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Engenheiro

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(Redirecionado de Supervisor de engenharia)
Engenheiro
Engenheiro
Projeto e operação de uma turbina exige a colaboração de engenheiros de diversas áreas
Nomes Engenheiro
Tipo Profissão
Competências conhecimento técnico, habilidades de gestão, interpretação matemática de fenômenos físicos
Educação requirida ver
requisitos profissionais
Campos de trabalho tecnologia, ciência, militar, projetos
Empregos relacionados tecnólogo, gerente de
projeto

Engenheiro é um profissional de engenharia, preocupado com a aplicação do conhecimento científico, matemático e da criatividade para desenvolver soluções para problemas técnicos. Engenheiros projetam materiais, estruturas e sistemas, considerando as limitações impostas pela praticidade, regulamentação, segurança e custo.[1][2] É uma pessoa com formação técnico-científica que o torna capaz de resolver problemas tecnológicos, práticos e muitas vezes complexos, ligados à concepção, realização e implementação de produtos, sistemas ou serviços. A palavra "engenheiro" possui raízes no latim e é derivada de ingeniare ("inventar") e ingenium ("inteligência").[3][4] O engenheiro pode atuar dentro de várias especialidades, dentre elas: Aeronáutica, Agrimensura, Agronomia, Alimentar, Ambiente, Civil, Computação, Software, Controle e Automação, Elétrica, Mecânica, Mineração, Produção, Química, Telecomunicações, Naval, entre outras.

O engenheiro e a sociedade

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Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu uma nova visão com relação a engenharia, ou seja, ela começou a ser vista como uma ferramenta ainda mais facilitadora, o que fez com que a mesma passasse a ser utilizada além do mundo militar com maior intensidade. Todas as técnicas e conceitos de engenharia que eram apenas usados no ambiente militar foram aplicados no mundo civil de forma abrangente, sendo que por meio desta tornou-se possível resolver problemas técnicos/tecnológicos de influência social, como por ex: produção e fornecimento de energia elétrica, construção de prédios, estradas, pontes, melhoramento na transmissão de informação através de meios eletrônicos e/ou automáticos, invenção e sofisticação de meios de transportes terrestres e aéreos, etc.

Tais atividades são apenas desenvolvidas por profissionais competentes no domínio das ciências exatas, e ao mesmo tempo com a habilidade de relacionar e aplicar tais conceitos de forma criativa na resolução de problemas práticos de caráter social. Este profissional é denominado engenheiro.[5]

Nos dias de hoje, é notável e quase que inevitável a presença da engenharia nos mais variados campos de atuação (ex: Medicina, Economia, Agricultura, etc.), o que automaticamente tem exigido a intervenção do engenheiro nesta dinâmica tecnológica atual.

O engenheiro Joaquim Cardozo projetou a Catedral Metropolitana de Brasília (foto) e os palácios da capital federal com bases delgadas que apenas tocam o chão. Trata-se das principais conquistas da engenharia estrutural brasileira.

Engenheiro Civil

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O Engenheiro Civil desenvolve a sua profissão ou atividade utilizando o conhecimento de ciências matemáticas, físicas e dos materiais, adquirido através do estudo, da experiência e da prática, com o fim de desenvolver o projeto, a construção e a manutenção de infraestruturas, de forma económica e em respeito pelo meio ambiente, materializadas em edifícios, pontes, barragens, vias de comunicação, sistemas de abastecimento e tratamento de águas, aeroportos, portos e sistemas de produção de energia, numa lógica funcional, estética e de segurança de pessoas e bens.[6]

Exercício da profissão de Engenheiro Civil: legislação

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A natureza da profissão de Engenheiro Civil e o seu comprometimento com a sociedade para a qual desenvolve essa atividade, numa função de garantir o bem-estar da população e a proteção de pessoas e bens, impõem a intervenção do Estado no estabelecimento de Regulamentos e Normas que têm de ser cumpridas pelo engenheiro no exercício da sua profissão e nas diversas áreas de atividade.

Efetivamente, o Engenheiro Civil exerce uma profissão de confiança pública, pelo que o seu exercício está regulado com base nesses Regulamentos e Normas que constituem o enquadramento legal. Constitui, portanto, uma exigência para o exercício profissional, o conhecimento detalhado de toda a legislação existente e o seu cumprimento.

