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José de Bragança, arcebispo de Braga

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 Nota: Se procura por outras pessoas com o mesmo nome, veja José de Bragança.
José de Bragança, arcebispo de Braga
José de Bragança, arcebispo de Braga
Nascimento 6 de maio de 1703
Lisboa
Morte 3 de junho de 1756
Ponte de Lima
Sepultamento
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Irmão(ã)(s) Francisca Josefa de Bragança, Luísa de Bragança, Isabel Luísa, Princesa da Beira, João V de Portugal, Francisco de Bragança, António Francisco de Bragança, João de Bragança, Príncipe do Brasil, Manuel de Bragança, Infante de Portugal
Alma mater
Ocupação padre, bispo católico
Religião Igreja Católica

José Carlos de Bragança, ou simplesmente José de Bragança (Lisboa, 6 de Maio de 1703 - Ponte de Lima, 3 de Junho de 1756), foi filho bastardo do Rei D. Pedro II de Portugal, duma relação que este manteve com Francisca Clara da Silva.

Legitimado, criou-se com seu meio-irmão D. Miguel na casa do secretário Bartolomeu de Sousa Mexia até a época em que João V de Portugal deu-lhe lugar de destaque em sua corte. Comendador de Santa Maria de Almourol, de Santa Maria de Olhos e de São Salvador de Lavre, na Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 1724 escapou milagrosamente do naufrágio onde D. Miguel desapareceu.

Desde cedo, D. José foi condicionado para a vida religiosa. Em1725 iniciou os estudos em Filosofia, na Universidade de Évora, prosseguindo depois os estudos em Teologia, obtendo o grau de Doutor em Sagrada Teologia (1733). Foi nomeado arcebispo de Braga, senhor de Braga e Primaz das Espanhas em 1739 (embora sagrado somente em 1741).[1] Foi sepultado na Sé Arquiepiscopal Bracarense.

Arcebispo de Braga

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Normalmente, a Cátedra Bracarense era ocupada por um Arcebispo indicado pelo Rei e confirmado pelo Papa. Por vezes as opiniões não se conciliavam e o corte de relações era inevitável. Raras vezes isso acontecia, mas na primeira metade do século XVIII, acentuando mais a desavença, sucedeu que a individualidade indicada pelo Rei não mereceu o consenso do Papa, e então o corte de relações entre a Santa Sé e Portugal, continuou. Vários anos se manteve esta situação sendo então a Arquidiocese governada durante esse espaço de anos pelo Cabido.

Em 11 de Fevereiro de 1739, Dom João V, sem a aquiescência da Santa Sé, apresentou seu irmão legitimado, Dom José de Bragança, como Arcebispo de Braga. A notícia só chegou à Capital do Minho no 25 do mesmo mês. Os bracarenses, rejubilaram não só porque há mais de dez anos a igreja de Braga, vivia órfã de pai Espiritual, como também por ser nomeada uma personalidade de tão alta hierarquia.

Compostas as diferenças entre o Reino de Portugal e a Santa Sé, graças à acção do Papa Bento XIV, um dos Papas mais amigos dos Portugueses, a 19 de Dezembro de 1740, no 1.º Ano do pontificado, confirmou a eleição que D. João V fizera de seu irmão consanguíneo para Arcebispo de Braga, como se prova pela Bula Divina disponente clementia.

D. José chegou a Braga em 23 de Julho de 1741. Incompatibilizando-se com o Cabido da Sé de Braga, seu irmão, D. João V, ordenou-lhe que deixasse Braga temporariamente, embora devesse continuar a governar o arcebispado. Durante esse desterro, D. José viveu em Guimarães durante um ano e meio, inicialmente em casa de um fidalgo, Tadeu Camões, e depois na Casa dos Coutos, que mandou construir, onde residiu até 22 de Junho de 1748[2]

À frente da Sé Primaz sucedeu-lhe um outro bastardo régio, D. Gaspar de Bragança, filho do seu irmão consanguíneo o Rei D. João V de Portugal, e duma religiosa, Madalena Máxima da Silva de Miranda Henriques.

Entre as suas obras mais notáveis na cidade está o complexo Sete Fontes, que permitiu abastecer a cidade com água potável durante séculos.

Precedido por
João da Mota e Silva
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo Primaz de Braga

1741 - 1756
Sucedido por
Gaspar de Bragança
  1. Conde, Antónia Fialho (setembro de 2013). O espaço do lúdico na sociedade e cultura portuguesas do século XVIII: D. José de Bragança, arcebispo de Braga, e os jogos da bilharda, do pião e da conca. [S.l.]: Apenas Livros 
  2. OLIVEIRA, Eduardo Pires. «Os alvores do rococó em Guimarães» (PDF). Universidade do Porto, Faculdade de Letras, Biblioteca Digital. Consultado em 2 de setembro de 2022