Issa de Nuxar
Issa de Nuxar | |
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Morte | 910 |
Nacionalidade | Califado Abássida |
Etnia | Árabe |
Progenitores | Pai: Maomé/Musa de Nuxar |
Ocupação | Governador e general |
Religião | Islamismo |
Issa de Nuxar (Isa an-Nuxari), também conhecido como Issa ibne Maomé de Nuxar (Isa ibn Muhammad an-Nuxari) ou Issa ibne Muça de Nuxar (Isa ibn Musa an-Nuxari)[1] foi um comandante abássida e governador de Ispaã em 896–900 e do Egito de 905 até sua morte na primavera de 910.
Vida
[editar | editar código-fonte]Em 896, Issa foi nomeado governador de Ispaã, nominalmente como representante do duláfida Omar ibne Amade, mas na realidade como parte da política do califa abássida Almutadide (r. 892–902) para o restabelecimento do controle direto sobre os domínios duláfidas autônomos no Jibal. Issa participou na caçada pelo duláfida Becre ibne Abedalazize, que liderou uma guerra de guerrilha contra o Califado Abássida. Embora repelido em batalha após um primeiro encontro, no começo da primavera de 897 Issa infligiu uma grande derrota sobre o duláfida, destruindo seu exército e saqueando seu campo. O próprio Becre conseguiu por pouco escapar com alguns apoiantes.[2] Em 26 de janeiro de 898, Issa derrotou outro duláfida, Abu Laila Abedalazize, próximo de Ispaã, conseguindo matá-lo.[3] Em julho de 900, Issa foi reconvocado para Ispaã e nomeado saíbe da xurta em Pérsis.[4] Quando o comandante-em-chefe abássida, Badre, caiu vítima das maquinações do vizir Alcacim em 902, Issa estava entre os associados próximos de Badre que abandonou-o e em vez disso procurou clemência do califa Almoctafi (r. 902–908).[5]
Na batalha de Hama contra os carmatas em novembro de 903, Issa comandou a guarda do trem de bagagem abássida sob a liderança geral de Maomé ibne Solimão Alcatibe.[6] No ano seguinte, quando Maomé recuperou a Síria e Egito da dinastia tulúnida autônoma, Issa foi nomeado governador do Egito.[7] Seu mandato no Egito foi conturbado desde o começo: dentro de meses, foi forçado a abandonar Fostate e fugir para Alexandria devido a uma rebelião secessionista sob certo Ibraim. Reforços chegaram de Baguedade, mas no final de 905 um exército sob Amade foi derrotado pelo rebelde em Alarixe antes do rebelde ser derrotado.[8] Outra rebelião pró-tulúnida eclodiu em 906 sob certo Maomé ibne Ali Alcalije, o que levou a mais devastação no país em torno de Fostate. Is morreu em maio de 910, e foi enterrado em Jerusalém. Foi sucedido por Taquim, o Cazar[9]
Ver também
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Precedido por Xaibã ibne Amade Como governante tulúnida autônomo |
Governador abássida do Egito 905–910 |
Sucedido por Taquim, o Cazar |
Referências
- ↑ Bianquis 1998, p. 110.
- ↑ Tabari 1985, p. 35–38, 42.
- ↑ Tabari 1985, p. 69.
- ↑ Tabari 1985, p. 86.
- ↑ Tabari 1985, p. 108.
- ↑ Tabari 1985, p. 139.
- ↑ Bianquis 1998, p. 108, 110.
- ↑ Tabari 1985, p. 152–153, 156.
- ↑ Tabari 1985, p. 110.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bianquis, Thierry (1998). «Autonomous Egypt from Ibn Ṭūlūn to Kāfūr, 868–969». In: Petry, Carl F. Cambridge History of Egypt, Volume One: Islamic Egypt, 640–1517. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-47137-0
- Tabari (1985). Rosenthal, Franz, ed. The History of al-Ṭabarī, Volume XXXVIII: The Return of the Caliphate to Baghdad: The Caliphates of al-Muʿtaḍid, al-Muktafī and al-Muqtadir, A.D. 892–915/A.H. 279–302. SUNY Series in Near Eastern Studies. Albânia, Nova Iorque: Imprensa da Universidade Estadual de Nova Iorque. ISBN 978-0-87395-876-9