Anticarsia gemmatalis
Anticarsia gemmatalis | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 |
A lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) é uma espécie tropical de lagarta e mariposa da ordem de insetos Lepidoptera, família Noctuidae. Trata-se da principal praga atacando plantações de soja no Brasil, causando desfolha das plantas[1].
Estas lagartas podem alimentar-se de soja, feijão, amendoim, algodão, alfafa, fava, feijão-fradinho, feijão-da-flórida, feijão-de-lima e kudzu.[2]
Os adultos têm asas com coloração castanha acinzentada (às vezes acinzentadas), cruzadas por uma mancha estreira de cor marrom ou preta; suas asas cobrem todo o corpo do inseto em posição de repouso. Curiosamente, as lagartas recém-eclodidas apresentam coloração a depender da densidade de infestação, apresentando-se pretas em altas infestações ou verdes em baixas infestações[3]. Apresentam, geralmente, 6 ínstares larvais. Ao longo do desenvolvimento, geralmente apresentam cor verde, por possuírem duas pernas vestigiais no abdômen, locomovem-se medindo palmos, podendo ser confundidas com lagartas de outra espécie importante praga: a falsa-medideira Chrysodeixis includens. As lagartas sempre apresentam pequenas listras no dorso e nas laterais do corpo. Quando sentem-se ameaças, expelem uma secreção de cor acastanhada, podendo projetar-se de forma a ficarem dependuradas em um fio de seda, retorcendo-se no ar. As maiores lagartas passam de 15 mm.
Seu ciclo de vida leva cerca de 30 dias. O dano de desfolha pode ser completo se a infestação não for controlada a tempo, logo considera-se que o controle destas lagartas deve se iniciar tão logo elas forem detectadas na plantação [4]. Há diversas estratégias para conter infestações pela lagarta da soja, com destaque especial para o controle químico e utilizando microrganismos. No caso de controle químico, tem sido estudado o uso de reguladores de crescimento [5], como uma opção de controle seletivo sobre esta praga. De maneira geral, também inseticidas são aplicados na fase de floração da soja, para proteger as flores do ataque de lagartas [6]. No caso de agentes biológicos de controle da praga, frequentemente usam-se de fungos [7] e o baculovírus da lagarta-da-soja[8], que é um Nucleopoliedrovirus da família Baculoviridae.
Referências
- ↑ «Lagarta da soja | Koppert Brasil». www.koppert.com.br. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ SWAN, L. A.; PAPP, C. S.. The Common Insects of North America. , New York: Harper & Row Publishers, 1972, p. 282-283.
- ↑ «Lagarta-da-soja - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ «Lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis)». Portal Agrolink. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ Silva, Mauro Tadeu Braga da; Costa, Ervandil Corrêa; Boss, Adriano (agosto de 2003). «Controle de Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) com reguladores de crescimento de insetos». Ciência Rural: 601–605. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/S0103-84782003000400002. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ Pinto, C (2019). «A digestão dos insetos mastigadores: fisiologia e potencial uso no manejo integrado de pragas (MIP)». O Biológico (1): 1–13. ISSN 1980-6221. doi:10.31368/1980-6221v81a10005. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ Silva, Mauro Tadeu Braga da (agosto de 1993). «CONTROLE DA LAGARTA DA SOJA (Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 - LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE). IV. CONTROLE BIOLÓGICO NATURAL». Ciência Rural: 127–132. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/S0103-84781993000200001. Consultado em 23 de agosto de 2023
- ↑ Silva, Mauro Tadeu Braga da (dezembro de 1992). «CONTROLE DA LAGARTA DA SOJA (Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 - LEPIDOPTERA: NOCTUIDADE).: II. Baculovirus anticarsia». Ciência Rural (3): 261–265. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/s0103-84781992000300001. Consultado em 23 de agosto de 2023