Linha do tempo dos pedidos de impeachment de Michel Temer
Esta página é uma linha do tempo dos pedidos de impeachment de Michel Temer, em especial o pedido protocolado pelo advogado Mariel Marley Marra.
2015
[editar | editar código-fonte]Dezembro
[editar | editar código-fonte]9 de dezembro - o primeiro pedido de impeachment protocolado contra o vice-presidente Michel Temer, de autoria do deputado Cabo Daciolo,[1] tem como argumento, crime de responsabilidade por infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal ao assinar decretos de abertura de crédito que resultaram na acusação das “pedaladas fiscais”.[2]
21 de dezembro - é protocolado pelo advogado Mariel Marley Marra, o segundo pedido de impeachment do vice-presidente.[1]
23 de dezembro - é arquivado por Eduardo Cunha, o primeiro pedido de impeachment de Michel Temer, apresentado pelo deputado Cabo Daciolo.[1]
2016
[editar | editar código-fonte]Janeiro
[editar | editar código-fonte]5 de janeiro - é arquivado por Eduardo Cunha, o segundo pedido de impeachment do vice-presidente da República, que foi apresentado pelo advogado Mariel Marley Marra.[1]
Abril
[editar | editar código-fonte]5 de abril - o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que recebesse do advogado Mariel Marley Marra o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer e enviasse o caso para análise de uma comissão especial a ser formada na Casa.[3] O ministro Gilmar Mendes, do STF, ironizou a decisão em determinar o seguimento do pedido de impeachment e disse que não tinha conhecimento na lei de impeachment de vice-presidente.[4]
6 de abril - Eduardo Cunha encaminhou ofício aos líderes partidários solicitando a indicação de integrantes para a comissão especial que analisará o pedido.[5] No mesmo dia, Michel Temer afirmou se sentia agredido profissional e moralmente com a decisão do ministro Marco Aurélio.[6] Também no dia 6 de abril, o Ministro do STF Celso de Mello negou pedido apresentado pelo deputado federal Cabo Daciolo para incluir Michel Temer no processo de impeachment já aberto contra Dilma Rousseff.[7]
7 de abril - o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que a defesa do vice-presidente Michel Temer em um processo de impeachment já está pronta.[8] Nesta data, a Câmara dos Deputados recorreu com recurso para que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), fosse reavaliada pelo plenário da Corte.[9]
8 de abril - o deputado Victor Mendes, (PSD-MA) cobrou, durante a sessão da Câmara dos Deputados que a casa não procrastinasse sobre o andamento do processo, argumentando que, "Existe uma sentença em vigor e essa sentença não está sendo cumprida. O silêncio dessa casa em relação a essa questão me incomoda"[10]. Nesta mesma data, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) cobrou imparcialidade de presidente da Câmara do Deputados que o processo de Temer recebesse o mesmo rito regimental do processo que pede o afastamento de Dilma.[11]
11 de abril - o advogado Mariel Marley Marra solicitou ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenasse ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a instalação da comissão para analisar o impeachment do vice-presidente Michel Temer em até 24 horas. Ele pediu que o ministro estabelecesse uma multa diária de até cem vezes o salário de Cunha, que equivale a cerca de R$ 3,37 milhões.[9]
16 de abril - o Supremo Tribunal Federal recebeu mais um pedido do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que alega que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff deve ser analisado ao mesmo tempo que um processo contra Temer.[12]
17 de abril - o ministro Marcos Aurélio negou o pedido do deputado Reginaldo Lopes dizendo que há de observar-se a autonomia das apurações e dos atos praticados pelos agentes políticos.[13]
