Leporinus elongatus

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Megaleporinus elongatus
Exemplar juvenil
Exemplar juvenil
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Anostomidae
Subfamília: Anostominae
Género: Leporinus
Espécie: Leporinus elongatus
Nome binomial
Leporinus elongatus
Valenciennes, 1850[1]
Sinónimos
  • Megaleporinus elongatus (Valenciennes, 1850)[1]
  • Leporinus crassilabris (Borodin, 1929)[1]
  • Leporinus crassilabris breviceps (Borodin, 1929)[1]
  • Leporinus pachyurus (Günth)

Leporinus elongatus ou Megaleporinus elongatus[nota 1] (com nome vulgar no Brasil de Piau-verdadeiro ou Piapara) é um peixe com escamas; corpo alongado, um pouco alto e fusiforme.[2][3] Uma das 110 espécies da família Anastomidae, com ampla distribuição no território brasileiro e genericamente chamados de piau, tem grande importância comercial no país.[4]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Foi descrito inicialmente por Achille Valenciennes e, segundo relato de Christian Frederik Lütken, foi "descrita de forma muito imprecisa por Valenciennes, que teve como base um exemplar de 16 polegadas de comprimento que Aug. de St. Hilaire trouxe do Rio São Francisco; além desse, D'Orbigny tinha trazido um exemplar, com 1 pé de comprimento, do Rio da Prata, pescado perto de Buenos Aires. De uma espécie de Leporinus, que concordo com o Prof. Reinhardt em considerar como L. elongatus, esse naturalista trouxe três exemplares do Rio das Velhas, dos quais o maior tem um pouco mais de 10 polegadas de comprimento, o menor um pouco mais de 7 polegadas".[5]

Características[editar | editar código-fonte]

Lütken registrou em sua obra de 1875 que "Sobre estes será suficiente falar que a maior altura do corpo (à frente da nadadeira dorsal) é contida 3 1/3 vezes ou um pouco mais (3 13/20 ) no comprimento total, da ponta do focinho até o limite entre a nadadeira caudal e a cobertura de escamas; o comprimento da cabeça (membrana opercular incluída) cabe 4 vezes ou um pouco mais (um sétimo ou até um oitavo) no mesmo comprimento total. O olho situa-se bastante alto do lado da cabeça e está equidistante da ponta do focinho e da borda da abertura branquial, ou um pouco mais próximo desta última, quando a membrana do opérculo não é considerado; se o for, está um pouco mais próximo da ponta do focinho. O diâmetro dos olhos é contido de 2 a 2 1/2 vezes na distância existente entre eles e, aproximadamente, 6 vezes no comprimento da cabeça; nos mais jovens esse diâmetro é relativamente maior. O focinho avança bem à frente do lábio inferior, e a boca é relativamente grande, de modo que o ponto final das dobras das suas comissuras se situa abaixo das narinas triangulares de trás, as quais são equipadas na parte da frente com uma dobra de pele; as anteriores são, como é comum, da forma de um trompete ou corneta. O número de dentes é 3/3 de cada lado, os da frente, em cada maxila, são em geral os mais longos, todos marcadamente obtusos nos exemplares maiores".[5]

Johannes Theodor Reinhardt registrou: "Nos indivíduos recém-pescados a superfície da testa é cinza-esverdeado e a mesma cor toma todo o dorso, mas produz em determinadas direções um brilho prateado; os lados da cabeça e do corpo e toda a superfície do ventre são branco-prateados; as nadadeiras dorsal e adiposa possuem uma cor esverdeada; as nadadeiras peitorais são, às vezes, amarelo-pálidas às vezes, amarelo-alaranjadas mais vivas; as nadadeiras ventrais, a anal e a caudal possuem uma maravilhosa cor vermelho-alaranjada, a última delineada com uma borda preta. A córnea tem uma cor prateada. Apesar de eu ter visto um bom número de indivíduos, nunca notei que esta espécie variasse em cor".[5]

Suas escamas são descritas como "do tipo elasmoide, especificamente do tipo cicloide, caracterizadas por suas elasticidades e formas variáveis".[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Segundo o FishBase, este o nome aceito, de forma que trata o nome L. elongatus como sinônimo.[1]

Referências

  1. a b c d e «Megaleporinus elongatus - Synonyms» (em inglês). FishBase. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 21 de abril de 2024 
  2. «Leporinus obtusidens» (em inglês). ITIS (www.itis.gov) 
  3. Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG (2006). «A Ictiofauna do Reservatório de Três Marias, Rio São Francisco, Minas Gerais» (PDF). RPMC Ecologia. Consultado em 20 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 14 de abril de 2024 
  4. a b Elias de Barros Santos; Eunice Fragoso da Silva Vieira; Antonio Reinaldo Cestari; Ledjane Silva Barreto. «Caracterização de escamas do peixe piau (Leporinus elongatus) e sua aplicação na remoção de Cu(II) de meio aquoso». Scielo. Consultado em 19 de maio de 2024. Cópia arquivada em 19 de novembro de 2023 
  5. a b c Carlos Bernardo Mascarenhas Alves (org.); Paulo dos Santos Pompeu (org.); Christian Frederik Lütken (2001). «Capítulo 2 - Peixes do Rio das Velhas: Uma Contribuição para a Ictiologia do Brasil de acordo com as coleções e descrições do Professor Johannes Theodor Reinhardt». Peixes do Rio das Velhas: passado e presente. Traduzido por Luiz Paulo Ribeiro Vaz. [S.l.]: SEGRAC. p. 23-164. 192 páginas. ISBN 85-902284-1-X. Consultado em 19 de maio de 2024. Cópia arquivada em 19 de maio de 2024. Obra parte do Projeto Manuelzão, com apresentação de Apolo Heringer Lisboa. 
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