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Tibério Cláudio Nero (cônsul em 202 a.C.)

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 Nota: Para outros significados, veja Tibério Cláudio Nero (desambiguação).
Tibério Cláudio Nero
Cônsul da República Romana
Consulado 202 a.C.

Tibério Cláudio Nero ou Tibério Cláudio Nerão (em latim: Tiberius Claudius Nero) foi um político da gente Cláudia da República Romana eleito cônsul em 202 a.C. com Marco Servílio Púlex Gêmino. Era bisneto de Ápio Cláudio Cego e primo de Caio Cláudio Nero, cônsul em 207 a.C..

Segunda Guerra Púnica

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Ver artigo principal: Segunda Guerra Púnica

Em 204 a.C., Cláudio Nero foi nomeado propretor da província da Sardenha e imediatamente recebeu ordens de juntar suprimentos de cereais e roupas para os soldados de Cipião Africano.[1]

Consulado (202 a.C.)

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Foi eleito cônsul em 202 a.C. com Marco Servílio Púlex Gêmino e recebeu a África como província com a missão de acabar com a guerra contra Aníbal juntamente com juntamente com Cipião.[2] Porém, não participou da Batalha de Zama por que sua frota foi atingida por uma violenta tempestade logo depois de sua partida e teve que refugiar-se em Populônia. De lá, a frota passou por Ilva (a ilha de Elba) e Córsega. Perto da Sardenha, uma nova tempestade provocou ainda mais estragos e a frota foi obrigada a aportar em Cagliari, onde Nero foi obrigado a invernar. Dali regressou à Roma sem ter colocado os pés em sua província. Seu mandato não foi prorrogado.[3][4]

Em 172 a.C., Nero participou de missões diplomáticas, mas as fontes são escassas. Lívio relata que ele foi enviado numa embaixada com Marco Decímio à Ásia Menor e às ilhas do Egeu, incluindo Rodes e Creta, viajando até a Síria selêucida e o Egito Ptolemaico. Sua tarefa era renovar os laços de amizade e aliança além de coletar informações sobre a influência de Perseu da Macedônia.[5][6] Políbio afirma que ele viajou com Espúrio Postúmio Albino Paululo e Marco Júnio Bruto e descreve sua missão como sendo alertar os aliados de Roma, especialmente Rodes, para o perigo representado por Perseu.[7][a] É possível também que este Cláudio Nero seja um homônimo, que foi pretor em 178 a.C., ou ainda, outro homônimo, que foi pretor em 181 a.C..[9] Friedrich Münzer, por exemplo, acredita que este Tibério foi o pretor de 178 a.C..

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Caio Servílio Gêmino

com Cneu Servílio Cepião

Marco Servílio Púlex Gêmino
202 a.C.

com Tibério Cláudio Nero

Sucedido por:
Cneu Cornélio Lêntulo

com Públio Élio Peto


  1. Lívio também relata algo similar mais adiante em seu relato,[8] que parece ser repetido ou uma confusão com o que ele já havia relatado antes.

Referências

  1. Lívio, Ab Urbe Condita XXIX 36.1–3.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXX 27.1–5.
  3. Lívio, Ab Urbe Condita XXX 38.6–7 e 39.1-3.
  4. Zonaras 9.14.
  5. Lívio, Ab Urbe Condita XLII 19.7–8
  6. Lívio, Ab Urbe Condita XXVI 7–9.
  7. Políbio 27.3.1–5
  8. Lívio, Ab Urbe Condita XLII 45.1–7.
  9. Veja a discussão em Broughton, MRR1 p. 415, notas 4 e 5.

Fontes primárias

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Fontes secundárias

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