmente na fabricação de cimento, como também na fabricação de ácido sulfúrico, giz, vidros, esmaltes, gesso e na produção de cerveja. É usada também como molde para fundição; desidratante; aglutinante e corretivo de solo (fornecedor de cálcio e enxofre), além de possuir aplicação na metalurgia (na formação de escória, entre outras aplicações.)
Reservas e Produção
[editar | editar código-fonte]Reservas e produção globais
[editar | editar código-fonte]1. | Estados Unidos | 21,2 |
2. | Irão | 16,0 |
3. | China | 15,5 |
4. | Turquia | 10,0 |
5. | Tailândia | 9,7 |
6. | Omã | 9,1 |
7. | Espanha | 7,0 |
8. | Rússia | 5,5 |
9. | México | 5,4 |
10. | Japão | 4,3 |
11. | Alemanha | 3,3 |
11. | Arábia Saudita | 3,3 |
13. | Brasil | 3,0 |
13. | Canadá | 3,0 |
13. | França | 3,0 |
Fonte: USGS.
Os Estados Unidos são os maiores produtores e consumidores mundiais de gipsito; enquanto a sua produção, em 2001, foi da ordem de 19 milhões de toneladas, a de outros países grandes produtores foi a metade, ou um terço.[carece de fontes] Em termos mundiais, a indústria cimenteira é a maior consumidora, enquanto nos países desenvolvidos a indústria de gesso e seus derivados absorve a maior parte da gipsito produzida.
Reservas e produção brasileiras
[editar | editar código-fonte]As reservas e produção somente no Brasil somam cerca de 93%. Aproximadamente, 1,271 milhões de toneladas estão concentradas na Bahia (44%), Pará (31%) e Pernambuco (18%), ficando o restante distribuído, em ordem decrescente, entre o Maranhão, Ceará, Piauí, Tocantins e Amazonas. A porção das reservas que apresenta melhores condições de aproveitamento econômico está situada na Bacia do Araripe, região de divisa dos Estados do Piauí, Ceará e principalmente em Pernambuco, especificamente nos municípios de Ipubi, Trindade, Ouricuri e Araripina e ainda áreas exploradas em Exu e Bodocó. O aproveitamento das reservas do Pará tem, como fatores impeditivos, a grande distância dos centros consumidores e deficiências de infraestrutura.[carece de fontes]
Fabricação sintética
[editar | editar código-fonte]A gipsito também pode ser fabricada de maneira artificial (sintetizada), através de um processo industrial no qual ocorre a precipitação a partir de carbonato de cálcio e ácido sulfúrico: .
Referências
- ↑ «Webmineral - Gypsum» (em inglês)
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 851.
- ↑ «NASA Mars Rover Finds Mineral Vein Deposited by Water». NASA. Consultado em 12 de dezembro de 2011