Corredor Andes-Amazônia-Atlântico
Corredor Andes-Amazônia-Atlântico[1], também conhecido como Triplo A ou, simplesmente AAA, é uma proposta de criação de um corredor ecológico, ideia creditada ao colombiano Martín von Hildebrand, fundador da Fundação Gaia Amazonas, com sede em Bogotá, na Colômbia, com o objetivo de “proteger o contínuo da maior floresta do mundo no mais importante ecossistema do mundo e combater o maior problema do mundo - as mudanças climáticas”[2].
A proposta é que o Corredor Ecológico de 135 milhões de hectares abranja os Andes, incluindo o norte do Rio Marañón, no Peru, passando por toda a Amazônia equatoriana, colombiana, o estado do Amazonas na Venezuela, à porção amazônica da Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Todos estes comporiam o mosaico que uniria áreas protegidas e terras indígenas.[3]
O Triplo A ganhou destaque após a vitória de de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, pois ele ameaçou retirar o Brasil do Acordo de Paris por não concordar com a proposta deste corredor. Segundo ele: "Está em jogo o Triplo A nesse acordo. O que é o Triplo A? É uma grande faixa que pega dos Andes, Amazônia e Atlântico, 136 milhões de hectares, ali, então, ao longo da calha dos rios Solimões e Amazonas, e que poderá fazer com que percamos a nossa soberania nessa área"[4]. Porém não há, no texto do Acordo do Clima de Paris, sequer uma linha que trate do Triplo A.[3]
Referências
- ↑ msiainforma.org/ Noruega lidera avanço do Corredor AAA
- ↑ oeco.org.br/ Triplo A: o controverso corredor ecológico que ligaria os Andes ao Atlântico
- ↑ a b «Entenda: O que é o 'Triplo A' citado por Bolsonaro e por que ele não tem a ver com o Acordo de Paris». O Globo. 30 de novembro de 2018
- ↑ g1.globo.com/ Macron cita mudança política no Brasil e diz que não apoia acordo comercial com países que não respeitam o Acordo de Paris