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Temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2008-2009

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Temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2008-2009
imagem ilustrativa de artigo Temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2008-2009
Mapa resumo da temporada
Datas
Início da atividade 6 de outubro de 2008
Fim da atividade 10 de abril de 2009
Tempestade mais forte
Nome Fanele & Gael
 • Ventos máximos 185 km/h (115 mph)
 • Pressão mais baixa 930 hPa (mbar)
Estatísticas sazonais
Distúrbios totais 12
Total depressões 10
Total tempestades 10
Ciclones tropicais 2
Ciclones tropicais intensos 2
Total fatalidades 30 total
Artigos relacionados
Temporadas de ciclones tropicais no Índico Sudoeste
2006–07, 2007–08, 2008–09, 2009–10, 2010–11

A temporada de ciclones no Oceano Índico sudoeste de 2008-09 foi um evento pouco acima da média na formação de ciclones tropicais. A temporada começou em 15 de Novembro de 2008 e terminou oficialmente em 30 de Abril de 2009 com a exceção da Maurícia e Seychelles nas quais terminou em 15 de Maio de 2009. Estas datas delimitam convencionalmente o período de cada ano quando a maioria dos ciclones tropicais se forma na bacia do oceano Índico sudoeste. A bacia é delimitada pelo meridiano 90°L e pela Linha do Equador, ficando no quadrante sudoeste destas limitações. Os ciclones tropicais que se formam nesta bacia são monitorados pelo Centro Meteorológico Regional Especializado em Reunião, controlado pela Météo-France.

O Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião é o órgão designado pela Organização Meteorológica Mundial para o monitoramento de eventuais sistemas que se formam no Oceano Índico sudoeste. O CMRE de Reunião, assim como as suas sub-regionais em Madagascar e Maurícia, utilizam um método próprio na classificação de ciclones tropicais: a intensidade máxima de um ciclone é determinada pela média máxima dos ventos num intervalo de 10 minutos, semelhante ao método utilizado pela Agência Meteorológica do Japão (AMJ). Sistemas tropicais com ventos máximos constantes inferiores a 52 km/h são considerados perturbações tropicais. Sistemas com ventos constantes máximos entre 52 km/h e 61 km/h são considerados depressões tropicais. Sistemas com ventos máximos constantes entre 62 km/h e 87 km/h são considerados tempestades tropicais moderadas. Sistemas com ventos máximos constantes entre 88 km/h e 117 km/h são considerados tempestades tropicais intensas (ou severas). Sistemas com ventos máximos entre 118 km/h e 165 km/h são considerados simplesmente ciclones tropicais. Sistemas com ventos máximos constantes entre 166 km/h e 211 km/h são considerados ciclones tropicais intensos. Por fim, sistemas com ventos máximos constantes com mais de 212 km/h são considerados ciclones tropicais muito intensos.

Zona de perturbações meteorológicas 01R

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Zona de distúrbio de tempo (MFR)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 6 de outubro – 8 de outubro
Intensidade máxima 35 km/h (25 mph) (10-min)  1006 hPa (mbar)

Uma área de baixa pressão formou-se em 5 de Outubro no Oceano Índico centro-sul. No dia seguinte, o Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião classificou o sistema como a zona de perturbações meteorológicas 01R, o primeiro sistema tropical da temporada.[1]

No entanto, o sistema não conseguiu se organizar e começou a se dissipar em 8 de Outubro e, com isso, o CMRE de Reunião emitiu seu aviso final sobre o sistema.[2]

