Conflito civil nas Filipinas
Conflito Civil nas Filipinas | ||||
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Guerra Fria (primeiramente) e Guerra ao Terror (atualmente) | ||||
À esquerda: mapa das Filipinas mostrando as principais áreas de atividade dos comunistas. À direita: mapa das Filipinas mostrando as áreas de maioria moro-muçulmana em Mindanau. | ||||
Data | 29 de Março de 1969 – presente | |||
Local | Filipinas | |||
Situação | Em andamento | |||
Beligerantes | ||||
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Comandantes | ||||
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O conflito civil nas Filipinas é uma guerra interna que acontece no país desde 1969, com duas vertentes: uma insurgência de cunho comunista e outra sendo um levante da população islâmica de origem moro.[17]
O conflito começou de fato após uma série de turbulências políticas iniciadas em 1969, com as hostilidades tomando grandes proporções nas décadas seguintes.[18] Na verdade, o início da insurgência pode ser traçado até 1899, quando o povo moro de Bangsamoro tentou se rebelar contra a presença dos Estados Unidos no país. As hostilidades retomaram a forma mais violenta na década de 1960, com os movimentos comunistas e islamitas lutando contra as forças do governo filipino.
Rebelião Comunista
[editar | editar código-fonte]O partido comunista apareceu pela primeira vez nas Filipinas na década de 1930 como Partido Komunista ng Pilipinas (Partido Comunista das Filipinas). Em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, vários grupos rebeldes instigaram a Rebelião Hukbalahap contra o governo, os chamados Huk chegaram a ter 50.000 combatentes e resistiriam até 1954.[19][20] A organização seria reformada em 1968 e o Novo Exército Popular (NEP) foi criado em 1969; sendo ativo nas ilhas de Luzon, Samar, Leyte e nas regiões autônomas muçulmanas de Mindanau, Surigao e Agusan.[21] Desde os anos 1960, o Novo Exército Popular tem lutado em diferentes províncias das Filipinas e o conflito já provocou cerca de 120.000[22] a 160.000 mortes e mais de dois milhões de refugiados.[21]
Conflito Moro
[editar | editar código-fonte]Entre os anos de 1960 e 1980, organizações separatistas, como a Frente Moro de Libertação Nacional e a Frente Moro de Libertação Islâmica surgiram, com o conflito tendo suas raízes no início de 1900 com a Rebelião Moro. Estes grupos operam principalmente nas ilhas de Mindanau, Palawan e no arquipélago Sulu e outras ilhas vizinhas.
A Frente Moro de Libertação Nacional foi criada pelo professor universitário Nur Misuari logo após o massacre de 60 muçulmanos filipinos. O movimento de cunho socialista, com o passar dos anos tomou a forma da jihad (guerra santa) promovida por grupos fundamentalistas como a Frente Moro de Libertação Islâmica, um grupo extremista outrora ligada a MNLF, que quer estabelecer um estado islâmico na região sul das Filipinas.
Grupos islâmicos como o Abu Sayyaf e o Movimento Rajah Sulaiman, foram apoiados por grupos de fora das Filipinas, como a Jemaah Islamiyah e a al-Qaeda. Assim, os americanos voltaram a tomar interesse no que acontecia naquela nação após o início da chamada Guerra ao Terror e uma operação militar americana chamada Operação Liberdade Duradoura - Filipinas que foi criada para apoiar o governo filipino no combate a insurgência. O auxílio dos Estados Unidos provou-se decisivo enquanto o governo de Manila conseguia progressos nos campos de batalha. Acuados, os islamitas recorreram a atividades de guerrilha nas regiões isoladas de Mindanau, além de atentados a bomba e sequestros.[23]
Referências
- ↑ Philippines to be a Key Recipient of Australia's New Regional Counter-Terrorism Package
- ↑ Trainers, Advisors Help Philippines Fight Terrorism
- ↑ Tan, Andrew T/H. (2009). A Handbook of Terrorism and Insurgency in Southeast Asia. Cheltenham, UK: Edward Elgar Publishing. pp. 230, 238. ISBN 1847207189
- ↑ Isak Svensson (27 de novembro de 2014). International Mediation Bias and Peacemaking: Taking Sides in Civil Wars. [S.l.]: Routledge. pp. 69–. ISBN 978-1-135-10544-0
- ↑ «Philippines (New Peoples Army) (1972– )» (PDF). Political Economy Research Institute
- ↑ «Libyan terrorism: the case against Gaddafi.». thefreelibrary.com
- ↑ «WikiLeaks cable: Gaddafi funded, trained CPP-NPA rebels». Wikileaks. 9 de julho de 2011
- ↑ «Khadafy admits aiding Muslim seccesionists». Philippine Daily Inquirer. 5 de agosto de 1986. p. 2
- ↑ a b Paul J. Smith (21 de setembro de 2004). Terrorism and Violence in Southeast Asia: Transnational Challenges to States and Regional Stability. [S.l.]: M.E. Sharpe. pp. 194–. ISBN 978-0-7656-3626-3
- ↑ William Larousse (1 de janeiro de 2001). A Local Church Living for Dialogue: Muslim-Christian Relations in Mindanao-Sulu, Philippines : 1965-2000. [S.l.]: Gregorian Biblical BookShop. pp. 151 & 162. ISBN 978-88-7652-879-8
- ↑ Michelle Ann Miller (2012). Autonomy and Armed Separatism in South and Southeast Asia. [S.l.]: Institute of Southeast Asian Studies. pp. 291–. ISBN 978-981-4379-97-7
- ↑ "Moro National Liberation Front (MNLF)".
- ↑ "World Tribune.com-Front Page: Report: North Korea armed Islamic group in Philippines" Arquivado em 17 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine..
- ↑ «1990 Global Terrorism: State-Sponsored Terrorism». fas.org
- ↑ Senior Abu Sayyaf leader swears oath to ISIS - Rappler
- ↑ «ISIS Now Has Military Allies in 11 Countries -- NYMag». Daily Intelligencer
- ↑ "Guide to the Philippines conflict". BBC. Página acessada em 11 de fevereiro de 2014.
- ↑ "The Long Struggle to Silence the Guns of Rebellion: A Review of the Long and Winding Trail to the Elusive Peace Agreements by The CenSEI Report". Página acessada em 10 de fevereiro de 2014.
- ↑ Uppsala conflict data expansion. Non-state actor information. Codebook pp. 15-17; 189-192
- ↑ Global security - Huk Rebellion Estima en 10.000 y 15.000 huk armados en 1949.
- ↑ a b Philippines-Mindanao conflict - AlertNet[ligação inativa] 26 de março de 2011.
- ↑ "The Mindanao Conflict in the Philippines: Roots, Costs, and Potential Peace Dividend"
- ↑ «Philippines-Mindanao conflict». Consultado em 3 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 19 de março de 2015