Lista de reis da Assíria
Rei da Assíria | |
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šar māt Aššur | |
Estela de Adadenirari III (r. 811–783 a.C.)
| |
Detalhes | |
Primeiro monarca | Assur [a] |
Último monarca | Assurubalite II |
Formação | c. 2 450 a.C. |
Abolição | 609 a.C. |
Nominador | Direito divino, hereditário |
A Lista de reis da Assíria é uma compilação da lista real assíria, um antigo reino e império semítico acadiano no norte da Mesopotâmia (atual Iraque) com informações adicionais advindas de pesquisas arqueológicas recentes. A lista de reis assírios inclui o tamanho dos reinados que parecem ter sido baseados em listas limu (listavam os nomes de epônimos oficiais para cada ano) agora perdidas. O comprimento dos reinados confere bem com as listas reais hititas, babilônicas e egípcias e com o registro arqueológico, e são consideradas confiáveis para a idade.[1]
Antes da descoberta das tabuletas cuneiforme listando os antigos reis assírios, estudiosos antes do século XIX apenas tinham acesso a duas listas reais assírias completas, uma encontrada na Crônica de Eusébio de Cesareia (ca. 325),[2] da qual duas edições existem, e uma segunda lista encontrada na Excerpta Latina Barbari. Uma lista incompleta de 16 reis assírios foi também descoberta na literatura de Sexto Júlio Africano. Várias outras listas reais assírias fragmentadas chegaram até nós através de autores gregos e romanos tais como Ctésias de Cnido (c. 400 a.C.) e os autores romanos Castor de Rodes (século I a.C.) e Cefalião (século I d.C.).
Desde a descoberta e decifração dos registros cuneiformes, estas listas reais assírias "pós-cuneiforme" não foram consideradas muito fiáveis ou factuais, mas podem conter verdades históricas menores que tornaram-se pesadamente corrompidas ao longo dos séculos. Alguns estudiosos argumentam ainda que elas são fabricações inteiras ou ficções.[carece de fontes]
Fontes
[editar | editar código-fonte]Listas greco-romanas fragmentadas
[editar | editar código-fonte]Ctésias como médico da corte de Artaxerxes II (r. 405/4–359/8 a.C.), alegou ter acesso a registros reais históricos. A lista dos reis assírios de Ctésias incluída em seu Persica, um trabalho que cobre a história da Pérsia, embora os primeiros três livros tenham sido dedicados à Assíria pré-persa, sendo intitulados "A História dos Assírios". O quanto a lista real de Ctésias é história factual ainda está sob debate. Enquanto muitos estudiosos concordam que grandes partes são ficção, é geralmente acordado que há verdade histórica com base na probabilidade de sua lista estar enraizada na tradição oral transmitida.[3][c] O estudioso clássico Robert Drews, contudo, argumenta que a lista de Ctésias contém informações de tabuletas babilônicas.[4] Embora o trabalho inteiro de Ctésias está perdido, fragmentos foram preservados em Diodoro Sículo, Nicolau de Damasco e Fócio. Destes fragmento é sabido que Ctésias datou a fundação da Assíria c. 2 166 a.C., pelo rei Nino, marido da rainha Semíramis, e 30 reis assírios o seguiram por 1300 anos em sucessão a Sardanapalo (c. 866 a.C.).[5] A lista dos 30 sucessores de Nino (e Semíramis) de Ctésias está perdida.
