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Casa Pia

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(Redirecionado de Real Casa Pia de Lisboa)
Casa Pia de Lisboa, I. P.
Organização
Natureza jurídica Instituto público
Missão Promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens
Dependência Governo de Portugal
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social
Chefia Fátima Matos[1],
presidente do conselho diretivo
Documentos institucionais Lei Orgânica da CPL, I. P.
Estatutos da CPL, I. P.
Localização
Jurisdição territorial Portugal
Sede Lisboa
Histórico
Criação 3 de julho de 1780
Sítio na internet
www.casapia.pt

A Casa Pia MHCMHIPMB — formalmente Casa Pia de Lisboa, I. P. (CPL, I. P.) — é um organismo do Estado Português que tem por missão a promoção dos direitos e a proteção das crianças e dos jovens. Atualmente, a Casa Pia tem o estatuto de instituto público e funciona sob tutela do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.

O aluno Raul d' Assumpção, do curso de sargentos da Casa Pia de Lisboa, prepara-se para montar uma bicicleta (1907).

A instituição remonta à fundação da Real Casa Pia de Lisboa (Lisboa, 3 de julho de 1780), por Pina Manique, intendente-geral da Polícia sob o reinado de Maria I de Portugal. Destinava-se à educação de órfãos e à recuperação, através do trabalho, de mendigos e vadios.

Edifício da antiga Real Casa Pia do Porto.

As oficinas da Casa Pia tornaram-se centros importantes de produção, fornecendo material para a Marinha Portuguesa e para o Exército Português, assim como centros de formação profissional: os mestres formados na Casa Pia por vezes regressavam à sua terra natal, a trabalhar e a ensinar a sua arte. Os educandos que se mostravam mais aptos recebiam uma educação complementar: escrituração comercial, francês, aritmética militar, desenho e farmacologia, esta última formação em laboratório especialmente criado para o efeito, e que fornecia remédios a farmácias. Os mais dotados ingressavam em estudos superiores: na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na Academia Real de Marinha, no estudo da Medicina em Londres e na Academia de Portugal em Roma.

No Porto, em 1792, foi criada a Real Casa Pia do Porto, segundos os moldes da congênere em Lisboa. A Casa Pia do Porto seria, no entanto, extinta em 1837.

No contexto da Guerra Peninsular, a Casa Pia de Lisboa foi encerrada com a ocupação do Castelo de São Jorge pelas tropas napoleónicas sob o comando de Jean-Andoche Junot. Foi reaberta em 1812 no Convento do Desterro apenas para a infância desvalida.

O governo liberal deu-lhe, em 1833, melhores instalações no mosteiro dos Jerónimos. Em 1834 iniciou o ensino e reabilitação de surdos.

Após a Implantação da República Portuguesa, ao ensino elementar, doméstico e de Artes e Ofícios, o novo regime acrescentou os ensinos agrícola e industrial.

Em 1942 a Casa Pia passou a integrar um conjunto de Colégios ficando disseminada por toda a cidade de Lisboa.

Tendo se destacado ao longo de sua história pelo seu ensino técnico-profissional, a intervenção com surdos e surdocegos é hoje uma das suas principais áreas de actuação.

Mantém ainda um museu, o "Museu do Centro Cultural Casapiano", destinado a preservar e narrar a sua secular história.

O escândalo da Casa Pia

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Ver artigo principal: Processo Casa Pia

Em 2002, Portugal foi abalado pelo escândalo da Casa Pia, alegado abuso sexual de menor, alunos e ex-alunos da instituição, por políticos e figuras destacadas da sociedade portuguesa e da comunicação social. Um grupo de ex-alunos da Casa Pia denunciaram as práticas pedófilas e de proxenetismo. O escândalo foi divulgado sobretudo pela jornalista Felícia Cabrita no semanário Expresso, dando origem a um longo processo judicial que ainda corre no tribunal de Lisboa.


Alunos ilustres

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Condecorações[3]

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Referências

  1. Despacho n.º 554/2023, de 11 de janeiro
  2. a b c d CM
  3. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Casa Pia". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de abril de 2013 

Ligações externas

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