25 de abril - o ministro negou o pedido feito pelo advogado, por considerar que Cunha prestou esclarecimentos de que já começaram a tramitar procedimentos para a viabilização da comissão contra Temer.[14][15][16] Nesta mesma data, sete senadores pediram que processos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tramitassem ao mesmo tempo no Senado. O pedido feito por João Capiberibe (PSB-AP) foi assinado também por Cristovam Buarque (PSD-DF), Lídice da Matta (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Paulo Paim (PT-RS), Walter Pinheiro (sem partido-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou o pedido, sob a alegação de que as denúncias contra os dois, apesar de se basearem em fatos idênticos, dizem respeito a atos administrativos independentes.[17]
28 de abril - o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pregou uma peça à jurista Janaina Paschoal. Fazendo uma análise e apresentando a edição de decretos de créditos suplementares específicos, ele pediu a opinião da jurista sobre esses procedimentos. Nisto, ela defendeu que os créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment, em seguida Randolfe respondeu: "Muito bem, fico feliz com sua opinião, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Essas ações que eu li foram tomadas pelo vice". Diante este fato, a jurista ficou constrangida tentando dar explicação e disse o seguinte: "O vice-presidente assina documentos por ausência do presidente, por delegação. Neste caso, não há o tripé de crimes continuados e intercalados entre si". Para ela, não havia indícios suficientes para pedir o impeachment, mas se houvesse ela iria pedir a saída de Temer, numa resposta dada ao senador Telmário Mota (PDT-RR).[18][19][20]
Maio
[editar | editar código-fonte]5 de maio - o Ministério Público Eleitoral recomendou que o TSE rejeite o pedido de Temer para a separação de contas.[21]
6 de maio - o vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), afirmou que o novo presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), se comprometeu em dar continuidade ao processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer.[22][23][24]
9 de maio - na noite de uma segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu em parecer ao Supremo Tribunal Federal a cassação da liminar do ministro Marco Aurélio Mello que determinava abertura deste processo de impeachment. Janot argumentou que a decisão de não abrir impeachment contra Temer por parte do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocorreu dentro das regras. Em seu parecer, Janot lembrou que Eduardo Cunha explicitou que negou o pedido sobre Michel Temer porque os decretos foram assinados pelo vice-presidente antes da mudança da meta de resultado primário.[25][26]
15 de maio - um ato chamado #foraTemer pedindo o impeachment do presidente em exercício, aconteceu na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, que segundo a organização, reuniu cinco mil pessoas, que são a favor de Dilma Rousseff.[27]
17 de maio - o ministro Marcos Aurélio liberou o pedido de impeachment para entrar na pauta do plenário do STF e agora caberá ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, determinar quando o pedido de afastamento do atual presidente interino será julgado.[28][29]
Julho
[editar | editar código-fonte]21 de julho - o presidente eleito da Câmara, Rodrigo Maia, em uma entrevista publicada no G1, falou que a comissão especial para analisar o impeachment não será instalada enquanto líderes partidários não fizerem a indicação dos membros. Quando foi questionado sobre a possibilidade de pressionar os deputados líderes, ele disse que o STF não estabeleceu nenhum prazo para a instalação da comissão. O presidente disse ainda que é contra o impeachment.[30]