No século I a.C., Castor de Rodes compilou uma lista real assíria, similar a aquela de Ctésias. Porém, apenas fragmentos sobreviveram de maneira mutilada, embora se saiba por estes fragmentos que a lista real assíria de Castor começou com Belo. Embora afirme, tal como Ctésias, que Nino foi marido de Semíramis, Castor o considera como o segundo rei, de modo que Belo seria o primeiro. Segundo castor, Belo data de 2 123 a.C.. Um fragmento de Cefalião nomeia Nínias, o filho e sucessor de Nino.[6]
Uma lista incompleta de 16 reis assírios é encontrada no Chronographiai de Sexto Júlio Africano (começo do século III).[7] A Crônica de Eusébio de Cesareia (ca. 325) contém uma lista completa de 36 reis assírios.[2] Uma lista final é encontrada na Excerpta Latina Barbari. A lista pode ser encontrada no Thesaurus temporum (1606) de Joseph Justus Scaliger. Nela Belo é considerado como o primeiro rei e é datado de 2 206 a.C.[d]
Lista em árabe
[editar | editar código-fonte]O historiador árabe Iacubi incluiu em seu Kitāb al-ta'rīkh escrito em 873 uma lista de reis de "Mossul e Nínive" compreendendo quatro reis assírios identificáveis: Palo/Tiglate-Pileser II (r. 965–936 a.C.), Nino/Tuculti-Ninurta II (r. 890–884 a.C.), Lauasnacir/Assurnasirpal II (r. 883–859 a.C.) e Xamirã/Semíramis (r. 810–806 a.C.).[8]
Fontes cuneiformes
[editar | editar código-fonte]Há três versões de listas reais existentes que provém das tabuletas cuneiformes, e dois fragmentos.[9] Elas datam do começo do milênio I a.C. - a mais antiga, Lista A (século VIII a.C.) terminando em Tiglate-Pileser II r.–967 a.C. e a mais recente, Lista C, em Salmanaser V (r. 727–722 a.C.). Assiriólogos acreditam que a lista foi originalmente compilada para ligar Samsiadade I (fl. c. 1 700 a.C. (curta), um amorreu que conquistou Assur, aos governantes da terra de Assur. Escribas então copiaram a lista e o acrescentaram ao longo do tempo.[10]
Lista de reis assírios
[editar | editar código-fonte]Os seguintes reis são listados das tabuletas cuneiformes assírias.
Monarcas ancestrais
[editar | editar código-fonte]A lista abaixo está de acordo com o historiador Nicolas Lenglet Dufresnoy (1762):[11]
Nome | Início do governo | Duração do reinado (anos) | Notas |
---|---|---|---|
Assur | 2 640 a.C. | – | Estabeleceu-se na Assíria, à qual deu seu próprio nome, e construiu Nínive. |
Belo | 2 229 a.C. | 55 anos | |
Nino | 2 174 a.C. | 52 anos | Tomou a Babilônia |
Semíramis | 2 122 a.C. | 42 anos | |
Ninias ou Zames | 2 080 a.C. | 38 anos | |
Ário | 2 512 a.C. | 30 anos |
Período inicial
[editar | editar código-fonte]Os comprimentos dos reinados não são dados para os reis antes de Erisum I.
"Reis que viviam em tendas"
[editar | editar código-fonte]Esta seção mostra marcadas semelhanças com os ancestrais da primeira dinastia babilônica.[10] Ao todo foram 17 reis que moraram em tendas:[12][13]
Reis cujos pais são conhecidos
[editar | editar código-fonte]Esta lista os ancestrais de Samsiadade I.[10] Ao todo são 10 reis cujos pais são conhecidos:[12][15]
Reis cujos epônimos não são conhecidos
[editar | editar código-fonte]Estes são os primeiros governantes da Assíria.[10]
Antigo período da Assíria | ||
Nome | Reinado | Notas |
---|---|---|
Sulili | século XXI a.C. | "filho de Aminu" |
Quiquía | século XXI a.C. | "filho de Sulili" |
Aquía | século XXI a.C. | "filho de Quiquía" |