Tempestade tropical moderada Asma

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tempestade tropical moderado (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 15 de outubro – 24 de outubro
Intensidade máxima 85 km/h (50 mph) (10-min)  988 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas formou-se no Oceano Índico central em 14 de Outubro, ao norte do Território Britânico do Oceano Índico. O sistema, seguindo para oeste e oeste-sudoeste, começou a mostrar sinais de organização e em 16 de Outubro, o Centro Meteorológico Regional Especializado de Reunião classificou-o para uma perturbação tropical.[3] Ao mesmo tempo, o Joint Typhoon Warning Center emitiu um Alerta de Formação de Ciclone tropical (AFCT).[4] Mais tarde naquele dia, o JTWC emitiu seu primeiro aviso sobre o ciclone tropical 01S, o primeiro sistema tropical do hemisfério sul da temporada.[5] No dia seguinte, o CMRE de Reunião classificou a perturbação para a primeira depressão tropical da temporada.[6]

Devido ao forte cisalhamento do vento, a depressão não foi capaz de ser desenvolver rapidamente e o CMRE de Reunião desclassificou o sistema para uma perturbação tropical em 18 de outubro.[7] No entanto, mesmo com o forte cisalhamento do vento, o sistema não se degenerou devido à favorável difluência atmosférica. Em 19 de Outubro, o sistema voltou a ser uma depressão tropical,[8] e se tornou a primeira tempestade tropical moderada da temporada mais tarde naquele dia.[9] Seguindo para oeste-sudoeste, Asma se intensificou gradualmente, atingindo o pico de intensidade em 20 de Outubro, com ventos de até 100 km/h.[10] A partir de então, cisalhamento do vento e águas mais frias começaram a enfraquecer o sistema, que se dissipou em 23 de Outubro próximo a Madagascar.[11]

Tempestade tropical moderada Bernard

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tempestade tropical moderado (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 13 de novembro – 21 de novembro
Intensidade máxima 65 km/h (40 mph) (10-min)  995 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas associada à zona de convergência intertropical a leste-sudeste de Diego Garcia começou a mostrar sinais de organização em 19 de Novembro. Ainda naquele dia, o CMRE de Reunião classificou o sistema para a perturbação tropical 03R,[12] enquanto que o Joint Typhoon Warning Center emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical" (AFCT) sobre o sistema.[13] Mais tarde naquele dia, o JTWC classificou o sistema para o ciclone tropical "03S",[14] enquanto que o CMRE de Reunião o classificou para uma depressão tropical.[15] Em 20 de Novembro, o CMRE de Reunião classificou a depressão para a segunda tempestade tropical moderada da temporada, dando-lhe o nome Bernard.[16]

No entanto, mais tarde naquele dia, Bernard começou a ser afetado por forte cisalhamento do vento provocado por um cavado de médias latitudes próximo e rapidamente perdeu suas áreas de convecção associadas e, consequentemente, se enfraqueceu rapidamente. Com isso, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema,[17] enquanto que o CMRE de Reunião desclassificou Bernard para uma depressão,[18] e posteriormente para uma perturbação tropical, emitindo seu aviso final sobre o sistema assim que a perturbação saiu de sua área de responsabilidade.[19] O Centro de Aviso de Ciclone Tropical (CACT) de Perth designou o sistema como a baixa tropical 01U assim que o sistema adentrou a sua área de responsabilidade.[20]

Tempestade tropical severa Cinda

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Tempestade tropical severa (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 13 de dezembro – 24 de dezembro
Intensidade máxima 95 km/h (60 mph) (10-min)  985 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas que mostrava sinais de organização desde 11 de dezembro formou-se a sudoeste de Diego Garcia em 15 de dezembro.[21] Mais tarde naquele dia, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma perturbação tropical.[22] O sistema continuou a mostrar sinais de organização e, no começo da madrugada (UTC) de 17 de Dezembro, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma depressão tropical,[23] enquanto que o Joint Typhoon Warning Center emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical" para o sistema.[24] Mais tarde naquele dia, o JTWC começou a emitir avisos regulares sobre o sistema.[25] No começo da madrugada de 18 de Dezembro, o CMRE de Reunião classificou a depressão para a tempestade tropical moderada Cinda, o terceiro sistema tropical dotado de nome da temporada.[26] A tendência de intensificação do sistema continuou e, mais tarde naquele dia, o CMRE de Reunião classificou Cinda para uma tempestade severa.[27]

