Homo georgicus
Homo georgicus | |
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Estado de conservação | |
Pré-histórica | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Homo georgicus Vekua et alii, 2002 | |
Distribuição geográfica | |
Mapa do local da descoberta dos fósseis
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Homo georgicus ou Homo erectus georgicus é uma espécie de primatas hominídeos do mesmo gênero dos humanos, o gênero Homo. Esta espécie foi estabecida em 2002 a partir dos fósseis encontrados um ano antes em Dmanisi, no Cáucaso, República da Geórgia. É considerada intermediária entre o Homo habilis e o Homo erectus e relacionada com o Homo ergaster.[1]
Os fósseis foram datados em 1,8 milhão de anos. O tamanho do cérebro foi calculado entre 600 e 680 cm³. A estatura foi estimada em 1,5 m.[2]
Foi encontrado primeiro grande parte de um esqueleto (Vekua et al. 2002; Gabunia et al. 2002). Posteriormente houve outras três descobertas, incluindo um crânio completo (mas sem dentes, somente com o canino esquerdo) e além disto, foram encontrados, associados a ossos, artefatos de pedra, que permitiam a esta espécie caçar, matar animais e processá-los. A condição de caçador e não de carniceiro nem de simples coletor e consumidor de alimentos vegetais, do Homo georgicus, tem sido estabelecida. O hominídeo de Dmanisi consumia carne, e este produto, pode haver sido a chave da sobrevivência desta espécie e de outros hominídeos habitantes de altas latitudes, sobre todo no inverno, conforme o projeto de David Lordkipanidze.[3]
Os cinco indivíduos de Dmanisi formavam uma família que percebeu estar em volta de uma erupção vulcânica, o que os obrigaram a tentar se proteger num abrigo, e logo morreram asfixiados devido às cinzas vulcânicas. Essa é a explicação que se forma a partir do estudo dos vestígios e o porquê deste caso especial em que são encontrados vários fósseis juntos e ainda de idades distintas.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ A. Vekua, D. Lordkipanidze, G. P. Rightmire, J. Agusti, R. Ferring, G. Maisuradze,; et al. (2002). «A new skull of early Homo from Dmanisi, Georgia». Science. 297: 85–9. doi:10.1126/science.1072953
- ↑ (em inglês) Vekua A., Lordkipanidze D., Rightmire G.P., Agusti J., Ferring R., Maisuradze G. et al. 2002: "A new skull of early Homo from Dmanisi, Georgia". Science, 297:85-9. - www.sciencemag.org.
- ↑ Wilford, John Noble (19 de setembro de 2007). «New fossils Offer Glance of Human Ancestors». The New York Times
- ↑ de Lumley, M.-A. et al. (2008). "Probable volcanic impact on the death of the Dmanisi Hominids". C.R. Palevol, 7(1): 61-79. Reseña en castellano: "Los Homo georgicus de Dmanisi habrían muerto asfixiados por ceniza volcánica".
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- «David Lordkipanidze - www.rolexawards.com»
- «New Fossils Offer Glimpse of Human Ancestors - www.nytimes.com» (em inglês)
- Agustí, J. y Lordkipanidze D. (2005). "Del Turkana al Cáucaso. La evolución de los primeros europeos". Adventure Press, National Geographic - RBA Libros, S.A. 263 págs. Barcelona ISBN 84-8298-352-0
- Gabunia L., de Lumley M.-A., Vekua A., Lordkipanidze D. y de Lumley H. (2002): "Découvert d'un nouvel hominidé à Dmanissi (Transcaucasie, Georgie)". C.R. Palevol, 1(4): 243-53
- Vekua A., Lordkipanidze D., Rightmire G.P., Agusti J., Ferring R., Maisuradze G., Mouskhelishvili A., Nioradze M., Ponce de León M., Tappen M., Tvalchrelidze M. y Zollikofer C. (2002). "A new skull of early Homo from Dmanisi, Georgia". Science, 297(5578): 85-9