Compete ao Estado, através dos diferentes órgãos da Administração Central e Local, garantir a observância dessa legislação.

Refere-se igualmente que o exercício da profissão de engenheiro está contemplado no Regime Jurídico que estabelece a qualificação profissional, com destaque para a qualificação exigível aos engenheiros responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos, pela fiscalização e pela direção de obras. Atualmente, em Portugal a regulação do exercício da profissão de Engenheiro Civil está delegada pelo Estado nas Ordens Profissionais. Note-se que os termos Regulamento e Norma podem ser empregados como sinónimos, no sentido em que ambos designam uma instrução do que deve ser feito. Contudo, se entendermos o regulamento como o ato de regular e de estabelecer regras, então este pode englobar um conjunto de disposições e assumir um carácter mais geral, cujas partes serão as normas propriamente ditas.[6]

Requisitos do Engenheiro Civil

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O exercício profissional pressupõe um ensino técnico e científico, engenho, criatividade, inovação e empreendedorismo tendo a noção de que uma boa formação académica estrutura a evolução do Engenheiro Civil, constituindo a base do seu desempenho profissional.

O engenho e a criatividade são produto do conhecimento técnico-científico e da inteligência prática que compreende a formulação de uma ideia e a sua materialização.

Na engenharia civil não há situações totalmente idênticas e repetíveis – uma obra é um desafio, pelo que a concepção e a inovação são a base da profissão de Engenheiro Civil. Desta forma, há que continuadamente fomentar uma atitude de inovação, que se alimenta não apenas do espírito de investigação científica, mas também, e sobretudo, do desenvolvimento tecnológico. A inovação passa pela preparação de profissionais para empregos que ainda não existem, pelo uso de tecnologias que ainda não foram inventadas e pela definição de soluções para problemas que ainda nem sabemos que os são.

A inovação passa também pelo próprio ensino da engenharia civil, de disciplinas que estimulem o gosto por abordagens alternativas, em que o racional e o dedutivo, baseados numa formação exigente em matemática e física, são determinantes para a capacidade de aprendizagem, não só das unidades curriculares específicas do curso, mas também da formação ao longo da vida.

A atividade empreendedora começa com uma visão ou sonho, mas que depois, por vias de etapas de concepção/implementação, converte este mesmo sonho em realidade.

Salienta-se que a atividade do Engenheiro Civil não está centrada apenas na arte de construir, tendo este de ter presente que é uma atividade de gestão interdisciplinar, devendo incorporar áreas novas como as tecnologias de informação, os sistemas inteligentes, a robótica ou as nanotecnologias.[6]

O Engenheiro Civil do século XXI é assim um ser com formação e conhecimento em forma de T (T-shape), onde a barra vertical representa o conhecimento específico de uma especialidade (engenharia civil) e a barra horizontal refere-se ao conhecimento transversal de outras especialidades e áreas de intervenção (mecânica, eletrotécnica, química, industrial, gestão e comunicação). Quanto maior a barra vertical, mais profundo é o conhecimento no campo da engenharia civil. Por outro lado, quanto mais larga a barra horizontal, maior o conhecimento generalista e a habilidade de se relacionar com outros campos do saber, fomentando assim a criatividade individual, a inovação e o sucesso profissional.[6]

Referências

  1. ^ Jump up to: a b c d Bureau of Labor Statistics, U.S. Department of Labor (2006). "Engineers". Occupational Outlook Handbook, 2006-07 Edition. Retrieved 2006-09-21.
  2. ^ National Society of Professional Engineers (2006). "Frequently Asked Questions About Engineering". Archived from the original 2006-05-22. Retrieved 2006-09-21. Science is knowledge based on observed facts and tested truths arranged in an orderly system that can be validated and communicated to other people. Engineering is the creative application of scientific principles used to plan, build, direct, guide, manage, or work on systems to maintain and improve our daily lives.
  3. ^ Oxford Concise Dictionary, 1995.
  4. ^ "engineer". Oxford Dictionaries. April 2010. Oxford Dictionaries. April 2010. Oxford University Press. 22 October 2011.
  5. GUERRA, Franklin. História da Engenharia em Portugal. 2 ed. Pubindústria, 1995.
  6. a b c d Ramos, Carlos Matias; Figueiredo, Eloi (2020). Engenharia Civil: Uma perspetiva sobre a formação e a profissão. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas 

Ligações externas

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