No entanto, a partir de 19 de dezembro, Cinda começou a ser afetado por cisalhamento do vento moderado e, aliado às baixas temperaturas da superfície do mar, o sistema começou a se enfraquecer. Com isso, o CMRE de Reunião desclassificou o sistema para uma tempestade tropical moderada,[28] para uma depressão tropical em 20 de dezembro[29] e para uma perturbação tropical mais tarde naquele dia.[30] O JTWC emitiu seu aviso final sobre Cinda durante as primeiras horas da madrugada de 21 de dezembro.[31]

Tempestade tropical severa Dongo

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Tempestade tropical severa (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 7 de janeiro – 12 de janeiro
Intensidade máxima 95 km/h (60 mph) (10-min)  984 hPa (mbar)

O Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião identificou a formação de uma área de distúrbios meteorológicos ao sul de Diego Garcia durante a manhã de 8 de janeiro, atribuindo-lhe a designação "05R".[32] Mais tarde naquele dia, o sistema começou a mostrar sinais de organização. Com isso, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma perturbação tropical.[33] Ainda naquele dia, o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical", mencionando que era provável a formação de um sistema tropical dentro de um período de 24 horas.[34] O sistema continuou a mostrar sinais de organização e, durante a manhã (UTC) de 9 de janeiro, o CMRE classificou o sistema para uma depressão tropical.[35] Horas depois, a depressão se intensificou para a tempestade tropical moderada Dongo.[36] Durante a tarde (UTC) daquele dia, o JTWC emitiu seu primeiro aviso regular sobre o ciclone tropical "06S".[37] Seguindo para sul através de uma brecha na alta subtropical, Dongo começou a se intensificar gradualmente.[38] Com isso, durante as primeiras horas de 11 de janeiro, o CMRE de Reunião classificou Dongo para uma tempestade tropical severa,[35] assim que o sistema atingiu o seu pico de intensidade, com ventos máximos sustentados de 95 km/h.[35]

Dongo manteve esta intensidade durante todo aquele dia.[35] No entanto, a tempestade começou a seguir por águas mais frias e ser afetada por cisalhamento do vento associado ao jet stream.[39] Com isso, durante as primeiras horas de 12 de janeiro, o CMRE de Reunião desclassificou Dongo para uma tempestade tropical moderada.[35] A partir de então, Dongo começou a adentrar uma forte zona baroclínica e começou a sofrer transição extratropical. Com isso, ainda naquele dia, o CMRE de Reunião desclassificou Dongo para um ciclone extratropical remanescente,[35] enquanto que o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema.

Como Dongo manteve-se distante de qualquer área costeira, nenhum impacto relatado aos efeitos da tempestade foi relatado.

Tempestade tropical moderada Eric

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tempestade tropical moderado (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 16 de janeiro – 22 de janeiro
Intensidade máxima 85 km/h (50 mph) (10-min)  990 hPa (mbar)

Em 17 de janeiro, o Centro Meteorológico Regional Especializado de Reunião notou a formação de uma área de distúrbios meteorológicos a nordeste de Madagascar e lhe atribuiu a designação "06R".[40] Ainda naquele dia, o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical" (AFCT), mencionando que o sistema poderia se tornar um ciclone tropical significativo dentro de um período de 24 horas.[41] Durante o começo da madrugada de 18 de janeiro, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma perturbação tropical.[42] Com a contínua organização do sistema, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma depressão horas depois.[43] Com excelentes fluxos de saída, apesar da interação com terra, o sistema foi capaz de continuar a se intensificar e o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) classificou o sistema para o ciclone tropical 08S.[44] Durante o começo da madrugada (UTC) de 19 de janeiro, a depressão tropical se tornou a tempestade tropical moderada Eric ao largo da costa nordeste de Madagascar.[45]

