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Dançador-de-coroa-dourada

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Parátipo coletado em 1959, depositado no Museum für Naturkunde
Parátipo coletado em 1959, depositado no Museum für Naturkunde
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Pipridae
Género: Lepidothrix
Espécie: L. vilasboasi
Nome binomial
Lepidothrix vilasboasi
(Sick, 1959)
Distribuição geográfica

Sinónimos
  • Pipra vilasboasi Sick, 1959

O dançador-de-coroa-dourada (nome científico: Lepidothrix vilasboasi) é uma espécie de ave da família Pipridae. É endêmica do Brasil e está vulnerável à extinção.

Seu habitat são as florestas tropicais de terra firme da Bacia Amazônica, onde foi descoberta por Helmut Sick em 1959, nas cabeceiras do rio Cururu, no estado do Pará. Sua distribuição geográfica se restringe a uma pequena região ao norte da Serra do Cachimbo e ao sul dos rios Jamanxin e Tapajós.[2] Está vulnerável à extinção por causa destruição de seu habitat pelo desmatamento.[3][1]

Em 2017 pesquisadores da Universidade de Toronto, do Museu Paraense Emílio Göeldi e da Universidade de Gante descobriram que a espécie é um híbrido de duas espécies do gênero: o cabeça-de-prata e o uirapuru-de-chapéu-branco. O cruzamento ocorreu a cerca de 180 mil anos e a espécie evoluiu devido ao isolamento geográfico imposto pelas barreiras naturais representadas pelos dois rios e a Serra do Cachimbo e levaram ao isolamento reprodutivo do dançador-de-coroa-dourada das outras duas espécies de Lepidothrix.[4][5][6]

Recebeu o epíteto vilasboasi numa homenagem do ornitólogo Helmut Sick aos Irmãos Villas-Bôas por terem descoberto a espécie.[7]

Referências

  1. a b «Lepidothrix vilasboasi (Golden-crowned Manakin)». www.iucnredlist.org. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  2. Barrera-Guzman et al. 2017. «Hybrid speciation leads to novel male secondary sexual ornamentation of an Amazonian bird — Supporting Information». PNAS (em inglês). Figure S6. doi:10.1073/pnas.1717319115/-/dcsupplemental 
  3. Sick, Helmut (1997). Ornitologia Brasileira Ed. rev. e ampliada por José Fernando Pacheco ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. pp. 664; Prancha 45,3. ISBN 9788520908167. OCLC 39627989 
  4. Barrera-Guzmán, Alfredo O.; Aleixo, Alexandre; Shawkey, Matthew D.; Weir, Jason T. (26 de dezembro de 2017). «Hybrid speciation leads to novel male secondary sexual ornamentation of an Amazonian bird» (requer pagamento). Proceedings of the National Academy of Sciences (em inglês). 201717319 páginas. ISSN 0027-8424. PMID 29279398. doi:10.1073/pnas.1717319115 
  5. «Descoberta a primeira espécie híbrida de pássaros da Amazônia». O Globo. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  6. «Rare Amazon bird species arose from ancient interspecies sex». CBC News (em inglês) 
  7. «Pássaro da Amazónia é a primeira espécie híbrida que se conhece». DN. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
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