Puzurassur I | fl. c. 2 025 a.C. | Fundou uma nova dinastia, dedicou templos em Assur, fundou colônias na Ásia Menor;[16] contemporâneo de Isbi-Erra de Larsa |
Salimaum | morreu em 2 009 a.C. | "filho de Puzurassur (I)" |
Ilussuma | fl. c. 2 008−1 975 a.C. | invadiu as cidades-estado sumério-acadianas em no sul da Mesopotâmia |
Período antigo
[editar | editar código-fonte]Danos em todas as tabuletas existentes com listas reais antes de Enlilnasir II (r. 1420–1415 a.C.) (curta) impede o cálculo do comprimento dos reinados de Erisum I a este ponto. Além disso, três reis atestados em outros lugares deste período não estão inclusos na lista real padrão. O restante da lista real então tem uma cadeia ininterrupta de tabuletas de Enlilnasir II em diante. Disparidades entre as diferentes versões da lista real para os reinados de Assurnadinapli (r. 1196–1194 a.C.) (curta) e Ninurtapalecur (r. 1182–1180 a.C.) (curta) contribuem para o debate sobre a cronologia do antigo Oriente Próximo.[10][17] Georges Roux e A. Leo Oppenheim fornecem datas nas listas reais deles, mas estas estão abertas para debate.[16][18]
Período antigo | ||
Nome | Reinado[19][9] | Notas[19][9] |
---|---|---|
Erisum I | fl. c. 1 974−1 935 a.C. (30 ou 40 anos) |
"filho de Ilussuma"; Possivelmente contemporâneo de Samuabum da Babilônia; Diz-se que construiu o templo de Assur. |
Icunum | 1 934−1 921 a.C. | "filho de Ilussuma"; Contemporâneo de Samulael da Babilônia. |
Sargão I | c. 1 920−1 881 a.C. | "filho de Icunum" |
Puzurassur II | 1 881−1 873 a.C. | "filho de Sargão (I)" |
Narã-Sim da Assíria | 1 872−1 818 a.C. | "filho de Puzurassur (II)" |
Erisum II | 1 818−1 809 a.C. | "filho de Narã-Sim da Assíria, foi deposto por Samsiadade I, que marcou o fim da dinastia de Puzurassur I." |
Samsiadade I | c. 1 809−1 782 a.C. | "filho de Ilacabicabu (governante amorreu local), foi para Cardunias[e] no tempo de Naram-Sim. No epônimo de Ibniadade, Samsiadade subiu de Cardunias. Tomou Ecalatum, onde ficou três anos. No epônimo de Atamar-Istar, Samsiadade subiu de Ecalatum. Ele depôs Erisum II, filho de Naram-Sim, do trono e apossou-se dele. Formou o Primeiro Império Assírio."; |
Ismedagã I | 1 782−1 751 a.C. | "filho de Samsiadade (I), herdou o império de seu pai e guerreou inconclusivamente com Hamurabi" |
Mutascur | 1 750−1 740 a.C. | Vassalo de Hamurabi da Babilônia, filho de Ismedagã I, casou-se com uma rainha hurrita; não incluso na lista real padrão, mas atestado em outros lugares.[20] |
Rimus | c. 1 739−1 733 a.C. | Incluso na fragmentada lista real alternativa, com a última parte de seu nome perdida; não está incluso na lista real padrão e, segundo Georges Roux, pode ser identificado com Rimus.[20] Foi um vassalo de Hamurabi |
Asinum | c. 1 732 a.C. | neto de Samsiadade I, foi expulso pelo vice-regente Puzursim porque foi um amorreu; não incluso na lista real padrão, mas atestado na inscrição de Puzursim.[20] |
Sete usurpadores que reinaram em rápida sucessão entre c. 1 731−1 726 a.C. após a expulsão dos babilônios e amorreus da Assíria: | ||
Adasi | c. 1 725−1 701 a.C. | Expulsou completamente os babilônios e amorreus da Assíria c. 1 720 a.C. |
Belbani | 1 700−1 691 a.C. (10 anos) | "filho de Adasi" |
Libaia | 1 690−1 674 a.C. (17 anos) | "filho de Belbani" |
Sarmadade I | 1 673−1 662 a.C. (12 anos) | "filho de Libaia" |
Iptar-Sim | 1 661−1 650 a.C. (12 anos) | "filho de Sarmadade (I)" |
Bazaia | 1 649−1 622 a.C. (28 anos) | "filho de Iptar-Sim" |
