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Jacinto Lucas Pires

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Jacinto Lucas Pires
Nome completo Jacinto de Almeida Garrett Lucas Pires
Nascimento 14 de julho de 1974 (50 anos)
Porto, Portugal Portugal
Progenitores Pai: Francisco Lucas Pires
Alma mater Universidade Católica de Lisboa
new York Film Academy
Prémios Grande Prémio de Literatura dst (2013)
Prémio John Dos Passos (2021)
Género literário Romance, conto e crónica
Magnum opus Oração a que Faltam Joelhos

Jacinto de Almeida Garrett Lucas Pires (Porto, 14 de Julho de 1974) é um escritor, realizador e encenador português.

Nascimento e formação

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Nasceu na cidade do Porto, em 1974.[1] É filho do professor e político Francisco Lucas Pires.[2]

Frequentou o curso de Direito na Universidade Católica de Lisboa, e foi aluno da New York Film Academy, nos Estados Unidos da América.[3]

Exerce como escritor, tendo publicado romances, crónicas e contos.[4] A sua primeira obra foi Livro Usado, publicado em 2001, enquanto que em 2004 lançou o romance Do Sol, seguindo-se o romance Perfeitos milagres, de 2007, tendo estas obras sido comercializadas pela editora Cotovia.[1] No ano seguinte editou o livro de contos Assobiar em público, em 2011 o romance O Verdadeiro Actor, ambos publicados pela empresa Cotovia, tendo em 2011 lançado igualmente a obra VAMOS, em parceria com o fotógrafo Tiago da Cunha Ferreira, pela Fundação Calouste Gulbenkian.[1] Escreveu livros infantis para a série do pinguim Quem, em colaboração com a ilustradora Sara Amado, que foram publicados pelas Edições Paulinas em 2015.[1] No ano seguinte publicou o livro de contos Grosso Modo, que foi a última obra lançada pela editora Cotovia.[1] Em 2018 editou o romance A Gargalhada de Augusto Reis, e dois anos depois Oração a que faltam joelhos, ambos publicados pela Porto Editora.[1] Em 2021 foi a vez do livro de contos Doutor Doente, pela empresa Húmus.[1]

As suas obras também foram publicadas no estrangeiro, incluindo nos Estados Unidos da América,[5] Brasil, Espanha, França, Croácia, Noruega e Tailândia.[4] Alguns dos seus contos também foram inseridos em várias antologias portuguesas, e em colectâneas na Alemanha, em França, em Itália, na Bulgária, no Brasil e em Espanha.[3] Em Abril de 2008, participou no Festival do Primeiro Romance, na Feira do Livro de Budapeste, a convite do Instituto Camões.[4] Em Novembro de 2013 esteve nos Estados Unidos da América para divulgar a versão em inglês do seu livro O Verdadeiro Actor, tendo participado numa sessão literária na escola Luís de Camões, em Newark, e num encontro no Centro Lusófono da Universidade de Nova Jérsia, organizados pela Coordenação do Ensino Português nos Estados Unidos.[5] Em Março de 2021 foi entrevistado pela cadeia de rádio Renascença sobre o seu livro Doutor Doente, e os efeitos da Pandemia de Covid-19 sobre a sua carreira de escritor.[6]

A sua carreira passou igualmente pelo cinema, tendo escrito e realizado três curtas-metragens, Cinemaamor em 1999, B. D. em 2004, e Levantamento, em 2014, e em 2017 foi o realizador do filme Triplo A.[1] O filme Cinemaamor recebeu o prémio cine-clube, no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira.[3] Escreveu igualmente várias curtas-metragens para outros realizadores.[4] Também colabora em jornais e revistas,[4] tendo escrito uma crónica para o jornal O Jogo.[1] Integra a banda Os Quais, que em 2019 editou o disco Geral.[7] Destacou-se também no teatro, onde colabora com vários grupos e encenadores,[7] tendo vários dos seus argumentos sido levados à cena por grandes nomes do teatro nacional, como Manuel Wiborg, Ricardo Pais, Marcos Barbosa e João Brites.[3] Faz parte da companhia de teatro Ninguém.[7] Algumas das suas obras literárias são adaptações de peças teatrais, como Universos e frigoríficos, Figurantes[4] Sagrada Família, publicada em 2010,[8] e Canto da Europa, tendo esta última sido escrita para o Teatro Nacional D. Maria II, e publicada em livro em 2020, pela editora Bicho do Mato.[7] Também escreveu a peça Profecia do Princípio do Mundo, sobre o Padre António Vieira, contendo alguns textos daquela figura histórica.[9] Em 2021 entrou em funcionamento o primeiro Centro Internacional de Dramaturgia, na cidade da Guarda, tendo sido inaugurado com um festival de teatro em homenagem à obra de Jacinto Lucas Pires.[10]