A partir de então, Eric parou de se intensificar e começou a se desorganizar devido à interação com a costa leste de Madagascar e à maior velocidade de trajetória para o sul.[46] Sendo um sistema altamente desorganizado, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema assim que Eric começou a se interagir com a zona baroclínica.[47] No começo da madrugada de 21 de janeiro, o CMRE de Reunião desclassificou Eric para uma depressão tropical.[48] A depressão continuou a seguir para sul-sudeste até se dissipar mais tarde naquele dia.[49]

Eric trouxe chuvas fortes e ventos de até 100 km/h para a costa das províncias malgaxes de Antsiranana e Toamasina. As enchentes deixaram quase mil pessoas desabrigadas. Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas e uma morreu em consequência dos impactos de Eric em Madagascar.[50]

Ciclone tropical intenso Fanele

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Ver artigo principal: Ciclone Fanele

ciclone tropical intenso (MFR)
Ciclone tropical categoria 4 (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 17 de janeiro – 22 de janeiro
Intensidade máxima 185 km/h (115 mph) (10-min)  930 hPa (mbar)

O Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião identificou a formação de uma perturbação tropical sobre o canal de Moçambique, a sudoeste de Madagascar, durante a manhã (UTC) de 18 de janeiro.[51] Mais tarde naquele dia, o sistema se intensificou para uma depressão tropical.[52] Durante as primeiras horas (UTC) de 19 de janeiro, o JTWC emitiu seu primeiro aviso regular sobre o ciclone tropical "09S".[53] Permanecendo praticamente estacionário, o sistema continuou a se intensificar e, horas depois, o CMRE de Reunião classificou o sistema para a tempestade tropical Fanele.[54]

O sistema continuou a se intensificar e o CMRE de Reunião classificou Fanele para uma tempestade tropical severa.[55] A rápida intensificação continuou naquele dia assim que Fanele começou a seguir para nordeste e o sistema se tornou um ciclone tropical, uma classificação do CMRE de Reunião que equivale a intensidade de um furacão, durante as primeiras horas de 20 de janeiro.[56] A rápida intensificação continuou e Fanele foi classificada pelo CMRE de Reunião como um ciclone tropical intenso, o primeiro da temporada, horas depois.[57] Fanele atingiu seu pico de intensidade durante a tarde (UTC) de 20 de janeiro, com ventos máximos sustentados de 185 km/h.[58]

Fanele fez landfall na costa oeste de Madagascar, perto da pequena cidade de Belo sur Mer, na província de Toliara, com ventos máximos sustentados de 175 km/h.[59] Seguindo para sudeste devido à aproximação de um cavado de médias latitudes, Fanele começou a se enfraquecer assim que seguia pelo interior malgaxe. Com isso, o CMRE de Reunião desclassificou Fanele para uma depressão sobre-terra durante a manhã (UTC) de 21 de janeiro.[60] Fanele alcançou o Oceano Índico aberto apenas como uma desorganizada perturbação tropical.[61] Estando ainda numa região com condições meteorológicas razoáveis, o sistema voltou a se intensificar gradualmente. Com isso, durante a manhã de 22 de janeiro, o CMRE de Reunião voltou a classificar o sistema para uma depressão tropical,[62] e para uma tempestade tropical moderada horas depois.[63] Porém, Fanele começou a sofrer transição extratropical ainda naquele dia. Com isso, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema horas mais tarde,[64] e o CMRE de Reunião fez o mesmo durante a madrugada de 23 de janeiro.[65]

Fanele atingiu a costa oeste de Madagascar em 21 de janeiro, na costa da província de Toliara. A cidade de Morondava foi severamente afetada; pelo menos 3.000 pessoas ficaram desabrigadas na cidade.[66] Por toda a província malgaxe, mais de 40.000 pessoas foram afetadas e 8 pessoas morreram como consequência dos efeitos de Fanele pela região.[66]

