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Lúpus eritematoso discoide

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Lúpus eritematoso discóide
Lúpus eritematoso discoide
Mancha causada por lúpus eritematoso
Especialidade dermatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 L93.0
CID-9 695.4
CID-11 2144907708
DiseasesDB 29595
MeSH D008179
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

O Lúpus eritematoso discóide é uma doença crônica, autoimune e que afecta o tecido conjuntivo. Atinge geralmente mulheres numa proporção de 3 para cada 1 homem. É mais comum em adultos (entre 20 e 40 anos) mas ocorre também em crianças. Atinge geralmente áreas da pele expostas a luz solar, sendo cerca de 60% no rosto.

Cerca de 5-10% dos casos vão evoluir para Lúpus eritematoso sistêmico. Sua causa é desconhecida, sendo provavelmente por danos causados por exposição prolongada raios ultravioleta, e tem como seu principal sintoma as manchas avermelhadas, arredondadas, bem definidas e descamativas na pele. Tendem a evoluir deixando cicatriz atrófica e alterações pigmentares. Também ocorrem em outros animais.[1]

Costuma ser mais escuro na pele negra

Os sintomas da doença são:[2]

  • Uma erupção cutânea típica, em forma de "asas de borboleta" que pode ser permanente ou aparecer e desaparecer subitamente durante anos.
  • O aspecto das manchas muda durante o tempo.
  • Embora 90,4% sejam lesões em forma de disco, também podem se assemelhar a uma verruga(8,1%), pérnio (1,4%) ou túmida (0,3%).
  • Aparecem geralmente na face, nariz ou nas orelhas, mas contudo podem aparecer em outra partes do corpo.
  • Em zonas específicas como por exemplo, zonas escamosas, a erupção pode estender-se degenerando-se no centro e deixando uma cicatriz.
  • Nas zonas afectadas ocorre perda permanente de pelos.
  • A erupção pode ser acompanhada por um número baixo de eritrócitos e dores nas articulações.
  • A mancha geralmente é indolor e apenas coça levemente.
  • Pode começar como uma mancha vermelha (mais comum em pessoas brancas) ou mancha marrom (mais comum em pessoas morenas). Com o tempo a mancha pode ficar mais clara e ocorre perda permanente dos cabelos na área.

O Diagnóstico da doença não é fácil sendo confundível com: Lúpus eritematoso sistêmico, rosácea, a dermatite seborreica, o linfoma e a sarcoidose.

Aconselha-se ao médico responsável que analise cuidadosamente o histórico clínico do paciente e faça um observação calculosa para ver se a doença não está a afectar outros orgãos.

Pode-se utilizar como exames os seguintes procedimentos:

  1. Análises de sangue para encontrar o número de Hemácias e Eritrócitos.
  2. Provas complementares para procurar anticorpos anti-ADN de cadeia dupla, que se encontram em muitas pessoas com lúpus eritematoso sistémico eliminando geralmente assim a possibilidade do Lúpus eritematoso discóide.

As principais diferenças no lúpus infantil são: não possuir predominância feminina, possuir uma fotossensibilidade mais leve e ocorrer mais no tórax do que nos adultos, porém ainda sendo mais frequênte na cabeça e pescoço. Ocorre em todas as gravidades.[3]

  • Evitar a exposição solar exagerada, especialmente entre as 10h e as 16h.
  • Utilizar sempre protetor solar que proteja simultaneamente contra UVA e UVB.
  • Evitar fazer bronzeamento.
  • Usar roupas compridas e chapéu.

O tratamento depende o tempo de diagnóstico:[4]

  • Se for feito cedo pode-se utilizar cremes nas erupções pequenas (em fase inicial, portanto) com corticosteroides.
  • Se for feito mais tarde e as manchas estiverem num tamanho considerável pode-se utilizar medicamentos de via oral.

Os principais medicamentos usados são imunosupressivos como ciclofosfamida, anti-maláricos como cloroquina e recentemente começaram a utilizar o Belimumab. Outros medicamentos possíveis são acitretina, dapsona, isotretinoína e talidomida. Todos possuem muitos e fortes efeitos colaterais, exceto o Belimumab, que causa apenas náuseas, diarreia e febre.

Tanto a exposição ao Sol, quanto calor e frio excessivo podem aumentar a lesão, agravando a cicatriz deixada no local. Por isso é importante usar protetor solar, roupas compridas e chapéu para o Sol.

Referências bibliográficas

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Referências

  1. FREITAS, Thaís Helena Proença de and PROENCA, Nelson Guimarães. Lúpus eritematoso cutâneo crônico: estudo de 290 pacientes. An. Bras. Dermatol. [online]. 2003, vol.78, n.6 [cited 2011-03-13], pp. 703-712 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962003000600005&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0365-0596. doi: 10.1590/S0365-05962003000600005.
  2. James, William; Berger, Timothy; Elston, Dirk (2005). Andrews' Diseases of the Skin: Clinical Dermatology. (10th ed.) Saunders. Chapter 8. ISBN 0-7216-2921-0.
  3. James, William; Berger, Timothy; Elston, Dirk (2005). Andrews' Diseases of the Skin: Clinical Dermatology. (10th ed.) Saunders. Chapter 8.
  4. Bolognia, Jean L., ed. Dermatology, pp.603, 605, 992. New York: Mosby, 2003.