Usuário:Escalafobético/Patrisse Cullors
Escalafobético/Patrisse Cullors | |
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Nascimento | 20 de junho de 1983 (41 anos) Los Angeles, Califórnia |
Nacionalidade | Estadunidense |
Cônjuge | Janaya Khan |
Educação | Universidade da Califórnia |
Ocupação | Ativista, artista, dramaturga |
Principais trabalhos | Black Lives Matter |
Patrisse Cullors (Los Angeles, 20 de junho de 1983) é uma ativista e artista estadunidense, cofundadora do movimento Black Lives Matter.[1][2] Cullors defende mudanças profundas no sistema penitenciário em Los Angeles. Ela também se identifica como uma ativista no movimento queer.[3]
Biografia e vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Cullors nasceu em Los Angeles, Califórnia. Ela cresceu em Pacoima, um bairro de baixa renda no Vale de San Fernando.[4] Ela se tornou uma ativista desde cedo, ingressando na Bus Riders Union quando adolescente. Mais tarde, ela se formou em religião e filosofia pela UCLA .[4] Leciona na Otis College of Art and Design no Programa de Prática Pública.[5] Também leciona no mestrado em Justiça Social e Organização Comunitária no Prescott College.[6]
Cullors se lembra de ter sido forçada a sair de casa aos 16 anos, quando revelou sua identidade queer aos pais.[3] Ela estava envolvida com as Testemunhas de Jeová quando criança, mas depois ficou desiludida com a igreja. Ela desenvolveu um interesse na tradição religiosa nigeriana de Ifá, incorporando seus rituais em protestos políticos. Ela disse em uma entrevista:
Para mim, buscar espiritualidade tem muito a ver com buscar entender minhas particularidades—como essas particularidades me moldam no meu cotidiano e a maneira que eu as vejo como parte de uma luta maior, a luta pela minha vida.[7]
Black Lives Matter
[editar | editar código-fonte]Em união com as ativistas Alicia Garza, Opal Tometi e alguns líderes comunitários, Cullors fundou o Black Lives Matter. As três começaram o movimento por conta da frustração com a absolvição de George Zimmerman no caso de Trayvon Martin.[8] Cullors criou a hashtag #BlackLivesMatter para sustentar e apoiar o lema utilzado por Garza em um post no Facebook sobre o caso Martin.[9] Cullors descreveu ainda seu ímpeto na luta pelos direitos afro-americanos como decorrente de brutalidades cometidas durante à seu irmão de 19 anos durante um aprisionamento no condado de Los Angeles.[10]
Cullors acredita nas redes sociais como instrumento de exposição das injustiças e agressões sofridas por afro-americanos, dizendo: "Todos os dias, a todo momento, os negros são bombardeados com imagens de nossa morte. . . É como se estivessem dizendo: 'Povo negro, vocês podem ser os próximos. Vocês serão os próximos, mas, em contrapartida, vai ser melhor para nossa nação, quanto menos de sua raça, mais seguro será." [11]
Ativismo
[editar | editar código-fonte]Cullors atuou como diretora executiva da "Coalizão Pelo Fim da Violência dos Xerifes nas Prisões de Los Angeles".[9] O grupo defendia uma comissão civil para supervisionar o Departamento dos Xerifes do Condado de Los Angeles, a fim de acabar com os abusos proferidos pelos policiais. Ao organizar ex-presidiários em um grupo eleitoral, os organizadores esperavam convencer o Conselho de Supervisores do Condado de Los Angeles a criar essa comissão, bem como reunir votos suficientes para eleger alguém que pudesse substituir Lee Baca, o Xerife do Condado de Los Angeles, que renunciou em 2014.[12] No entanto, o grupo não teve sucesso em seus esforços.
Cullors foi cofundadora da organização de ativismo penitenciário "Dignity and Power Now", que obteve sucesso em advogar por um conselho de supervisão civil.[13]
Cullors também faz parte do conselho do Ella Baker Center for Human Rights, tendo liderado um grupo de reflexão sobre a violência do estado e dos vigilantes na Conferência Sem Fronteiras de 2014. [14]
Política
[editar | editar código-fonte]Cullors apoiou Elizabeth Warren e Bernie Sanders nas eleições primárias presidenciais do Partido Democrata em 2020, pedindo a união dos progressistas para "derrotar os Bloombergs e os Bidens do mundo".[15]
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Cullors faz parte do programa de bolsas de estud Fulbright.[16][17] Ela foi nomeada a ativista do ano de 2007 pelo The Mario Savio Young Activist Award . [18] Ela também recebeu o prêmio Sidney Goldfarb. Ela foi nomeada a History Maker da NAACP em 2015. [19] Também em 2015, Cullors, Opal Tometi e Alicia Garza (denominadas "As Mulheres do #BlackLivesMatter") foram listadas como uma das nove finalistas da Pessoa do Ano do The Advocate.[20] Ela também foi nomeada uma das mulheres do ano da Glamour Magazine em 2016.[21] Também em 2016, ela foi nomeada uma das Maiores Líderes do Mundo na Revista Fortune [22] e recebeu Honoris causa pela Clarkson University[23]. Em 2018 ela recebeu o Prêmio José Muñoz do Centro de Estudos LGBTQ <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Center_for_Lesbian_and_Gay_Studies" rel="mw:ExtLink" title="Center for Lesbian and Gay Studies" class="cx-link" data-linkid="119">CLAGS</a> no Núcleo de Pós-Graduação CUNY.[24]
Obras
[editar | editar código-fonte]Mídias externas |
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Em 2014, Cullors produziu a peça teatral POWER: From the Mouths of the Occupied (BOCAS: Das Bocas dos Ocupados, em tradução livre), que estreou no Highways Performance Space.[25] Ela contribuiu com diversos artigos sobre seus movimentos para o LA Progressive, [26] incluindo um artigo de dezembro de 2015 intitulado "The Future of Black Life"[27](O Futuro da Vida Negra) que impulsionou a ideia de que os ativistas não podiam mais esperar que o Estado agisse, e chamou seus seguidores para a ação, incentivando-os a começar a construir o mundo que eles querem ver.