Ciclone tropical intenso Gael

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Ver artigo principal: Ciclone Gael

ciclone tropical intenso (MFR)
Ciclone tropical categoria 4 (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 1 de fevereiro – 9 de fevereiro
Intensidade máxima 185 km/h (115 mph) (10-min)  930 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas formou-se em 30 de janeiro a sudoeste de Diego Garcia, Território Britânico do Oceano Índico, e começou a mostrar sinais de organização em 1 de fevereiro.[67] Seguindo para oeste-sudoeste e para oeste, o sistema se organizou e se intensificou gradualmente, se tornando uma perturbação tropical em 2 de fevereiro,[68] e uma depressão tropical no dia seguinte, a nordeste de Reunião.[69] Horas mais tarde, o sistema foi classificado pelo Centro Meteorológico Regional Especializado de Reunião para uma tempestade tropical moderada "Gael" a nordeste de Reunião.[70] O sistema continuou a se intensificar e Gael se intensificou para uma tempestade tropical severa em 5 de fevereiro,[71] e para um ciclone tropical mais tarde naquele dia.[72] Gael continuou a se intensificar rapidamente e se tornou o segundo ciclone tropical intenso da temporada em 6 de fevereiro, a leste de Madagascar.[73]

Após atingir seu pico de intensidade em 6 de fevereiro, com ventos máximos sustentados de 220 km/h,[74] segundo o Joint Typhoon Warning Center, ou 175 km/h, segundo o CMRE de Reunião, Gael começou a seguir para sul e começou a se enfraquecer continuamente. O ciclone se enfraqueceu para um simples ciclone tropical em 8 de fevereiro,[75] e para uma tempestade tropical severa durante as primeiras horas de 10 de fevereiro.[76] Naquele mesmo dia, Gael começou a se transformar num ciclone extratropical e, com isso, tanto o JTWC quanto o CMRE de Reunião emitiram seus avisos finais sobre o sistema ainda naquele dia.[77][78]

Apesar de não atingir diretamente nenhuma terra emersa, Gael causou chuvas torrenciais, que causaram severas enchentes e deslizamentos de terra em Reunião. Pelo menos duas pessoas morreram como consequência dos efeitos de Gael na ilha.[79]

Tempestade tropical severa Hina

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Ver artigo principal: Tempestade tropical Hina

Tempestade tropical severa (MFR)
Ciclone tropical categoria 1 (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 20 de fevereiro – 26 de fevereiro
Intensidade máxima 105 km/h (65 mph) (10-min)  976 hPa (mbar)

Uma perturbação tropical, designada como 09R pelo CMRE de Reunião, formou-se de uma área de perturbações meteorológicas a sudeste do Território Britânico do Oceano Índico em 21 de fevereiro.[80] Com condições meteorológicas favoráveis, o sistema se tornou uma depressão tropical ainda naquele dia,[81] e a tempestade tropical moderada Hina durante as primeiras horas (UTC) de 22 de fevereiro.[82] O JTWC tinha anteriormente classificado o sistema para um ciclone tropical significativo e atribído ao sistema a designação "16S".[83] Seguindo para sul-sudeste, Hina continuou a se intensificar, e se tornou uma tempestade tropical severa, segundo o Centro Meteorológico Regional Especializado (CMRE) de Reunião ainda naquele dia.[84] Porém, as condições meteorológicas começaram a ficar mais desfavoráveis a partir de 23 de fevereiro, e Hina atingiu seu pico de intensidade, com ventos máximos sustentados de 120 km/h, segundo o Joint Typhoon Warning Center (JTWC),[85] ou 105 km/h, segundo o CMRE de Reunião.[86]

A partir de então, Hina começou a se enfraquecer rapidamente devido aos efeitos do forte cisalhamento do vento, e foi desclassificado para uma tempestade tropical moderada ainda naquele dia,[87] e para uma depressão tropical durante as primeiras horas de 24 de fevereiro.[88] Durante aquela madrugada, Hina já não mais apresentava organização suficiente para ser definido como um ciclone tropical significativo, e tanto o JTWC quanto o CMRE de Reunião emitiram seus avisos finais sobre o sistema ainda naquela manhã.[89][90]

Como a tempestade tropical Hina manteve-se distante de áreas costeiras durante todo o seu período de existência, nenhum impacto foi relatado em associação à tempestade. Além disso, nenhum navio ou estação meteorológica de superfície registrou in situ a passagem da tempestade.

