Marduque

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Marduque

Desenho representando Marduque e seu dragão Musussu em documentos babilônicos
Planeta Júpiter
Morada Babilônia
Cônjuge(s) Sarpanitu (as vezes Nanaia)
Pais Enqui, Danquina
Irmão(s) Ninsar, Nincurra, Utu, Ninti
Filho(s) Nabu

Marduque (Marduk), ou Merodaque como é apresentado na Bíblia, é um deus protetor da cidade da Babilónia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia. Era filho de Enqui (Ea) e Danquina, como descrito no poema Enuma Elish. Foi pai de Nabu, que era venerado em uma cidade próxima a Babilônia, chamada Borsipa. A sua consorte era Sarpanitu (algumas vezes Nanaia aparece como sua consorte). Marduque possuía quatro olhos e ouvidos, e os lábios, quando mexe, fogo brilha.

Com a ascensão da Babilônia à capital da coligação de estados do Eufrates, sob a liderança do rei Hamurabi (2 250 a.C.), torna-se também o deus supremo do panteão de deuses mesopotâmicos, foi a ele que os outros deuses confiaram o poder supremo devido à vitória sobre a deusa Tiamate, personificada num monstro ou caos primordial, então Marduk divide o corpo da deusa em duas partes.

Marduque então começa a criação do mundo, depois manda Ea criar os humanos, para que os povos da terra os adorem e lhe levantem templos. Por ser o deus da cidade da Babilônia, podemos encontrar inúmeras referências e homenagens ao deus Marduque nos parágrafos de abertura e finalização do Código de Hamurabi, o mais famoso código legislativo da Antiguidade.

Marduque foi declarado, o deus Supremo da Babilônia e dos Quatro Cantos da Terra, pelo menos desde a época da terceira dinasitia de Ur. Após vencer Tiamate e ser declarado pelos outros deuses, o rei dos deuses, após sua entronização, como descrito no épico poema Enuma Elish.

Enuma Elish[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Enuma Elis

Enuma Elis é um poema épico da antiga Babilônia sobre o mito da criação, escrito em sete tábuas de argila. O Enuma Elis consiste na superiorização de Marduque sobre os restantes deuses da Mesopotâmia, mais particularmente sobre a serpente dona dos mares, Tiamate. O texto é também uma alusão à constante luta entre a Ordem e o Caos, sendo que Marduque representa a luz e a ordem, e Tiamate representa a obscuridade e o caos.

No texto:

  • Ea introduz Marduque na luta contra Tiamate depois que Anu declara-se incapaz de lutar[1].
  • O conselho dos deuses "do bem" reconhece Marduque como seu campeão e rei[2].
  • Marduque derrota Tiamate e os onze monstros criados por ela[2].
  • Marduque reorganiza o mundo, separando o céu da terra[2]
  • Marduque fez o Homem a partir do sangue de Quingu, segundo marido de Tiamate. [3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Enuma Elish, Tábua 2
  2. a b c Enuma Elish, Tábua 4
  3. Enuma Elish, Tábua 6
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