Lulaiu | 1 621−1 618 a.C. (6 anos) | "Filho de alguém" |
Suninua | 1 615−1 602 a.C. (14 anos) | "filho de Bazaia" |
Sarmadade II | 1 601−1 599 a.C. (3 anos) | "filho de Suninua" |
Erisum III | 1 598−1 586 a.C. (13 anos) | "filho de Suninua" |
Samsiadade II | 1 585−1 580 a.C. (6 anos) | "filho de Erisum (III)" |
Ismedagã II | 1 579−1 562 a.C. (16 anos) | "filho de Samsiadade (II)" |
Samsiadade III | 1 562−1 548 a.C. (16 anos) | "filho de Ismedagã (II)" |
Assurnirari I | 1 547−1 522 a.C. (26 anos) | "filho de Ismedagã (II)" |
Puzurassur III | 1 521−1 498 a.C. | "filho de Assurnirari (I)"; contemporâneo de Burnaburias I, rei cassita da Babilônia.[14] Fortificou Assur. |
Enlilnasir I | 1 497−1 484 a.C. (13 anos) | "filho de Puzurassur (III)" |
Nurili | c. 1 483−1 471 a.C. (12 anos) | "filho de Enlilnasir (I)". Tornou-se vassalo de Mitani |
Assursaduni | c. 1 471 a.C. (1 mês) | "filho de Nurili" |
Assurrabi I | c. 1 470−1 451 a.C. (incerto, texto danificado) | "filho de Enlilnasir (I), expulsou Assursaduni e tomou o trono" |
Assurnadinaque I | c. 1 450−1 431 a.C. (incerto, texto danificado) | "filho de Assurabi (I)" |
Enlilnasir II | c. 1 430–1 425 a.C. | "Seu irmão (Assurnadinaque I), expulsou-o" |
Assurnirari II | c. 1 424–1 418 a.C. | "filho de Enlilnasir (II)" |
Assurbelnisesu | c. 1 417–1 409 a.C. | "filho de Assurnirari (I)" |
Assurrimnisesu | c. 1 408–1 401 a.C. | "filho de Assurbelnisesu" |
Assurnadinaque II | c. 1 400–1 391 a.C. | "filho de Assurrimnisesu" |
Período médio
[editar | editar código-fonte]As datas até Ninurtapalecur (r. 1182–1180 a.C.) estão sujeitas a debate, uma vez que o tamanho de alguns reinados variam em cada versão das listas reais. As datas dadas abaixo são baseadas nas listas reais assírias B e C, que dão apenas três anos para Assurnadinapli, e o mesmo para Ninurtapalecur. (A lista real assíria A dá quatro anos para Assurnadinapli e 13 anos para Ninurtapalecur).[21] Este prazo é também assunto de debate geral sobre a cronologia do antigo Oriente Próximo; a cronologia curta (ou baixa) é usado aqui. Datas de 1179 à 912 a.C., embora menos seguras que as datas de 911 a.C. em diante, não estão sujeitas a debate cronológico.[14]
Período médio | ||
Nome | Reinado[22][23][24] | Notas[19][9] |
---|---|---|
Dada a variabilidade cronológico, para os comprimentos dos reinados entre Assurubalite I e Ninurtapalecur emprega-se as cronologias média e curta, sendo o primeiro par de datas relativo à primeira cronologia e o segundo, à segunda cronologia.[25] | ||
Eribadade I | c. 1 390–1 364 a.C. | "filho de Assurbelnisesu" |
Assurubalite I | c. 1 363–1 328 a.C. c. 1 353–1 318 a.C. |
"filho de Eribadade (I)", se correspondeu com o faraó Aquenáton (r. 1353/51–1336/34 a.C.) via as Cartas de Amarna |
Enlilnirari | c. 1 327–1 318 a.C. c. 1 317–1 308 a.C. |
"filho de Assurubalite (I)" |
Ariquedenili | c. 1 317–1 306 a.C. c. 1 307–1 296 a.C. |
"filho de Enlilnirari" |
Adadenirari I | c. 1 305–1 274 a.C. c. 1 295–1 264 a.C. |
"filho de Ariquedenili" |
Salmanaser I | c. 1 273–1 244 a.C. c. 1 263−1 234 a.C. |
"filho de Adadenirari (I)" |
Tuculti-Ninurta I | c. 1 243–1 207 a.C. c. 1 233−1 197 a.C. |
"filho de Salmanaser (I)" |
Assurnadinapli | c. 1 206–1 203 a.C. 1 196−1 194 a.C. |
"durante a vida de Tuculti-Ninurta I, Assurnadinapli, seu filho, ascendeu ao trono" |
Assurnirari III | c. 1 202–1 197 a.C. 1 193−1 188 a.C. |
