Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves
Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves | |
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Informações gerais | |
Tipo | cenotáfio |
Estilo dominante | Moderno |
Arquiteto(a) | Oscar Niemeyer |
Construção | 1985 a 1986 |
Património nacional | |
Classificação | IPHAN |
Data | 2007 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Brasília, DF |
Coordenadas | 15° 48′ 06″ S, 47° 51′ 37″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves é um memorial cívico destinado a homenagear heróis e heroínas nacionais que, de algum modo, serviram para o engrandecimento da nação brasileira. Além de contar com a exposição permanente do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria ou Livro de Aço, no qual estão entronizados os heróis, o espaço cultural pertencente ao Centro Cultural Três Poderes, celebra os ideais de democracia e liberdade, reverenciando, em especial as figuras de Tiradentes e Tancredo Neves.[1] No primeiro pavimento estão expostos registros sobre a importante figura política de Tancredo Neves no período de redemocratização do país pós ditadura militar. No andar superior encontra-se o Livro de Aço e o grande painel da Inconfidência Mineira, que retrata historicamente o movimento que visava libertação.
O espaço, que está localizado na Praça dos Três Poderes e é administrado pela Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal,[2] fica aberto, assim como os outros equipamentos que compõem o Centro Cultural Três Poderes, de terça a domingo — inclusive feriados — das 9h às 18h.[3] O local conta com plataforma de acessibilidade para cadeirantes.
História
[editar | editar código-fonte]A ideia de erguer um monumento para homenagear aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira surgiu no Palácio do Planalto, durante a comoção nacional causada pela morte de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito – ainda que indiretamente – após vinte anos de regime militar, em 1984.
O Panteão foi construído e doado ao governo do Distrito Federal pela Fundação Bradesco, e inaugurado em 7 de setembro de 1986 pelo então presidente José Sarney.[1][4] Como não se trata de um mausoléu, o termo correto para designar o monumento deveria ser cenotáfio, significando um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido.[5]
Está localizado junto aos outros equipamentos que compõem o Centro Cultural na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Criado por Oscar Niemeyer, apresenta arquitetura modernista simbolizando uma ou duas pombas dependendo do ponto de vista. Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985.
A área expositiva, inteiramente dedicada a Tancredo Neves, foi reinaugurada em 2013. A nova concepção, curada por Marcello Dantas e Silvia Albertini, privilegia o contato direto do público com os assuntos tratados, por meio da exposição de cópias de documentos, filmes de Silvio Tendler e tecnologias interativas.[6]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]O Panteão possui, em sua área externa, a Pira da Pátria e da Liberdade sempre acesa simbolizando o fogo da Pátria. Compõem a área externa três painéis curvos representando o Exército, Marinha e Aeronáutica, guardiões da democracia.[1] O edifício é revestido com placas de mármore opaco e tem três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Em seu interior, o Salão Vermelho homenageia o presidente Tancredo Neves, no local está instalado o mural da Liberdade, do artista plástico Athos Bulcão, símbolo do movimento da Inconfidência Mineira.[1]
No terceiro pavimento está o Salão Negro, onde localiza-se o vitral de autoria de Marianne Peretti (também autora dos vitrais da catedral de Nossa Senhora Aparecida), o Painel da Inconfidência Mineira do artista João Câmara e o Livro de Aço dos Heróis Nacionais.[1][7]
O Panteão foi tombado em 2007, pelo IPHAN, junto com outras 24 obras de Oscar Niemeyer, que completara 100 anos.[8]
Diferentemente de outros panteões, o Panteão da Pátria não contém o túmulo de nenhum dos homenageados. A estrutura abriga também duas esculturas que homenageiam os mártires da Inconfidência Mineira. A primeira, intitulada Mural da Liberdade, foi realizada por Athos Bulcão e localiza-se no segundo pavimento no salão Vermelho. Constitui-se de três muros modulares, cada qual medindo 13,54 m de comprimento por 2,76 metros de altura, formando o triângulo símbolo do movimento mineiro. A segunda, intitulada Painel da Inconfidência Mineira, foi realizada por João Câmara Filho e localiza-se no terceiro pavimento. Constitui-se de sete painéis, cada qual ilustrando uma fase da inconfidência, tendo como foco o suplício de Tiradentes.[1]
Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
[editar | editar código-fonte]Os nomes dos homenageados constam no Livro de Aço, também chamado Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, o qual lhes confere o status de herói nacional. O tomo se encontra no terceiro pavimento, entre o Painel da Inconfidência, escultura em homenagem aos mártires do levante mineiro oitocentista e o vitral de Marianne Peretti. Toda vez que um novo nome é gravado em suas laudas de metal juntamente com sua respectiva biografia, uma cerimônia in memoriam ao homenageado é realizada.[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f Sylvia Fischer, Andrey Schlee e Joana França (201). «Guia de obras de Oscar Niemeyer - Brasília 50 anos». Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados (A12,p.81). Consultado em 2 de agosto de 2020
- ↑ «Espaço Lúcio Costa». Governo do Distrito Federal. Consultado em 27 de julho de 2020. Cópia arquivada em 27 de julho de 2020
- ↑ «Espaço Lúcio Costa». Allia Gran Hotel Brasilia. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «Panteão da Pátria tem exposição permanente sobre Tancredo Neves». Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. 10 de fevereiro de 2021. Consultado em 18 de setembro de 2021
- ↑ «Cenotáfio - Conceito, o que é, Significado». Coceito. Consultado em 2 de agosto de 2020
- ↑ «Aécio Neves participa de inauguração do Memorial Tancredo Neves em Brasília». Portal Aécio Neves. 12 de setembro de 2013. Consultado em 26 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2018
- ↑ «Rolê Cultural visita o Panteão da Pátria». Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal (SEC). 6 de maio de 2020. Consultado em 1 de agosto de 2020
- ↑ «Iphan tomba 24 obras de Oscar Niemeyer». 6 de dezembro de 2007. Consultado em 12 de maio de 2019. Cópia arquivada em 12 de maio de 2019
- ↑ «Livro de Herois e Heroínas da Pátria, mantido em Brasília, ganha 21 novos nomes». G1 DF. 12 de dezembro de 2018. Consultado em 1 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2020