Quartzo de impacto
Quartzo de impacto é uma forma de quartzo que tem uma estrutura microscópica que é diferente do quartzo normal. Sob pressão intensa (mas temperatura limitada), a estrutura cristalina do quartzo deforma-se segundo certos planos no interior do cristal. Estes planos, que são visíveis como linhas ao microscópio, são chamados estruturas de deformação planar (EDPs), ou lamelas de choque.
Descoberta
[editar | editar código-fonte]O quartzo de impacto foi descoberto após testes subterrâneos de armas nucleares, os quais produziam as pressões intensas necessárias à sua formação.[1][2][3] Eugene Shoemaker mostrou que o quartzo de impacto é também encontrado no interior de crateras criadas por impactos de meteoros, como a cratera de Barringer.[4] A presença de quartzo de impacto prova que estas crateras foram formadas por um impacto: um vulcão não geraria a pressão necessária.
Prevalência
[editar | editar código-fonte]O quartzo de impacto é encontrado em todo o mundo, no limite K-T entre rochas do Cretácico e do Terciário. Trata-se de uma evidência adicional (além do enriquecimento em irídio) de que a transição entre as duas eras geológicas foi provocada por um grande impacto. Apesar do quartzo de impacto ter sido reconhecido apenas recentemente, Eugene Shoemaker encontrou-o em blocos de rocha usados em construções na localida bávara de Nördlingen.[5]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]O quartzo de impacto está associado a dois polimorfos de sílica de alta pressão: coesite e stishovite. Estes polimorfos têm uma estrutura cristalina diferente da do quartzo normal. Mais uma vez, esta estrutura só pode formar-se sob pressão intensa, mas com temperaturas moderadas. Altas temperaturas recozeriam o quartzo, o que o regressaria à sua forma normal. A coesite e a stishovite são também indicadores de impacto (ou explosão nuclear).
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Shocked quartz», especificamente desta versão.
Referências
- ↑ P. W. Layer, 2000.
- ↑ A. J. Lussier, 2017.
- ↑ S. E. Roberts et al., 2019.
- ↑ Eugene M. Shoemaker (1959). «Impact mechanics at Meteor crater, Arizona». U.S. Atomic Energy Commission Open File Report
- ↑ Sam Wise (5 de fevereiro de 2008). «The scientific tourist #6 — nothing but rim!». Consultado em 14 de outubro de 2008. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2009