Depressão tropical 10

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Depressão tropical (MFR)
Tempestade tropical (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 6 de março – 10 de março
Intensidade máxima 55 km/h (35 mph) (10-min)  997 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas a sudeste do Território Britânico do Oceano Índico começou a mostrar sinais de organização em 27 de fevereiro. Porém, condições meteorológicas desfavoráveis impediram o gradual desenvolvimento do sistema. Seguindo para sudeste, o sistema voltou a mostrar sinais de organização em 8 de março, quando o CMRE classificou o sistema para uma perturbação tropical e lhe atribuiu a designação 10R.[91] Ainda naquele dia, a perturbação começou a se organizar gradualmente com a diminuição do cisalhamento do vento. Com isso, o JTWC emitiu um Alerta de Formação de Ciclone Tropical (AFCT) sobre o sistema durante as primeiras horas de 9 de março.[92] O sistema continuou a se consolidar, e o CMRE de Reunião classificou a perturbação numa depressão tropical ao meio-dia (UTC) de 9 de março.[93] Horas mais tarde, o JTWC classificou o sistema para um ciclone tropical significativo, e lhe atribuiu a designação "19S".[94]

Porém, o sistema não conseguiu suportar o aumento do cisalhamento do vento, que impedia a formação de novas áreas de convecção. Com isso, o ciclone atingiu seu pico de intensidade ainda em 9 de março, com ventos máximos sustentados de 65 km/h, segundo o JTWC,[94] ou 55 km/h, segundo o CMRE de Reunião. As condições meteorológicas continuaram desfavoráveis, e durante a madrugada de 10 de março, o ciclone já não mais se enquadrava dentro da classificação de ciclone tropical significativo. Com isso, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema.[95] Horas mais tarde, o CMRE de Reunião desclassificou o sistema para uma perturbação tropical,[96] e emitiu seu aviso final mais tarde naquele dia.[97]

Tempestade tropical severa Izilda

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Ver artigo principal: Tempestade tropical Izilda

Tempestade tropical severa (MFR)
Ciclone tropical categoria 1 (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 22 de março – 27 de março
Intensidade máxima 110 km/h (70 mph) (10-min)  978 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas sobre o canal de Moçambique começou a mostrar sinais de organização em 21 de março. Com condições meteorológicas favoráveis para intensificação, o sistema começou a se organizar gradualmente enquanto permanecia quase estacionário. A partir de 23 de março, novas áreas de convecção profunda começaram a se formar em associação à perturbação, e seu centro ciclônico de baixos níveis ficou mais bem definido. Com isso, o JTWC emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical (AFCT) sobre o sistema ainda naquele dia.[98] Durante a manhã (UTC) do dia seguinte, o CMRE de Reunião classificou o sistema para uma perturbação tropical,[99] e horas mais tarde, havia organização suficiente para que a perturbação fosse classificada para um ciclone tropical significativo, segundo o JTWC.[100] O sistema continuou a se organizar e a se intensificar rapidamente durante o restante daquele dia, e o CMRE classificou a perturbação para uma depressão tropical no início daquela tarde,[101] e para a tempestade tropical moderada Izilda no início daquela noite (UTC).[102] Izilda continuou a se intensificar gradualmente em 25 de março, e o CMRE de Reunião classificoi Izilda para uma tempestade tropical severa no início daquela noite.[103] Seguindo lentamente para sul-sudeste, Izilda atingiu seu pico de intensidade durante a manhã de 26 de março, com ventos máximos sustentados de 120 km/h, segundo o JTWC,[104] ou 110 km/h, segundo o CMRE, assim que ficou quase estacionário ao largo da costa sudoeste de Madagascar.