Dezembro
[editar | editar código-fonte]8 de dezembro - o PT protocolou mais um pedido baseado no caso denunciado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. A peça, com 37 páginas, a que teve acesso o Estado, é assinada por 20 pessoas, sendo quatro juristas e o restante representantes de movimentos sociais. Com a ausência do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e sob protestos da oposição e dos movimentos, o pedido foi entregue ao Secretário Geral da Mesa, Wagner Padilha.[31]
12 de dezembro - o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, solicitou que o plenário do STF julgue a decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou a instalação de uma comissão destinada a analisar o impeachment.[32][33][34]
2017
[editar | editar código-fonte]Abril
[editar | editar código-fonte]20 de abril - o ministro Marco Aurélio acolheu uma nova ação do advogado mineiro Mariel Marley Marra. Nesta nova ação o STF vai acionar o MPF para investigar se líderes partidários cometeram crime de desobediência e prevaricação ao não indicar nomes para a comissão.[35][36]
Maio
[editar | editar código-fonte]17 de maio - em delação à Procuradoria Geral da República, Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou que gravou Temer, em 7 de março de 2017, dando o aval e incentivando-o a comprar o silêncio de Eduardo Cunha, em uma tentativa de impedi-lo de fazer delação premiada.[37] A OAB demandou uma "rápida investigação a respeito da suposta obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República." De acordo com a Constituição do Brasil, obstrução da Justiça é um dos crimes que podem embasar um processo de impeachment contra Temer. Entretanto, a imunidade presidencial impede sua submissão à prisão, incluindo em flagrante ou preventiva.[38][39]
18 de maio - o advogado mineiro Mariel Marley Marra pediu um aditamento na quinta-feira, 18 de maio de 2017.[40]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d Agência Câmara (6 de janeiro de 2016). «Cunha arquiva pedido de impeachment de Temer». Último Segundo. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ Karina Novy – Assessora de Comunicação e Imprensa. «ADVOGADO MINEIRO PROTOCOLA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE MICHEL TEMER». Ferreira Dias & Marra - Advogados Associados. Consultado em 12 de abril de 2016
- ↑ Renan Ramalho (5 de abril de 2016). «STF manda Cunha dar andamento a pedido de impeachment de Temer». G1. Consultado em 5 de abril de 2016
- ↑ «Impeachment de Michel Temer divide STF». Diário do Comércio. 6 de abril de 2016. Consultado em 29 de abril de 2016. Arquivado do original em 16 de abril de 2016
- ↑ «Cunha pede indicação de nomes para comissão do impeachment de Temer». G1 Política. 6 de abril de 2016. Consultado em 6 de abril de 2016
- ↑ «Temer se diz agredido após pedido de seu impeachment». Jornal Nacional. G1 Política. 6 de abril de 2016. Consultado em 6 de abril de 2016
- ↑ «Celso de Mello nega incluir Temer em processo de impeachment de Dilma». G1. 6 de abril de 2016. Consultado em 6 de abril de 2016
- ↑ Estadão Conteúdo (7 de abril de 2016). «AGU diz que defesa do impeachment de Michel Temer já está pronta». O DIA BRASIL. Consultado em 11 de abril de 2016
- ↑ a b Mariana Oliveira (11 de abril de 2016). «Advogado pede multa se Cunha não instalar comissão de Temer». G1 Política. Consultado em 11 de abril de 2016
- ↑ «Cunha ameaça aceitar nove pedidos de impeachment de Dilma». G1. 8 de abril de 2016. Consultado em 12 de abril de 2016.
- ↑ A fala do deputado Pedro Cunha Lima foi reproduzida na edição do Jornal Nacional.
