Avaliatividade
Na linguística sistêmico-funcional, a avaliatividade (na notação sistêmica, AVALIATIVIDADE) é um sistema semântico-discursivo interpessoal que diz respeito aos posicionamentos explícitos e implícitos que enunciadores realizam em seus textos.[1] Isso se dá principalmente por meio de dois subsistemas: ATITUDE, que engloba as emoções e as avaliações éticas e estéticas do falante; e ENGAJAMENTO, que trata do modo como o enunciador lida com posições distintas da sua, reconhecendo-as ou não, com diferentes graus de abertura.[2] Embora por vezes se use a denominação "Teoria da Avaliatividade" (tradução de Appraisal Theory), trata-se na realidade de parte da proposta semântico-discursiva de J.R. Martin, que por sua vez se inscreve na teoria sistêmico-funcional como um todo.[1][2]
Bibliografia selecionada
[editar | editar código-fonte]Obras fundamentais/introdutórias
- Martin, J. R. 1992. English Text: System and Structure. Amsterdam: John Benjamins.
- Martin, J. R. 2000. Beyond Exchange: Appraisal Systems in English. In S. Hunston; G. Thompson, eds., Evaluation in Text: Authorial Stance and the Construction of Discourse. Oxford: Oxford University Press. 142–75.
- Martin, J. R.; D. Rose. 2003. Working with Discourse: Meaning beyond the Clause. London: Continuum.
- Martin, J. R.; P. R. R. White. 2005. The Language of Evaluation: Appraisal in English. London: Palgrave.
Aplicações
- Bednarek, M. 2008. Emotion Talk Across Corpora. London: Palgrave Macmillan.
- Bednarek, M.; H. Caple. 2017. The Discourse of News Values: How News Organizations Create Newsworthiness. New York: Oxford University Press.
- Coffin, C. 2006. Historical Discourse. London: Continuum.
- Eggins, S.; D. Slade. 1997. Analysing Casual Conversation. London: Cassell.
- Hood, S. 2010. Appraising Research: Evaluation in Academic Writing. London: Palgrave Macmillan.
- Knight, N. 2010. Wrinkling Complexity: Concepts of Identity and Affiliation in Humour. In M. Bednarek; J. R. Martin, eds., New Discourse on Language: Functional Perspectives on Multimodality, Identity, and Affiliation. 35–48. London: Continuum.
- Lemke, J. L. 1998. Resources for Attitudinal Meaning: Evaluative Orientations in Text Semantics. Functions of Language 5(1): 33–56.
- Macken-Horarik, M. 2003. Appraisal and the Special Instructiveness of Narrative. Text 23: 285–312.
- Martin, J. R., M. Zappavigna, P. Dwyer, and C. Cléirigh. 2013. Users in Uses of Language: Embodied Identity in Youth Justice Conferencing. Text and Talk 33(4–5): 467–96.
- Painter, C. 2003. Developing Attitude: An Ontogenetic Perspective on Appraisal. Text 23(2): 183–209.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Appraisal Theory Homepage (em inglês)
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b Martin, J.R.; White, P.R.R. (2005). The Language of Evaluation: Appraisal in English. [S.l.]: Palgrave. ISBN 140390409X
- ↑ a b Martin, J. R.; Martin, James Robert; Rose, David (2003). Working with Discourse: Meaning Beyond the Clause (em inglês). [S.l.]: Continuum