Guaxinim
Guaxinim | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Procyon lotor Linnaeus, 1758 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Nativo das áreas a vermelho.
Introduzido nas áreas a azul. | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Linnaeus, 1758 |
O guaxinim norte-americano, por vezes chamado rato-lavadeiro (Procyon lotor),[1] é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o Procyon cancrivorus (espécie sul-americana). Estes animais são encontrados nas Américas e são conhecidos também pelo nome estadunidense raccoon. No Brasil, "guaxinim"[2] e "jaguacinim"[3] referem-se a vários Procionídeos, especialmente ao Procyon cancrivorus.[4] Existem também na Europa central e no Cáucaso e no Japão, onde se estabeleceram após fugas de indivíduos vindos de outras regiões.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Segundo Eduardo Navarro, em seu Dicionário de Tupi Antigo (2013), "guaxinim" e "jaguacinim" procedem do tupi antigo îagûasinĩ. São também conhecidos como iguanara, jaguaracambé, rato-lavador, urso-lavador, mão-pelada. [5] Em Portugal, o termo guaxinim é um préstimo do Tupi, sendo o termo local rato-lavadeiro ou ratão-lavador.
Habitat
[editar | editar código-fonte]O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e, hoje, é encontrado também em áreas urbanas, sendo também encontrado como espécie invasora na Alemanha, áreas da antiga URSS e Japão.
Características
[editar | editar código-fonte]O guaxinim possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pelo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado e o abdômen é cinza-claro. As manchas pretas em suas "bochechas", que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa "máscara" facial. Os guaxinins podem medir entre 75 e 100 centímetros, por vezes têm muita fúria quantos aos outros animais e até mesmo aos seres humanos, principalmente se houver ameaça em relação aos seus alimentos.
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, cobras, camarões de água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas. São onívoros.
Predadores e competidores
Guaxinins são criaturas muito adaptáveis porém possuem inimigos, um exemplo é a Raposa-vermelha (Vulpes vulpes), elas são uma concorrência com a qual os guaxinins tendem a se preocupar, ambas as espécies não se encontram com grande frequência mas quando o encontro ocorre a raposa tende a dominar o guaxinim, agora já no caso de predadores temos um exemplo: Lobo-vermelho (Canis rufus), um grande predador do guaxinim, o lobo-vermelho anda quase sempre em bandos e costumam ser o predador principal da espécie. Coiote (Canis latrans) é um costumeiro predador do guaxinim mas costuma ser apenas um concorrente, o mesmo não ataca guaxinins em duplas, ataca-os quando se depara com um exemplar jovem ou ferido.
Estilo de vida
[editar | editar código-fonte]O guaxinim dorme o dia todo e sai à noite para procurar comida. Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, os gauxinins passam o inverno em tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam, saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.
Comportamento social e reprodução
[editar | editar código-fonte]Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas aceitam apenas um pretendente. Os machos, que, quase sempre, são pacíficos, costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento. Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes depois de nove semanas de gestação e cuida sozinha da ninhada. A família continua unida por um ano aproximadamente, quando os jovens guaxinins deixam, então, a companhia da mãe.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A partir de 2005, fora 22 subespécies de guaxinins, que estão distribuídas em toda América do Norte, Alemanha, França, Japão e antiga União Soviética. Das 22 subespécies, 2 já foram extintas.
Subespécie | Autoridade, ano |
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Procyon lotor procyon | (Linnaeus, 1758) |
Procyon lotor auspicatus | (Nelson, 1930) |
Procyon lotor elucus | (Bangs, 1898) |
Procyon lotor excelsus | (Nelson e Goldman, 1930) |
Procyon lotor fuscipes | (Mearns, 1914) |
†Procyon lotor gloveralleni | (Nelson e Goldman, 1930) |
Procyon lotor grinnelli | (Nelson e Goldman, 1930) |
Procyon lotor hernandezii | (Wagler, 1831) |
Procyon lotor hirtus | (Nelson e Goldman, 1930) |
Procyon lotor incautus | (Nelson, 1930) |
Procyon lotor inesperatus | (Nelson, 1930) |
Procyon lotor insularis | (Merriam, 1898) |
Procyon lotor litoreus | (Nelson e Goldman, 1930) |
Procyon lotor marinus | (Nelson, 1930) |
Procyon lotor maynardi | (Bangs, 1898) |
Procyon lotor megalodous | (Lowery, 1943) |
Procyon lotor pacificus | (Merriam, 1899) |
Procyon lotor pallidus | (Merriam, 1900) |
Procyon lotor psora | (Gray, 1842) |
Procyon lotor pumilus | (Miller, 1911) |
†Procyon lotor simus | (Gidley, 1906) |
Procyon lotor vancouverensis | (Nelson e Goldman, 1930) |
Situação atual
[editar | editar código-fonte]A pele do guaxinim é usada na fabricação de roupas e de outros produtos e, graças a isso, sua situação é preocupante, pois o animal é caçado em grande escala, especialmente no sul dos Estados Unidos.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Mão-pelada (Guaxinim sul-americano)
Galeria de Fotos
[editar | editar código-fonte]-
Grupo se alimentando da carcaça de um veado que foi deixada por pesquisadores
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Guaxinim em um telhado.
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Guaxinim numa macieira.
Referências
- ↑ Guaxinim - Dicionário Priberam, consultado em maio de 2017
- ↑ Guaxinim - Dicionário Michaelis acessado em 11 de outubro de 2012
- ↑ Jaguacinim - Dicionário Michaelis acessado em 11 de outubro de 2012
- ↑ Animais vítimas do tráfico são libertados na floresta da caatinga Globo Repórter, com vídeo - acessado em 11 de outubro de 2012
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigoː a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 154.