"filho de Assurnadinapli" |
Enlilkudurriusur | c. 1 196–1 192 a.C. 1 187−1 183 a.C. |
"filho de Tuculti-Ninurta (I)" |
Ninurtapalecur | c. 1 191–1 180 a.C. 1 182−1 180 a.C. |
"filho de Ila-Hada, um descendente de Eribadade I, foi para Cardunias[e]. Ele veio de Cardunias (e) capturou o trono." |
Começando com Assurdã I, as datas são consistentes e não estão sujeitas às distinções da cronologia média/curta. | ||
Assurdã I | c. 1 179–1 133 a.C. | "Filho de Melisipaque II da Babilônia e adotivo de Assurnadinapli" |
Ninurta-Tuculti-Assur | c. 1 133 a.C. | "Filho de Assurdã (I), brevemente" |
Mutaquilnuscu | c. 1 133 a.C. | "seu irmão (Ninurta-Tuculti-Assur), lutou e levou-o para Caraduniaxe. Mutaquilnuscu mante o trono brevemente, e então morreu." |
Assurresisi I | c. 1 133–1 115 a.C. | "filho de Mutaquilnuscu" |
Tiglate-Pileser I | c. 1 115–1 076 a.C. | "filho de Assurresisi (I)" |
Assarideapalecur | c. 1 076–1 074 a.C. | "filho de Tiglate-Pileser (I)" |
Assurbelcala | c. 1074–1 056 a.C. | "filho de Tiglate-Pileser (I); Contemporâneo de Adade-Baladã da Babilônia." |
Eribadade II | c. 1 056–1 054 a.C. | "filho de Assurbelcala" |
Samsiadade IV | c. 1 054–1 050 a.C. | "filho de Tiglate-Pileser (I), veio de Carduniaxe. Depôs Eribadade (II), filho de Assurbelcala, (e) confiou o trono" |
Assurnasirpal I | c. 1 050–1 031 a.C. | "filho de Samsiadade (IV)" |
Salmanaser II | c. 1 031–1 019 a.C. | "filho de Assurnasirpal (I)" |
Assurnirari IV | c. 1 019–1 013 a.C. | "filho de Salmanaser (II)" |
Assurrabi II | c. 1 013–972 a.C. | "filho de Assurnasirpal (I)" |
Assurrexixi II | c. 972–967 a.C. | "filho de Assurabi (II)" |
Tiglate-Pileser II | c. 967–935 a.C. | "filho de Assurresisi (II)" |
Assurdã II | c. 935–912 a.C. | "filho de Tiglate-Pileser (II)" |
Período Neoassírio
[editar | editar código-fonte]Sincronismos entre as listas limu e datas absolutas conhecidas da cronologia babilônica fornecem boas datas absolutas para os anos entre 911 a.C. e 649 a.C.[carece de fontes] As datas para o fim do período assírio são incertas devido a falta de listas limu após 649 a.C.. Alguns fontes listam a morte de Assurbanípal em 631 a.C., ao invés de 627 a.C.; Assuretililani então reinou de 631 a 627, e Sinsariscum reinou até 612 a.C., quando ele é conhecido por ter morrido no saque de Nínive.[14]
Período Neoassírio | |||||||||
Nome | Imagem | Reinado[26][27][28] | Notas[19][9] | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Adadenirari II | 912–891 a.C. | "filho de Assurdã (II)" | |||||||
Tuculti-Ninurta II | 891–884 a.C. | "filho de Adadenirari (II)" | |||||||
Assurnasirpal II | 884–859 a.C. | "filho de Tuculti-Ninurta (II)" | |||||||
Salmanaser III | 859–824 a.C. | "filho de Assurnasirpal (II)" | |||||||
Samsiadade V | 824–811 a.C. | "filho de Salmanaser (III)" | |||||||
Semíramis (Samuramate), regente, 811–808 a.C. | |||||||||
Adadenirari III | 811–783 a.C. | "filho de Samsiadade (V)" | |||||||
Salmanaser IV | 783–773 a.C. | "filho de Adadnirari (III)" | |||||||
Assurdã III | 773–755 a.C. | "filho de Salmanaser (IV)"; eclipse solar em 763 a.C.[14] | |||||||
Assurnirari V | 755–745 a.C. | "filho de Adadenirari (III)" | |||||||
Tiglate-Pileser III | 745–727 a.C. | "filho de Assurnirari (V)" | |||||||
Salmanaser V | 727–722 a.C. | "filho de Tiglate-Pileser (III)" | |||||||
Fim do documento conhecido como "Lista real assíria"; os reis seguintes reinaram após a composição da lista. | |||||||||
