San Pantaleo iuxta Flumen
San Pantaleo iuxta Flumen, também chamada de San Pantaleo Affine,[1] era uma igreja de Roma que ficava localizada na Via Giulia, no rione Ponte. Era dedicada São Pantaleão. O epíteto "iuxta Flumen" significa "ao longo do rio" em latim, uma referência o rio Tibre. "Affine" é uma corruptela de "iuxta Flumen" ou "ad Flumen" ("no rio") ou "ad Finem" ("na fronteira"), o que, neste contexto, significava o limite da região urbana.[2] Foi demolida ainda no século XVI para permitir a construção de San Giovanni dei Fiorentini.
História
[editar | editar código-fonte]Esta igreja provavelmente foi construída no século XII e a primeira menção a ela, com o nome de S. Pantaleonis affinem, ocorre numa bula promulgada em 1186 pelo papa Urbano III, na qual ela é listada como subsidiária da igreja paroquial de San Lorenzo in Damaso.[1][3] Em 1218, ela foi subordinada a Santi Celso e Giuliano juntamente com duas outras igrejas, Sant'Angelo de Miccinellis e San Salvatore de Inversis.[3][4]
Além disto, esta igreja aparece no Catalogo di Torino (c. 1320) como Ecclesia sancti Panthaleonis iuxta flumen[5] e no Catalogo del Signorili (c. 1425) como Sci. Pantalionis.[6] Segundo uma inscrição hoje perdida, a igreja foi reformada em 1344[2]: "THOMAS ABBAS ET FRATER EIUS ANDREAS FECERUNT / FIERI HANC ECCLESIAM SUB ANNO / DOMINI MCCCXLIIII".
O papa Leão X (r. 1513-1521), em 1519, entregou esta igreja à Arciconfraternita della Pietà, uma arquiconfraternidade fundada em 1448 por comerciantes florentinos para ajudar os afligidos pela peste. A irmandade demoliu San Pantaleo e iniciou a construção da principal igreja nacional de Florença em Roma, San Giovanni dei Fiorentini.[7][8]
Referências
- ↑ a b Lombardi 1998 , p. 179
- ↑ a b Adinolfi 1860 , p. 61
- ↑ a b Hülsen 1927
- ↑ Marti 1997 , p. 22
- ↑ Hülsen, Christian. Le chiese di Roma nel medio evo. Il catalogo di Torino (circa il 1320) (em italiano). [S.l.: s.n.]
- ↑ Hülsen, Christian. Le chiese di Roma nel medio evo. Il catalogo del Signorili (cr. 1425) (em italiano). [S.l.: s.n.]
- ↑ Hülsen 1927 , pp. 410–411
- ↑ Pautrier 2013 , p. 229
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Adinolfi, Pasquale (1860). Il canale di Ponte e le sue circostanti parti: terzo saggio della topografia di Roma nell'età di mezzo (em italiano). Narni: Gattamelata. OCLC 1002775979
- Armellini, Mariano (1891). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Roma: Tipografia Vaticana. OCLC 9269651
- Hülsen, Christian (1927). Le chiese di Roma nel medio evo (em italiano). Firenze: Leo S. Olschki. OCLC 3696954
- Lombardi, Ferruccio (1998). Roma: le chiese scomparse: la memoria storica della città (em italiano) 2 ed. Roma: Fratelli Palombi Editori. ISBN 88-7621-069-5. OCLC 41949329
- Marti, Licia (Dezembro de 1997). «Santi Celso e Giuliano». Roma: Cosmofilm. Roma Sacra: guida alle chiese della città eterna (em italiano) (11): 22–25. ISSN 1126-6546
- Pautrier, Massimo (2013). I Santi delle Chiese medievali di Roma (IV–XIV secolo) (em italiano). Roma: [s.n.] ISBN 978-1-291-37077-5
- Pratesi, Ludovico (1995). Il rione Ponte (em italiano). Roma: Newton Compton editori. ISBN 88-7983-509-2