Seu livro, When They Call You a Terrorist: A Black Lives Matter Memoir [28] (Quando Eles te Chamam de Terrorista: Um Memorial do Black Lives Matter) foi publicado em janeiro de 2018.
Referências
[editar | editar código-fonte]30em
- ↑ Goldhill, Olivia (November 15, 2016). «"We can feel sad, hurt, demoralized. But we can't give up": A Black Lives Matter founder on Trump's presidency». Quartz. Consultado em July 19, 2017 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Garza, Alicia. «Herstory». Black Lives Matter. Consultado em July 19, 2017 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ a b «Queerness on the front lines of #BlackLivesMatter». MSNBC. February 19, 2015 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ a b «These Savvy Women Have Made Black Lives Matter the Most Crucial Left-Wing Movement Today». L.A. Weekly
- ↑ «Public Practice faculty Patrisse Cullors talks about co-creating #BlackLivesMatter». Otis College of Art and Design
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e|publicação=
redundantes (ajuda) - ↑ https://online.prescott.edu/online-masters-degrees/social-justice?areas_study=community-organizing-online
- ↑ Farrag, Hebah H. (June 24, 2015). "The Role of Spirit in the #BlackLivesMatter Movement: A Conversation with Activist and Artist Patrisse Cullors". religiondispatches.org.
- ↑ «Opinion | A decade of Black Lives Matter gives us a new understanding of Black liberation». NBC News (em inglês)
- ↑ a b «Meet the woman who coined #BlackLivesMatter». USA Today
- ↑ Vice https://www.vice.com/read/patrisse-cullors-interview-michael-segalov-188 Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ «Patrisse Cullors Explains How Social Media Images of Black Death Propel Social Change». Huffington Post
- ↑ Sewell, Abby. «Activist battles L.A. County jailers' 'culture of violence'». Los Angeles Times
- ↑ Hing, Julianne, "In L.A., Civilians Will Have Power Over Sheriff's Department", colorlines.com, December 15, 2014.
- ↑ "Staff and Board" Arquivado em maio 5, 2016, no Wayback Machine. Ella Baker Center.
- ↑ Walker. «Black Lives Matter Co-Founder Endorses Sanders and Warren, Says It Is Time for Biden to Stand Down». Newsweek
- ↑ Beckman, Hank. «Black Lives Matter co-founder brings message to Naperville». Chicago Tribune
- ↑ Wheaton, Sarah. «Black Lives Matter isn't stopping». Politico
- ↑ The Mario Savio Young Activist Award.
- ↑ «"NAACP History Makers".». Cópia arquivada em August 5, 2016 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ «Person of the Year: The Finalists». advocate.com
- ↑ «Glamour's Women of the Year 2016: Gwen Stefani, Simone Biles, Ashley Graham, and More Honorees». Condé Nast
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e|publicação=
redundantes (ajuda) - ↑ «Alicia Garza, Patrisse Cullors, and Opal Tometi». Time Inc.
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e|publicação=
redundantes (ajuda) - ↑ «Commencement 2017». Clarkson University
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e|publicação=
redundantes (ajuda) - ↑ «LGBTQ Pride Month: A Conversation with Patrisse Cullors». www.gc.cuny.edu
- ↑ «PATRISSE CULLORS – Power: From the Mouths of the Occupied». Highways Performance Space
|obra=
e|publicação=
redundantes (ajuda) - ↑ «About Patrisse Cullors». LA Progressive (em inglês)
- ↑ «The Future of Black Life». LA Progressive (em inglês)
- ↑ «Book Deals: Week of April 3, 2017». Publishers Weekly (em inglês)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Página pessoal
- Aisha K. Staggers, "‘Dignity and Justice’: An Interview with Patrisse Khan-Cullors", New York Review of Books, January 18, 2018.
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