Papagomys armandvillei
rato-gigante-das-flores Papagomys armandvillei | |||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Holotipos de Papagomys armandvillei (abaixo) e Papagomys theodorverhoeveni (acima), com 4 características de diagnóstico marcadas. | |||||||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||||||
Quase ameaçada [1] | |||||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Papagomys armandvillei Jentink, 1892 |
Papagomys armandvillei é uma espécie de roedor miomorfo da família Muridae,[2] de grandes dimensões, que endémico na ilha de Flores (Indonésia). O corpo alcança os 45 centímetros de comprimento e a cauda um máximo de 70 cm, aproximadamente o dobro do tamanho de um rato comum. Este tamanho é considerado um exemplo do fenómeno de gigantismo insular que afecta a parte da fauna local de Flores e outras ilhas de diversas regiões, onde os roedores tendem a aumentar de tamanho face às espécies similares da regiões continentais. Acredita-se que os ancestrais desta espécie, de tamanho normal, chegaram à ilha a partir de Bali ou, com menos probabilidade, do Bornéu, "navegando" sobre balsas naturais de ramos e troncos flutuantes.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Os ratos gigantes da ilha de Flores alimentam-se de frutos outros tipos de material vegetal, completando a sua dieta com a ingestão de insectos. Passam grande parte do tempo nos seus abrigos subterrâneos.
Apresentam orelhas pequenas, pelo negro e denso e dentes de tipo hipsodontal.
Durante o Plistocénico coexistiam na ilha uma espécie ainda maior, Papagomys theodorverhoeveni, que foi caçada com frequência pelo diminuto hominídeo nativo Homo floresiensis e mais tarde pelo homem moderno. Os últimos restos fósseis correspondem ao terceiro milénio antes de Cristo, data em que esta espécie se extinguiu.
Referências
- ↑ «IUCN red list Papagomys armandvillei». Lista Vermelha da IUCN. Consultado em 16 de agosto de 2022
- ↑ Wilson, D.E.; Reeder, D.M., ed. (2005). Mammal Species of the World 3º ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 1430. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494