A partir de então, Izilda começou a se enfraquecer rapidamente assim que o cisalhamento do vento aumentou drsticamente. Ao mesmo tempo, o ciclone começou a seguir lentamente para oeste. Com isso, o CMRE de Reunião desclassificou Izilda para uma tempestade tropical moderada ainda no início daquela tarde.[105] O cisalhamento do vento continuou, separando o centro ciclônico de baixos níveis de o de altos níveis, e induzindo o rápido enfraquecimento do sistema. Com isso, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema ainda durante a noite (UTC) de 26 de março.[106] O CMRE de Reunião desclassificou Izilda para uma perturbação tropical remanescente durante a manhã de 27 de março,[107] e também emitiu seu aviso final sobre o sistema mais tarde naquele dia.[108]

Devido à proximidade de Izilda de Madagascar, o governo daquele país pôs em prática avisos para as áreas costeiras entre as cidades de Morondava e Toliara. Foi recomendado aos pescadores a não irem para o mar devido à grande agitação do mar.[109] As autoridades em Moçambique também recomendaram aos pescadores para que não saíssem para o mar aberto.[110]

Tempestade tropical severa Jade

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Ver artigo principal: Tempestade tropical Jade

Tempestade tropical severa (MFR)
Ciclone tropical categoria 1 (SSHWS)
Imagem satélite
Imagem de satélite
Trajetória
Trajetória
Duração 3 de abril – 10 de abril
Intensidade máxima 110 km/h (70 mph) (10-min)  975 hPa (mbar)

Uma área de perturbações meteorológicas começou a mostrar sinais de organização em 30 de março, a sudoeste do Território Britânico do Oceano Índico. Inicialmente, a perturbação não foi capaz de se organizar rapidamente devido a sua natureza desorganizada e às condições meteorológicas menores do que ideal. Porém, a partir da noite (UTC) de 3 de abril, novas áreas de convecção profunda começaram a se formar em associação ao sistema. A contínua organização do sistema persistiu, e o JTWC emitiu um "Alerta de Formação de Ciclone Tropical" (AFCT) sobre o sistema durante as primeiras horas da madrugada (UTC) de 4 de abril.[111] O CMRE de Reunião notou a organização do sistema, e o classificou para uma área de perturbações meteorológicas durante aquela manhã.[112] Horas mais tarde, o JTWC classificou o sistema para um ciclone tropical significativo assim que o centro ciclônico de baixos níveis do sistema ficou bem consolidado.[113] O sistema continuou a se desenvolver gradualmente durante o restante daquele dia, e o CMRE o classificou para uma perturbação tropical durante aquela tarde,[114] e para uma depressão tropical durante o início daquela noite (UTC).[115] A tendência de organização do sistema continuou assim que o ciclone seguia para oeste-sudoeste, e o CMRE de Reunião classificou a depressão para a tempestade tropical moderada Jade durante a manhã de 5 de abril.[116] Jade continuou a se intensificar gradualmente assim que seguia para oeste e oeste-sudoeste, e se tornou uma tempestade tropical severa, segundo o CMRE de Reunião, durante o início da madrugada de 6 de abril.[117] A partir de então, Jade começou a seguir mais para sudoeste, e atingiu seu pico de intensidade naquele dia, com ventos máximos sustentados de 120 km/h, segundo o JTWC,[118] ou 110 km/h, segundo o CMRE de Reunião, pouco antes de fazer landfall na costa nordeste de Madagascar, ao sul da cidade de Antalaha, aproximadamente às 06:00 (UTC), nesta intensidade.[119]