Em 2008 foi homenageado com o Prémio Europa - David Mourão-Ferreira, organizado pela Universidade de Bari e pelo Instituto Camões.[11] Em 2011 foi laureado com o Prémio José Carlos Belchior, do Colégio de São João de Brito, em Lisboa.[3] Em 2013 recebeu o Grande Prémio de Literatura DST pela sua obra O Verdadeiro Actor.[12] Em Setembro de 2021 foi honrado com o Prémio John Dos Passos, da Secretaria Regional do Turismo e Cultura da Madeira, pela sua obra Oração a que Faltam Joelhos, publicada no ano anterior.[12]

Entre as suas obras encontram-se: [7][13]

  • Para averiguar do seu grau de pureza : treze prosas com janelas, Cotovia, 1997
  • Universos e frigoríficos, Cotovia, 1997
  • Azul-Turquesa, Cotovia, 1998
  • 2 filmes e algo de algodão, Cotovia, 1999
  • Arranha-céus, Cotovia, 1999
  • Abre para cá, Círculo de Leitores, 2001
  • Livro usado: (numa viagem ao Japão), Cotovia/Fundação do Oriente, 2001
  • Escrever, falar: dois diálogos e um monólogo, Cotovia, 2002
  • Do sol: romance, Cotovia, 2004
  • Livro usado, Cotovia, 2004
  • Figurantes e outras peças: figurantes, Coimbra B: os dias de hoje: teatro, Cotovia, 2005
  • O homem da bola de vidro cortada ao meio, Expresso, 2004
  • Tudo e mais alguma coisa, Visão, 2006
  • A expressão "dores de crescimento nas sociedades contemporâneas" no âmbito da sociologia actual, Cotovia, 2005
  • Perfeitos milagres: romance, Cotovia, 2007
  • Silenciador: teatro, Cotovia, 2008
  • Assobiar em público: antologia de contos, Cotovia, 2008
  • Sagrada família: teatro, Cotovia, 2010
  • O perfeito ator: teatro, Cotovia, 2011
  • Ou sim, Imagine Words, 2013
  • Quem conhece a alegria, Coleção Quem, Paulinas Editora, 2015
  • Quem espera, Coleção Quem, Paulinas Editora, 2015
  • A gargalhada de Augusto Reis, Porto Editora, 2018
  • Oração a que faltam joelhos, Porto Editora, 2020
  • Doutor Doente, Húmus, 2021

Referências

  1. a b c d e f g h i «Jacinto Lucas Pires». Centro Nacional de Cultura. Consultado em 4 de Janeiro de 2022 
  2. RODRIGUES, Berta (17 de Abril de 2020). ««Deem-me de novo os erros clamorosos de pessoas que viam mal um lance»». Mais Futebol. IOL. Consultado em 4 de Janeiro de 2022 
  3. a b c d e «Jacinto Lucas Pires». Associação dos Antigos Alunos do Colégio S. João de Brito. Consultado em 4 de Janeiro de 2022 
  4. a b c d e f «Jacinto Lucas Pires: «Estar longe é estar desperto»». Instituto Camões. 7 de Maio de 2008. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  5. a b «EUA: Jacinto Lucas Pires dinamiza sessões literárias de Português». Instituto Camões. 14 de Novembro de 2013. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  6. COSTA, Maria João (19 de Março de 2021). «Jacinto Lucas Pires: "Espero que não haja a tentação de pós-pandemia continuarmos no modo online"». Rádio Renascença. SAPO. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  7. a b c d e «Jacinto Lucas Pires». Wook. Grupo Porto Editora. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  8. LUSA (17 de Maio de 2018). «Novo romance de Jacinto Lucas Pires, "A Gargalhada de Augusto Reis", publicado dia 24». Diário de Notícias. Consultado em 4 de Janeiro de 2022 
  9. «Peeping Tom e Sean Riley & The Slowriders confirmados no TA». Aveiro Mag. 14 de Dezembro de 2021. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  10. MARQUES, Joana Emídio (23 de Julho de 2021). «Há novas vozes do teatro a querer conquistar um espaço a partir da Guarda». Observador. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  11. «Itália: Divulgadas personalidades Prémio Europa - David Mourão-Ferreira 2010-2012». Instituto Camões. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  12. a b LUSA (20 de Setembro de 2021). «Escritor Jacinto Lucas Pires vence Prémio John dos Passos de literatura». Público. Consultado em 3 de Janeiro de 2022 
  13. «Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.pt. Consultado em 21 de setembro de 2021 
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