Chamariz
Chamariz | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Serinus serinus Linnaeus, 1766 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Laranja, verão; verde, todo o ano; azul, inverno
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O chamariz, milheirinha-europeia, serrazina ou grasina (Serinus serinus) é um pequeno pássaro da família Fringillidae.
Descrição
[editar | editar código-fonte]É comum em toda a Europa, encontrado em parques, jardins e matas de coníferas. Plumagem malhada de castanho escuro e amarelo. No verão, o amarelo intensifica-se, e a cabeça fica quase completamente amarela. O juvenil não possui amarelo, apenas riscas de castanho e branco. Mede cerca de 11 a 12 cm de comprimento,[1][2] e pesa de 8,5 a 14g.[2] O bico é curto e de cor clara, a cabeça é grande, o dorso, o manto e os flancos são listrados de escuro; o uropígio é amarelo vivo no macho e amarelo-esverdeado na fêmea; no macho a testa, os lados do pescoço, e o peito são amarelo-limão enquanto na fêmea são branco-amarelados.[1][3]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Outrora um pássaro tipicamente mediterrânico, tem-se expandido por toda a Europa, chegando à Suécia e Inglaterra, a norte, à Ucrânia, Balcãs e Ásia Menor, a leste, e a Marrocos, a sul. Na Península Ibérica é comum em todas as estações do ano.[4] Reproduz-se por toda a Europa ( com excepção das Ilhas Britânicas e da maior parte da Fino-Escandinávia), para leste até ao Báltico, oeste da Rússia e Bielorrússia, para sul até às ilhas do Mediterrâneo, à Turquia (norte, oeste, e centro-sul), à Geórgia central, às Canárias, ao norte de África, ao Líbano e a Israel; passa o inverno no sul e sudoeste da Europa, no norte de África e no Iraque.[5]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Descrito por Linnaeus, em 1766, na Suíça, com o nome de Fringilla Serinus. Sem subespécies.[5]
Habitat
[editar | editar código-fonte]O chamariz frequenta jardins, parques, pomares, pequenos bosques, de preferência com coníferas.[1][3] Gosta também das orlas dos bosques, das clareiras, plantações, terrenos cultivados. Podemos encontrá-lo em áreas urbanas, mas também em ravinas e gargantas com árvores e arbustos até altitudes de 2000-2500m.[2]
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Alimenta-se principalmente de sementes, gomos, rebentos e alguns insetos,[2][3][6] como aranhas, afídios e larvas de traças.[2] Durante o inverno consome maioritariamente sementes de gramíneas, na primavera come rebentos tenros de arbustos e árvores como o ulmeiro e a bétula. No inverno encontra-se em grandes bandos, nos campos alimentando-se de sementes de dente-de-leão (Taraxacum officinale). Também come sementes de Capsella, Polygonum e Artemisia vulgaris.[4]
Nidificação
[editar | editar código-fonte]A fêmea constrói o ninho num ramo de uma conífera, árvore de fruto ou arbusto,[3][4] em forma de pequena taça, com ervas secas, musgos, líquenes, raízes, forrado com penugem vegetal, penas e pelos.[2][6] A postura consiste em 3 a 4 ovos esbranquiçados com pintas escuras, incubados pela fêmea durante 12 a 13 dias ; ambos os progenitores alimentam as crias, mas nos primeiros dias o macho alimenta a fêmea e as crias.[2][6] Os juvenis deixam o ninho com 15-18 dias e tornam-se independentes 9 a 10 dias depois.[2]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]Pássaro muito enérgico, é dócil, apenas na época de acasalamento se torna mais agressivo e territorial. As aves meridionais são residentes. O voo é rápido e ondulado.[3] Possui um canto repetitivo e prolongado, áspero e com um ritmo rápido, lembrando vidro a partir.
Filogenia
[editar | editar código-fonte]Foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[7][8][9]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c Svensson, L.; Mullarney, K.; Zetterström, D. (2009). Guia de Aves – Guia de Campo das Aves de Portugal e da Europa, 2ª ed., setembro 2012, Assírio & Alvim, Porto, Portugal. ISBN 978-972-0-79214-3. Pp. 382-383.
- ↑ a b c d e f g h Oiseaux-birds European serin Consultado em 27 de Novembro de 2013
- ↑ a b c d e Oiseaux.net serin cini Consultado em 27 de Novembro de 2013
- ↑ a b c Pajaricos.es verdecillo Consultado em 27 de Novembro de 2013
- ↑ a b The Internet Bird Collection European serin Consultado em 2 de Dezembro de 2013
- ↑ a b c Pajaricos.es verdecillo Consultado em 27 de Novembro de 2013
- ↑ Zamora, J; Moscoso J, Ruiz-del-Valle V, Ernesto L, Serrano-Vela JI, Ira-Cachafeiro J, Arnaiz-Villena A (2006). «Conjoint mitochondrial phylogenetic trees for canaries Serinus spp. and goldfinches Carduelis spp. show several specific polytomies» (PDF). Ardeola. 53(1): 1–17
- ↑ Arnaiz-Villena, A.; Arnaiz-VillenaA.; Alvarez-Tejado M.; Ruiz-del-Valle V.; García-de-la-Torre C.; Varela P.; Recio M. J.; Ferre S.; Martinez-Laso J. (1999). «Rapid Radiation of Canaries (Genus Serinus)» (PDF). Mol. Biol. Evol. 16: 2–11
- ↑ Arnaiz-Villena, A.; Ruiz-del-Valle V.; Areces C. (2012). «El Origen de los Canarios» (PDF). Ornitología Práctica. 53: 3-11
- Avibase Chamariz-comum
- BirdLife International 2013. European Serin Serinus serinus. 2013 IUCN Red List of Threatened Species. Consultada em 24 de Setembro de 2013
- Ottaviani, M. (2008). Monographie des Fringilles (fringillinés – carduélinés) – Histoire Naturelle et photographies, volume 1. Editions Prin, Ingré, France. ISBN 978-2-9091-3620-2
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Fotos
[editar | editar código-fonte]- The Internet Bird Collection Chamariz macho
- The Internet Bird Collection Chamariz juvenil
Videos
[editar | editar código-fonte]- The Internet Bird Collection Chamariz fêmea
- The Internet Bird Collection Macho a cantar
- The Internet Bird Collection Juvenis bebendo