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Pontes (Galiza)

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(Redirecionado de Pontes de García Rodríguez)
Espanha Pontes

Puentes de García Rodríguez

 
  Município  
Símbolos
Bandeira de Pontes
Bandeira
Brasão de armas de Pontes
Brasão de armas
Gentílico Pontês
Localização
Pontes está localizado em: Espanha
Pontes
Localização de Pontes na Espanha
Coordenadas 43° 27′ 01″ N, 7° 51′ 11″ O
País Espanha
Comunidade autónoma Galiza
Província Corunha
Alcaide Valentín González Formoso(PSdeG-PSOE)
Características geográficas
Área total 249,4 km²
População total (2021) [1] 10 032 hab.
Densidade 40,2 hab./km²
Altitude 340 m
Código postal 15320
Código do INE 15070
Website www.aspontes.com

Pontes[2] (As Pontes) ou Pontes de Garcia Rodrigues (em galego: As Pontes de Garcia Rodríguez[3]; em castelhano: Puentes de García Rodríguez) é um concelho da província da Corunha, na Galiza, que faz parte da comarca do Eume. Segundo as estatísticas oficiais o concelho reunia 10.503 pessoas em 2015 e abrange uma superfície de 249,4 km². O seu gentilício é «pontês». Encontra-se entre as comarcas da Terra Chã, a leste, e de Ferrolterra, a oeste.

Sendo o concelho das Pontes o maior da província da Corunha, nele encontram-se uma grande variedade de paisagens naturais e humanas. O monte Caxado, a norte, representa com 756 m o ponto mais elevando do concelho e também da província. Entre os rios que decorrem pelo concelho destaca o Eume, cujo percorrido pelas terras das Pontes estende-se ao longo de 9 quilômetros e da nome às terras que o rodeiam. O concelho contém também grande parte da superfície do Parque Natural das Fragas do Eume.

Já em 1267 é encontrado o primeiro texto que testemunha a existência do "Concejo das Pontes". Em 1376, Henrique II de Castela concedeu o senhorio da Vila das Pontes ao cavalheiro Garcia Rodrigues de Valcárcel. Foi então que se iniciou a construção dum castelo e uma ponte no caminho real Lugo-Ferrol. Esta ponte, hoje conhecida na vila por Ponte da Perfolha, deu o nome de "Ponte de Garcia Rodrigues" ao lugar

A principal actividade económica do concelho é a indústria. A usina térmica das Pontes, Endesa Termic, tem uma potência de 1400 megavatios e fornece de electricidade à Espanha junto com outra nova usina que emprega o gás para a produção de energia. Em 2012 acabou o processo de recheado com água do oco da velha mina de lignito esgotada, tornando-se assim em uma grande lagoa com uma praia artificial de 500 metros.

Localização das Pontes de García Rodríguez
Variação demográfica do município entre 1991 e 2004
1991 1996 2001 2004
13350 12664 12097 11911

O concelho limita a norte com os concelhos de Mañón e Ortigueira, a leste e sul-leste com os de Muras e Xermade, a sul-oeste com o de Monfero e a oeste com A Capela, San Sadurniño e As Somozas.

Devido a que o concelho das Pontes é o de maior tamanho da província da Corunha, pode-se atopar nele uma grande variedade de paisagens distintas. O Monte Caxado, a norte, constitui com os seus 756 metros de altura o punto mais elevado do concelho e da província. Ao seu redor há outros montes como a Pena da Loba (658 m), o Maciço Sucadio (667 m), os Maciços de Penas de Noite (626 m) ou o do Deveso (558 m).

Os rios que discorrem pelo concelho som em geral caudalosos, com um regime regular. Destaca entre eles o Eume, que tem uma extensão de 9 quilómetros e da nome à comarca.

No concelho assenta-se grande parte do parque natural das Fragas do Eume que rodeia o encoro do Eume.

No concelho atoparam-se vários objectos pré-históricos, mais de 125 mamoas, cerâmica e inclusive vasos da Cultura Campaniforme. Entre 6 000 e 2 800 a.C. acredita-se que um importante assentamento humano povoava a zona; a maioria dos restos encontrados sejam sobre enterramentos. Mesmo há teorias que dizem que o vale era uma imensa tomba para os povos nômades da zona.

