Saltar para o conteúdo

STATEROOM

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Locais de espionagem do Serviço de Coleta Especial (SCS) em 2004

STATEROOM é o nome de código de um programa de coleta de sinais de inteligência altamente confidencial, para a interceptação de rádio, telecomunicações e tráfego internacional da Internet, operado mundialmente nas missões diplomáticas dos signatários do Tratado UKUSA e os membros da rede ECHELON.

Fazem parte deste tratado Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos da América, e em conjunto são denominados Os Cinco Olhos (The Five Eyes, em inglês)[1][2]

O STATEROOM é um programa conjunto da NSA (NSA) e da CIA (CIA) .

Em quase uma centena de embaixadas e consulados em todo o mundo, as operações de espionagem e vigilância do "STATEROOM" são conduzidas pelo Serviço de Coleta Especial (SCS), que é parte do programa mais amplo "STATEROOM".[3]

De acordo com documentos vazados pelo Edward Snowden em 2013, a verdadeira missão das pessoas que trabalham no programa STATEROOM não é revelada para o resto do pessoal diplomático nas instalações onde são alocados.

Países participantes

[editar | editar código-fonte]
Local e status da espionagem da CIA e NSA através do Serviço de Coleta Especial (SCS) em 13 de agosto de 2010

Operações Reveladas até 2014

[editar | editar código-fonte]

Coleta de sinais de inteligência pelas Embaixadas da Australia e por outras missões diplomáticas em capitais no Leste e Sul da Asia, a saber: Banguecoque, (Tailândia), Beijing, (China), Díli, (East Timor), Hanói, (Vietnam), Jacarta, (Indonesia), Kuala Lumpur, (Malaysia), Port Moresby, (Papua New Guinea)

RAF Croughton em Northamptonshire, Inglaterra

Em 2013, as embaixadas e consulados ingleses britanicas mantinham operacoes clandestinas de espionagem e vigilância nas seguintes cidades:

Os dados coletados pela Grã-Bretanha são direcionados para uma instalação em RAF Croughton em Northamptonshire, na Inglaterra, antes de serem transmitidas para um centro de dados operado conjuntamente pela CIA e pela NSA, localizada em College Park, Maryland.[7]

Em 1980s, o Communications Security Establishment Canada (CSEC) conduziu pesquisas para determinar quais as Embaixadas canadenses seriam adequadas para manter postos de espionagem e vigilância.[8][9][10]

Estados Unidos

[editar | editar código-fonte]

Em 23 de novembro de 2013, o jornal holandês NRC Handelsblad publicou os documentos fornecidos por Edward Snowden de uma apresentação da NSA mostrando localizações de pontos de atuação americana de Serviço de Coleta Especial (SCS)[11]

Nos Estados Unidos, o Serviço de Coleta Especial (SCS) contribui para o Stateroom. O SCS é operado em conjunto pela CIA e pela NSA.

Em 23 de novembro de 2013, o NRC Handelsblad publicou documentos que mostram a existência de operações do SCS em inúmeras missões diplomáticas americanas. Entre as cidades onde as operações ocorrem estão: Atenas (Grécia)), Banguecoque, (Tailândia), Berlin (Alemanha), Brasília (Brasil), Budapeste (Hungria), Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça), Lagos (Nigéria), Milão (Itália), Nova Deli (Índia), Paris (França), Praga (República Checa), Viena (Áustria), Zagreb (Croácia).[12]

Revelações de Edward Snowden em 2013

[editar | editar código-fonte]

Outras localizações incluem Baku (Azerbaijão), Kiev (Azerbaijão), Madri (Espanha), Moscoo Rússia, Pristina (Sérvia), Roma (Italia), Sarajevo (Bósnia e Herzegovina), Tbilisi (Geórgia), and Tirana (Albânia).[13]

Em outubro de 2013 os documentos mostraram a vigilância contínua de diversos chefes de Estado, entre eles Dilma Rousseff e Angela Merkel[14]

Referências

  1. Folha de S.Paulo: Cinco olhos, todos em você - 09/07/2013 - Clóvis Rossi - Colunistas - Folha de S.Paulo
  2. «Os "Cinco Olhos" e os cegos». Carta Capital. 11 de novembro de 2013. Consultado em 17 de março de 2014 
  3. NSA tinha arquivos com dados de 122 chefes de Estado e governo - Jornal O Globo - 29 de março de 2014
  4. Merkel sobre espionagem: EUA e Alemanha estão ‘muito distantes’ - Jornal O Globo - 29 de janeiro de 2014
  5. Berlim, o novo paraíso dos defensores da privacidade - Jornal O Globo - 30 de novembro de 2013
  6. Duncan Campbell, Cahal Milmo, Kim Sengupta, Nigel Morris, Tony Patterson (5 de novembro de 2013). «Revealed: Britain's 'secret listening post in the heart of Berlin'». The Independent. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  7. Duncan Campbell, Cahal Milmo (5 de novembro de 2013). «Exclusive: RAF Croughton base 'sent secrets from Merkel's phone straight to the CIA'». The Independent. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  8. «Ministério de Minas e Energia foi alvo de espionagem do Canadá». Fantástico. 6 de outubro de 2013. Consultado em 14 de março de 2014 
  9. Carta Maior: "Governos dos EUA, Inglaterra e Canadá mentem o tempo todo" - Carta Maior
  10. Lauren Strapagiel (29 de outubro de 2013). «Canadian embassies in U.S.-led spying efforts: Der Spiegel documents». canada.com. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  11. Floor Boon, Steven Derix, Huib Modderkolk (23 de novembro de 2013). «NSA infected 50,000 computer networks with malicious software». NRC Handelsblad. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  12. Philip Dorling (31 de outubro de 2013). «Australia's Asia spy network exposed». The Sydney Morning Herald. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  13. Nigel Morris, Cahal Milmo, Duncan Campbell, Kim Sengupta, Tony Paterson (6 de novembro de 2013). «Germany calls in Britain's ambassador to demand explanation over 'secret Berlin listening post'». The Independent. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 
  14. Spiegel Staff (27 de outubro de 2013). «Cover Story: How NSA Spied on Merkel Cell Phone from Berlin Embassy». Spiegel Online. Consultado em 22 de março de 2014. Cópia arquivada em 22 de março de 2014 , pages 2 and 3 at archive.
  15. A vigilância não é sobre Segurança Nacional mas sim sobre chantagem, por Alfred W. McCoy, TomDispatch, 19 de Janeiro de 2014 (em inglês)[1]