Sargão II | 722–705 a.C. | Concluiu a destruição de Samaria iniciada por Salmanaser V, levando os israelitas ao exilio, restando apenas o reino de Judá ao sul. | |||||||
Senaqueribe | 705–681 a.C. | Conquistou 46 cidades de Judá, e por uma razão desconhecida não chegou a Jerusalém. | |||||||
Assaradão | 681–669 a.C. | Conquistou o Egito, e chamado na Bíblia de Esar-Hadom | |||||||
As datas dos últimos reis não são certas. | |||||||||
Assurbanípal | 669–627 a.C. | Foi o ultimo grande rei assírio, destruiu Susã, capital do Elam e mencionado em Esdras 4:10, como Asnapar. | |||||||
Assuretililani | c. 631–627 a.C. | Envolvido em constantes guerras civis, enfraqueceu o império | |||||||
Sinsumulisir | 626 a.C. | Usurpador que também reclamou a Babilônia | |||||||
Sinsariscum | c. 627–612 a.C. | Império Assírio colapsou durante seu reinado; queda de Nínive | |||||||
Em 612 a.C., Nínive, a capital assíria, caiu para os medos, babilônios e citas; apoiado pelos egípcios, um general assírio continuou a reinar por mais alguns anos em Harã | |||||||||
Assurubalite II | 612 a.C. - c. 608/605 a.C. | Harã derrotada por uma aliança de Ciaxares da Média e Nabopolasar da Babilônia junto com Cítia e Ciméria; força assírio-egípcia derrotada em Carquemis em 605 a.C. |
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Segundo Dufresnoy.
- ↑ Primeiro atestado contemporaneamente.
- ↑ Felix Jacoby cf. FGrH 688 T 11, T 13, T 19, mostra autoridades antigas que consideram a lista real como sensacional, semi-ficcional ou irrealista ao mesmo tempo.
- ↑ A lista real assíria no Excerpta Latina Barbari alega que Belo reinou 1 430 anos antes da primeira Olimpíada (776 a.C.), assim datando-o para 2 206 a.C.
- ↑ a b Cardunias ou Carduniaxe (Karduniaš) é a designação cassita do reino da dinastia cassita com capital em Babilônia. Em épocas mais tardias também foi usado para designar aquela cidade.
Referências
- ↑ Rowton 1970, p. 194-195.
- ↑ a b Eusébio de Cesareia 325, Livro I.
- ↑ Stronk 2010, p. 30-36.
- ↑ Drews 1965, p. 129-142.
- ↑ Drews 1965, p. 30.
- ↑ Cole 2004, p. 355-422.
- ↑ Cory 1876, p. 70.
- ↑ Lange 2011, p. 29.
- ↑ a b c d e «Assyrian King List» (em inglês)
- ↑ a b c d e Meissner 1990, p. 101-102.
- ↑ Dufresnoy 1762, p. 115.
- ↑ a b Glassner 2005, p. 137.
- ↑ Meissner 1990, p. 103.
- ↑ a b c d e Rowton 1970, p. 202-204.
- ↑ Meissner 1990, p. 104.
- ↑ a b Roux 1993.
- ↑ Rowton 1970, p. 195.
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- ↑ a b c d Glassner 2005, p. 136-144.
- ↑ a b c Glassner 2005, p. 88.
- ↑ Glassner 2005, 155, notas 49-56.
- ↑ Grayson 1987.
- ↑ Newgrosh 1999.
- ↑ Brinkman 1973.
- ↑ Kuhrt 2006, p. 306.
- ↑ Wilkinson 2005.
- ↑ «Neo-Assyrian Eponym List» (em inglês)
- ↑ «Empires and Exploitation: The Neo-Assyrian Empire» (PDF) (em inglês). Consultado em 20 de janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 27 de agosto de 2008
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ascalone, Enrico (2007). Mesopotamia: Assyrians, Sumerians, Babylonians (Dictionaries of Civilizations; 1). Berkeley: University of California Press. ISBN 0520252667
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- Cole, Thomas (2004). «Ovid, Varro, and Castor of Rhodes: The Chronological Architecture of the 'Metamorphoses'». Harvard Studies in Classical Philology. 102
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