Há numerosas probas da romanização da zona como podem ser vários sarcófagos paleocristãos topados na vila e vestígios de vivendas romanizadas. É de grande importância à Ponte Romana que ainda se conserva sobre o rio Chamoselo.

De 1267 é o primeiro texto que constata a existência do "Concejo das Pontes". Em 1376, Henrique II de Castela concedeu o senhorio da Vila das Pontes ao cavaleiro García Rodríguez de Valcárcel por resgata-lo da prisão na que se encontrava após a batalha de Nájera. "Por quantas lealtanzas de fianza fallamos en vos… e por quanto afán y trabajo y pérdidas oviste tomado por nós… facemos vos donación pura y perpetua… del lugar de las Puentes de Hume". A sua linhagem extinguiu-se por volta de 100 anos, passando a pertencer o senhorio à casa de Lemos. Porém, deixou o seu rastro nas numerosas pontes que mandou construir no rio Eume, destacando entre elas a "Ponte dos ferros".

Segundo o "Cadastro de Ensenada", realizado em 1752, residiam por daquela, no casco urbano das Pontes, pouco mais de dois centos habitantes e cerca de mil no resto do concelho. A vila dispunha dum Hospital para recolher, dar pousada e assistir os pobres, peregrinos e caminhantes. O edifício, que dá nome à praça principal das Pontes, seguiu sendo hospital até meados do século XIX e escola até a segunda década do século XX, no que foi demolido por ordem municipal. No final do século XVIII José Cornide Saavedra comunicou à Real Sociedad Económica de Amigos del País a existência de lignito na vila. Em 1862 seria erguida uma nova ponte, construída à época de Isabel II de Espanha.

A economia depende principalmente da indústria, ainda que também dispõe de núcleos de povoação dedicados à agricultura e ao gado.

A principal indústria do concelho é a central térmica das Pontes e a mina de carvão que a fornece. A central térmica é a maior de Espanha, e a sua chaminé, com 356 metros de altura, é a construção mais alta de Espanha, e figura no Livro Guinness como a chaminé com mais volume do mundo. Tem uma potência de 1 400 megawatts. Actualmente está em construção uma outra central eléctrica nova que usará o gás para produzir electricidade (ciclo combinado de 800 mega-vátios). Para além disso, o concelho conta com numerosos parques eólicos e dois encoros.

A segunda indústria mais importante é a de transformados metálicos, iniciada na década de 1960. Actualmente, mais de dez empresas locais se dedicam a esta actividade.

O concelho conta com três parques industriais.

São também importantes os seus recursos florestais para a indústria madeireira e papeleira.

O clima das Pontes é do tipo oceânico úmido, com certas características de clima continental nos vales e de clima de montanha nas alturas da Serra. A temperatura media anual da vila é de 12º. Em Janeiro é de 6,6º, com máximas de 21º e mínimas de 0º, em Agosto alcança os 17,3º, com máximas de 37º e mínimas de 9º.

O concelho das Pontes registra umas precipitações anuais de 1 800 l/m². O mês de Dezembro costuma ser o mais chuvoso, podendo ocorrer em Janeiro e Fevereiro geadas e precipitações em forma de neve.

  • Festas da Virgem do Carmo: celebram-se em 16 de Julho desde 1741. Uma processão nocturna decorre o sábado de festa.
  • Romaria da Fraga: em 23, 24 e 25 de Julho celebra-se a "romaria da Fraga", festa centenária que começou em 1904. Actualmente os vizinhos das Pontes confeccionam cabanas artesanalmente com madeira e polas de árvores onde moram os três dias que dura a festa. À festa acompanha o festival de música rock e hip-hop "Nabiza Rock", que acostuma ser em 23, e o festival de música folk que se celebra em 24 de julho.
  • Feira do Grelo: Esta festa nasceu em 1981 para potenciar a agricultura local e alcançou fama em toda a comunidade. Celebra-se cada ano o domingo de Entrudo.
  • Feira de Fungos e Cogumelos: Realiza-se ao longo de uma semana em Novembro e recolhe diversos actos como a degustação de pratos e diversos concursos.

Cidades-irmãs

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As Pontes de García Rodríguez possui as cidade-irmãs:

Ligações externas

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Referências

  1. «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022 
  2. «Pontês». Estraviz 
  3. Xunta de Galicia (5 de junho de 2000). «ORDEN de 31 de mayo de 2000». Diario Oficial de Galicia (em espanhol) (108): 8 594 
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