- ↑ André Richter (17 de abril de 2016). «STF recebe mais um pedido de abertura de impeachment contra Temer». EBC Agência Brasil. Consultado em 11 de maio de 2016
- ↑ André Richter (17 de abril de 2016). «Marco Aurélio nega liminar para juntar impeachment de Dilma e Temer». Brasil 247. Consultado em 11 de maio de 2016
- ↑ Laryssa Borges (25 de abril de 2016). «Ministro do STF nega providências em pedido de impeachment contra Michel Temer». Veja. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ «Negado pedido de providências em ação sobre processo de impeachment contra Michel Temer». STF. 25 de abril de 2016. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ Carolina Oms (25 de abril de 2016). «STF nega pedido para imediato processo de impeachment contra Temer». Valor. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ Felipe Amorim e Leandro Prazeres (25 de abril de 2016). «Senadores pedem rito conjunto para impeachment de Dilma e de Temer; Renan nega». UOL. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ «Randolfe engana Janaína e faz com que ela apoie impeachment de Temer». G1. 29 de abril de 2016. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ «Não há elementos para impeachment de Temer, defende Janaína Paschoal». UOL. 29 de abril de 2016. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ Fernanda Calgaro (29 de abril de 2016). «Senador induz Janaína a dar argumentos para afastar Temer». Globo.com. Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ Gustavo Aguiar (5 de maio de 2016). «Ministério Público recomenda que TSE rejeite pedido para separar contas de Dilma e Temer». Estadão. Consultado em 11 de maio de 2016
- ↑ «Maranhão se comprometeu a dar seguimento a impeachment de Temer, diz Silvio Costa». ISTOÉ. 6 de maio de 2016. Consultado em 6 de maio de 2016
- ↑ «Maranhão não engavetará pedido de impeachment de Temer, diz deputado». Folha de S.Paulo. 6 de maio de 2016. Consultado em 6 de maio de 2016
- ↑ Maria Lima (6 de maio de 2016). «Waldir Maranhão vai seguir com o pedido de impeachment de Temer, afirma aliado de Dilma». Globo.com. Consultado em 6 de maio de 2016
- ↑ Mariana Oliveira (10 de maio de 2016). «Janot opina contra liminar para abertura de impeachment de Temer». G1. Consultado em 11 de maio de 2016
- ↑ Nayrana Meireles (10 de maio de 2016). «Janot defende Temer em parecer enviado ao Supremo». GP1. Consultado em 11 de maio de 2016. Arquivado do original em 1 de julho de 2016
- ↑ «Ato em BH pede impeachment do presidente em exercício Michel Temer». G1. 15 de maio de 2016. Consultado em 18 de maio de 2016
- ↑ «Pedido de impeachment de Temer é liberado para entrar na pauta do STF». Estado de Minas. 17 de maio de 2016. Consultado em 18 de maio de 2016
- ↑ «Ministro do STF libera ação que pede abertura de impeachment de Temer». G1. 17 de maio de 2016. Consultado em 18 de maio de 2016
- ↑ «Comissão para analisar impeachment de Temer não é instalada». GGN. 21 de julho de 2016. Consultado em 3 de agosto de 2016
- ↑ Isabela Bonfim e Daiene Cardoso (8 de dezembro de 2016). «PT e movimentos sociais entregam pedido de impeachment de Temer; leia». Estadão. Consultado em 13 de dezembro de 2016
- ↑ «Maia pede a STF que se posicione sobre impeachment de Temer». Brasil 247. 13 de dezembro de 2016. Consultado em 13 de dezembro de 2016
- ↑ Mariana Oliveira (12 de dezembro de 2016). «Maia pede que STF decida sobre andamento de impeachment de Temer». G1. Consultado em 12 de dezembro de 2016
- ↑ «Câmara pede que Supremo decida sobre andamento de impeachment de Temer». Último Segundo. 12 de dezembro de 2016. Consultado em 12 de dezembro de 2016
- ↑ Anna Virginia Balloussier (20 de abril de 2017). «STF aceita ação para destravar pedido de impeachment contra Temer». Folha de S. Paulo. Consultado em 23 de abril de 2017
- ↑ Anna Virginia Balloussier (21 de abril de 2017). «Ministro do STF determina que MP notifique Câmara para discutir impeachment de Temer». www.em.com.br. Consultado em 23 de abril de 2017
- ↑ Lauro Jardim (17 de maio de 2017). «PF filma indicado por Temer recebendo propina». O Globo. Consultado em 17 de maio de 2017
- ↑ «OAB defende investigação rápida e profunda de gravações feitas pela JBS». Folha de S.Paulo. 17 de maio de 2017. Consultado em 17 de maio de 2017
- ↑ «Prisão do presidente da República: isso é possível no Brasil?». Correio do Povo. 10 de maio de 2012. Consultado em 17 de maio de 2017
- ↑ Marcella Fernandes (18 de maio de 2017). «Obstrução à Justiça motiva novo pedido de impeachment de Temer». HUFFPOST. Consultado em 22 de maio de 2017