Sionismo revisionista
O sionismo revisionista é uma corrente sionista idealizada por Ze´ev Jabotinsky que visa o restabelecimento de um Estado Judeu nas Terras de Israel. Seu desenvolvimento teve como inspiração a revisão dos ideais políticos do movimento sionista bem como nas condutas do mesmo no período anterior à criação do Estado de Israel[1]
O movimento revisionista pretendia formar um Estado Judeu de maioria judaica e livre para a imigração de judeus de todo o mundo no antigo território que, após a Primeira Guerra Mundial, se configurava como território britânico.[2]
Ideologia do movimento
[editar | editar código-fonte]O Sionismo revisionista é baseado em 3 diferentes princípios:
- [1]Maioria judaica em Eretz Israel
- [1]Total condição para que os judeus da diáspora possam migrar para Eretz Israel
- [1]Fazer com que o Estado de Israel seja referência para o mundo civilizado.
Os revisionistas defendem um Estado democrático e, para isso é necessário que haja uma maioria judaica em Eretz Israel. Desse modo, não apenas admitem Israel como um Estado livre para a imigração de todo judeu ao redor do mundo, mas também veem tal ato como positivo para se alcançar um Estado democrático.[3]
Para que Israel seja de fato um país condutor do mundo moderno, é necessário desenvolvimento. Seja no setor primário, secundário ou terciário, Israel precisa se desenvolver economicamente e é trazendo investimentos para o país e estimulando a concorrência que isso será feito.[4] Os revisionistas defendiam o estabelecimento do Estado Judeu nas duas margens do Rio Jordão, antigo território do Mandato Britânico a qual a Declaração de Balfour garantiu aos judeus. Atualmente a ideia do estabelecimento de Israel nas duas margens do Rio Jordão foi descartada pelo fato de se ter estabelecido o Reino da Jordânia na margem direita e de se ter tido boas relações com o país por conta da postura pacificadora desde Menachem Begin.
Críticas
[editar | editar código-fonte]No dia 4 de dezembro de 1948, o New York Times publicou uma "nota ao editor" assinada por 24 judeus proeminentes, condenando Menachem Begin e o seu partido Herut, durante uma visita de Begin a Nova York.
Comparando as correntes do sionismo revisionista aos "partidos nazistas e fascistas", a carta foi assinada por Albert Einstein, Hannah Arendt, Sidney Hook e outros proeminentes judeus americanos:
- Entre os mais perturbadores fenômenos políticos dos nossos tempos está a emersão, no recentemente criado Estado de Israel, do "Partido da Liberdade" (Herut), um partido político muito semelhante em sua forma de organização, métodos, filosofia política e apelo social aos partidos nazistas e fascistas. Ele foi formado a partir dos membros e em continuação do antigo Irgun Zvai Leumi, uma organização terrorista, de direita e chauvinista na Palestina.[5]
- A atual visita de Menachem Begin, líder desse partido, aos Estados Unidos está obviamente calculada para dar a impressão de apoio americano ao seu partido nas vindouras eleições de Israel, e para cimentar laços políticos com os elementos conservadores sionistas nos Estados Unidos. Vários americanos de reputação nacional emprestaram seus nomes para dar-lhe boas vindas. Existem controversias sobre se a viagem de Begin foi legítima.[6]
Referências
- ↑ a b c d http://www.conib.org.br/glossario/Sionismo%20Revisionista
- ↑ https://www.jewishvirtuallibrary.org/revisionist-zionism
- ↑ HERZL, THEODOR (1896). O Estado Judeu. LONDRES: comphania das letras
- ↑ «Chazit Porto Alegre». 5 de abril de 2013. Consultado em 3 de janeiro de 2019
- ↑ Albert Einstein, Hannah Arendt. Albert Einstein Letter to The New York Times. December 4, 1948 New Palestine Party. Visit of Menachen Begin and Aims of Political Movement Discussed (em inglês). [S.l.: s.n.]
- ↑ «NY Times, December 4, 1948». Consultado em 12 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 9 de outubro de 2007