Após atingir Madagascar, Jade começou a se desorganizar rapidamente. Com isso, o CMRE desclassificou Jade para uma depressão tropical sobre terra durante o início daquela tarde.[120] O sistema continuou a perder organização devido à interação da circulação com os terrenos montanhosos de Madagascar. Com isso, o JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema durante a noite de 6 de abril.[121]

No entanto, Jade começou a seguir para sul-sudeste, e logo alcançou o Oceano Índico novamente. Com isso, o ciclone voltou a se intensificar lentamente. O CMRE de Reunião voltou a classificar Jade para uma tempestade tropical moderada durante a manhã de 7 de abril,[122] e o JTWC retomou a emissão de avisos regulares sobre a tempestade naquela tarde.[123] Jade manteve sua intensidade até 9 de abril, quando começou a ser afetado por forte cisalhamento do vento. Com isso, o CMRE desclassificou novamente Jade para uma depressão tropical,[124] apesar de voltar a classificar Jade para uma tempestade tropical moderada no dia seguinte.[125] No entanto, o ciclone começou seu enfraquecimento definitivo quando o cisalhamento aumentou ainda mais, e o CMRE de Reunião desclassificou pela última vez Jade para uma depressão tropical no início daquela noite.[126] Horas mais tarde, o JTWC emitiu seu aviso final sobre Jade assim que o ciclone começou a interagir com a zona barocínica e começou a se tornar um ciclone extratropical. Em 11 de abril, o CMRE de Reunião desclassificou Jade para um ciclone extratropical remanescente,[127] e emitiu seu aviso final mais tarde naquele dia.[128]

Pelo menos 4.100 pessoas ficaram desabrigadas,[129][130] sendo que mais de 3.300 somente na cidade de Mananjary devido a uma devastadora avalanche de lama, que também deixou cinco mortos. Outras três pessoas morreram quando uma casa desabou no nordeste do país.[130] Um deslizamento de terra matou outra pessoa na cidade de Nosy Varika.[131]

O gráfico abaixo mostra de forma clara a duração e a intensidade de cada ciclone tropical:

Tempestade tropical JadeTempestade tropical IzildaTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Depressão tropical 10RTempestade tropical HinaCiclone GaelCiclone FaneleTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Tempestade tropical moderada EricTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Tempestade tropical severa DongoTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Tempestade tropical severa CindaTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Tempestade tropical moderada BernardTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Tempestade tropical moderada AsmaTemporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2007-08#Zona de distúrbios meteorológicos 01REscala de Furacões de Saffir-Simpson

Nomes das tempestades

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As perturbações tropicais são nomeadas depois de alcançar a força de uma tempestade tropical moderada. Se uma perturbação tropical alcança esta intensidade na região ao sul da Linha do Equador e a oeste do meridiano 55°L, então o sistema é nomeado pelo Centro sub-regional de Aviso de Ciclone Tropical de Madagascar. Se o sistema alcançar esta intensidade na região ao sul da Linha do Equador e entre os meridianos 55°L e 90°L, então é nomeado pelo Centro Sub-regional de Aviso de ciclone Tropical de Maurícia. As listas são recicladas a cada ano e portanto, nomes não são retirados definitivamente.

Abaixo está a lista a ser usada para esta temporada (os nomes não usados estão em cinza):

  • Jade
  • Kago (Sem usar)
  • Lisebo (Sem usar)
  • Magoma (Sem usar)
  • Newa (Sem usar)
  • Owami (Sem usar)
  • Pulane (Sem usar)
  • Qoli (Sem usar)
  • Rute (Sem usar)
  • Sama (Sem usar)
  • Tsholo (Sem usar)
  • Uzale (Sem usar)
  • Vimbai (Sem usar)
  • Wada (Sem usar)
  • Xylo (Sem usar)
  • Yamba (Sem usar)
  • Zita (Sem usar)

[132]

Referências

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Ligações externas

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