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Bubo virginianus nacurutu

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaJacurutu
Jacurutu no New Forest Wildlife Park, em Hampshire, na Inglaterra.
Jacurutu no New Forest Wildlife Park, em Hampshire, na Inglaterra.
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Género: Bubo
Espécie: B. virginianus
Subespécie: B. virginianus nacurutu
Nome trinomial
Bubo virginianus nacurutu
Vieillot, 1817

O jacurutu (Bubo virginianus nacurutu), também conhecido como corujão-orelhudo, inhacurutu, mocho-orelhudo, coruja-orelhuda,[1] corujão, jucurutu e joão-curutu, é uma subespécie de ave estrigiforme pertencente à família Strigidae. É uma das subespécies do grande corujão-da-virgínia (Bubo virginianus). Vive em matas tropicais da América do Sul. Geralmente, ocorre em áreas mais abertas do que as áreas habitadas pelos corujões norte-americanos, e evita floresta úmida densa como, por exemplo, a Floresta Amazônica. Ao contrário de outras subespécies de corujão-da-virgínia, os olhos do jacurutu são âmbar, em vez de amarelos. Embora seja a maior coruja na sua gama, tem um menor porte se comparada às espécies norte-americanas.[2]

Características

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É a maior coruja brasileira, bem como a maior ave noturna do país. Tem o tamanho de um gavião carcará, mas parece mais volumosa. Porte avantajado, pouco maior que uma galinha. Partes inferiores densamente cobertas com linhas transversais. Garganta branco puro e parte superior mesclada terrosa. Possui disco facial que tem papel importante como refletor sonoro, ampliando o volume do som e aprimorando a localização da presa. Olhos grandes e frontais, com a íris laranja (não amarela como as subespécies da América do Norte). Cabeça com excelente mobilidade giratória. Orelhas largas e eretas sempre visíveis, constituídas de penas diferenciadas. Ao que se sabe, são ornamentos, sem função específica. Mede 50 centímetros de comprimento e pesa mais de 1 quilograma.

Beira da mata, capões e nos campos, normalmente próximo da água.

O jacurutu é conhecidoː nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil; leste da Colômbia; Venezuela; Belize; Guiana Francesa; Bolívia; e Argentina.

Possui voo silencioso, possibilitado pela estrutura das penas, a qual elimina componentes ultrassônicos, facilitando a caça e a orientação da ave. Possui hábitos noturnos, mas pode ser vista durante o dia.

Alimentação

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Pequenos mamíferos, ratões e gambás (suas presas mais comuns). Também aves do porte de patos, gansos, garças e aves de rapina de médio e pequeno porte (incluindo outras espécies de coruja), répteis, sapos, porém não rejeitam insetos e aranhas. Caçam geralmente em áreas abertas ou semiabertas, bordas de matas ou clareiras, partindo geralmente de um poleiro, de onde mergulham para apanhar as presas.

Jacurutu durante o dia em Extrema.

Algumas vezes, detecta a presa durante o voo, mergulhando para capturá-la.

A ave mata a presa utilizando as poderosas garras e bicando a cabeça. A presa é, então, levada a um lugar seguro para ser devorada, ou para o ninho para alimentar os filhotes. A comida excedente é, frequentemente, armazenada em esconderijos em seu território.

Jacurutu no ninho em Extrema.

Essa espécie se nidifica em ninhos abandonados em árvores, em penhascos, cavernas ou mais raramente em meio a vegetação no solo. Coloca de 1 a 2 ovos nas regiões tropicais e 6 a 7 nas regiões mais frias do continente. Os ovos são incubados pela fêmea por 26-35 dias, os jovens começam a alçar os primeiros voos e sair do ninho com 6 a 7 semanas de vida. O território é mantido pelo casal por vários anos.

"Jacurutu" e "inhacurutu" procedem do tupi antigo îakurutu.[3]

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 980.
  2. Horned Owl%20virginianus «"The Bubo virginianus"» Verifique valor |URL= (ajuda). IUCN. Consultado em 25 de junho de 2014 
  3. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 156.