Saltar para o conteúdo

Joseph de Tonquédec

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Joseph de Tonquedec)
Joseph de Tonquédec, S.J.
Nascimento c. 27 de dezembro de 1868
Morlaix, França
Morte 21 de novembro de 1962 (94 anos)
Paris, França
Ocupação padre
teólogo
exorcista
Escola/tradição Neotomismo

Joseph de Tonquédec, S.J. (Morlaix, 27 de dezembro de 1868 — Paris, 22 de novembro de 1962), foi um padre jesuíta, exorcista, teólogo e filósofo francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Tonquédec ingressou na Companhia de Jesus, recebeu seu título de doutor em filosofia em 1899 e seu doutorado em teologia em 1905. Foi professor de filosofia no Colégio St. Grégoire, Tours, de 1899 a 1901. Por muitos anos editou a revista Études. De 1924 a 1962 foi o exorcista oficial da Diocese de Paris.[1] O padre Gabriele Amorth, em seu livro sobre exorcismo, menciona o padre Tonquédec como um "famoso exorcista francês".[2]

Sua biografia é mal conhecida, mas como teólogo e filósofo Tonquédec tornou-se notório como um fiel seguidor do neotomismo e principalmente por protagonizar, a partir do início da década de 1910, a crítica à teoria da imanência de Maurice Blondel e ao valor que ele dava ao conhecimento, empregando argumentos da escola intelectualista-tomista, originando uma polêmica que se estendeu até a década de 1950.[1][3] Segundo Luis Fernando Valdés, essas controvérsias desencadearam muita repercussão, especialmente nos meios neoescolásticos, e sua atividade marcou o rumo da interpretação neoescolástica das obras de Blondel, influenciando outros autores. "Por sua grande e continuada controvérsia com o autor de L'Action, Tonquedéc foi considerado por alguns como o autor que fez a crítica mais virulenta jamais lançada contra os escritos de Blondel".[1] Também foi um crítico de Henri Bergson e de Édouard Le Roy.[3] Além disso, o padre também fez uma exegese da filosofia de Tomás de Aquino, sobretudo nos campos da teoria do conhecimento e da filosofia da natureza.[4] Deixou uma obra variada, abordando filosofia, teologia, psiquiatria, política e literatura. Sua produção, especialmente a filosófica e teológica, foi analisada e comentada por numerosos autores.[1]

Alguns trabalhos[editar | editar código-fonte]

  • G. K. Chesterton, ses idées et son caractère, Nouvelle Librairie nationale, Paris, 1920, 118 p.
  • L'œuvre de Paul Claudel, éditions Beauchesne, 1927.
  • La critique de la connaissance, éditions Beauchesne, Paris, 1929.
  • Philosophie bergsonienne, éditions Beauchesne, 1936.
  • Les maladies nerveuses ou mentales et les manifestations diaboliques, Paris, éditions Beauchesne, 1938.
  • Introduction à l'étude du Merveilleux et du Miracle, éditions Beauchesne, Paris, 1938 (Predefinição:3e)
  • Léonce de Grandmaison et Joseph de Tonquedec, La Théosophie et l'Anthroposophie, éditions Beauchesne 1938
  • Une philosophie existentielle, L'Existence d'après Karl Jaspers, éditions Beauchesne 1945
  • Questions de Cosmologie et de Physique chez Aristote et Saint Thomas, Paris Librairie Philosophique J.Vrin 1950
  • La philosophie de la nature, éditions P. Lethielleux, 1956

Referências

  1. a b c d Valdés, Luis Fernando. "Rasgos biográficos y bibliografía de Joseph de Tonquédec. Apuntes para la discusión sobre la inmanencia blondeliana". In: Tópicos — Revista de Filosofía, 2002 (22)
  2. Amorth, Gabriele. An Exorcist Tells His Story. Translated from the Italian (Un esorcista raconta) by Nicoletta V. Mackenzie. San Francisco: Ignatius Press, 1999
  3. a b "Tonquédec, Joseph de". In: Diccionario de Filosofía José Ferrater Mora. Universitat de Girona.
  4. Vaz, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia III: filosofia e cultura. São Paulo: Loyola, 1997. 376 p. (Filosofia, 42).