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Usuário(a):Documentariowiki1972/Testes

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Emílio por Saulo Nicolai

Emílio Roberto de Souza Domingos, conhecido como Emílio Domingos (Rio de Janeiro, 12 de abril de 1972) é um cineasta, pesquisador, roteirista e produtor brasileiro. Graduado em Ciências Sociais pela UFRJ com ênfase em Antropologia Visual, Cultura Urbana e Juventude, sua obra cinematográfica investiga a fundo a cultura urbana e negra, especialmente nas periferias do Rio de Janeiro[1]. Sua abordagem imersiva e perspicaz frente a manifestações culturais em desenvolvimento, ou à margem das narrativas da História, o destaca como um dos principais contadores de histórias do cinema documental contemporâneo. Realizou grande parte dos seus filmes de forma indepedente atuando como produtor, diretor e roterista. Emílio é membro da Academy of Motion Pictures Arts and Science desde 2022.[2]

Atualmente está co-dirigindo com Andrucha Waddington uma série para Netflix sobre o jogador de futebol Vinícius Júnior. Em 2020 foi roterista da série Anitta: Made in Honório também para a Netflix.

Ao longo de sua carreia Emílio já recebeu mais de 15 prêmios em festivais nacionais e internacionais e exibiu seus filmes em mais de 50 países.

Emílio passou sua adolescência na Tijuca, bairro tradicional carioca que na década de 70 era repleto de cinemas de rua. Desde muito jovem, frequentava as sessões de filmes e lojas de discos com amigos do colégio. De forma que a apreciação por essas expressões artísticas o marcou profundamente.[3]

Graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com ênfase em Antropologia Visual, Cultura Urbana e Juventude. Concluiu seu mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Cultura e Territorialidades da UFF em 2019.[1]

Frequentando o Festival do Filme Etnográfico no começo da sua graduação, Domingos vislumbrou a possibilidade de conectar seu apreço pelo cinema com sua ocupação de formação enquanto cientista social.[3]

Começou a trabalhar no audiovisual, principalmente, como pesquisador. Participou de filmes como Mistério do Samba, Viva São João, Pierre Verger, Sou Feia Mas Tô na Moda e Santa Cruz; com diretores como João Salles, Breno Silveira, e Lula Buarque de Hollanda.

Enquanto diretor Emílio fez 15 curtas e 6 longa-metragens, além de alguns videoclipes.

Domingos já atuou também como curador e mediador do Documenta-se Cineclube e como curador da Mostra Internacional do Filme Etnográfico e do Festival Visões Periféricas. Foi chefe de criação no programa “É o Fluxo!”, do Multis; e realizou a pesquisa de conteúdo e imagens sobre a história dos bailes blacks para o acervo do novo Museu da Imagem e do Som do Rio (MIS-RJ).

É professor da disciplina Pesquisa, Argumento e Roteiro na Pós-graduação em Cinema Documentário da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ); e atualmente ministra aulas sobre Cinema, Cultura e Território Periféricos e Documentário no curso de Estudos de Mídia da PUC-Rio.

Trilogia do Corpo

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A Trilogia do Corpo é uma série de documentários que explora a identidade e expressão corporal nas comunidades periféricas do Rio de Janeiro, principalmente de pessoas negras. Composta pelos filmes "A Batalha do Passinho", "Deixa na Régua" e "Favela é Moda", destaca a implicação do corpo como instrumento de resistência, autoexpressão e transformação social. Cada documentário aborda aspectos específicos da experiência cotidiana dessas comunidades, desde as batalhas de dança do passinho até a cena emergente de agências de moda nas favelas, revelando as diversas formas como o corpo é utilizado como veículo de empoderamento e os temas que o atravessam.

A Batalha do Passinho (2012)

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A Batalha do Passinho é um marco na filmografia de Domingos. O documentário mergulha na cultura do passinho, um estilo de dança urbana originário das favelas cariocas, e acompanha jovens dançarinos em suas jornadas de competição e superação. [4]Domingos não apenas documenta a dança em si, mas também oferece um olhar sensível sobre as vidas e aspirações dos protagonistas, revelando as complexidades sociais subjacentes.[5]

Deixa na Régua (2017)

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Deixa na Régua é outro projeto significativo de Domingos, onde ele mergulha no universo dos barbeiros das periferias do Rio de Janeiro. O filme não se limita a retratar a habilidade técnica dos barbeiros, mas também explora as histórias pessoais por trás de cada tesoura e navalha. Através de entrevistas e cenas do dia a dia nos salões de beleza, Domingos revela a importância desses espaços como centros de convivência e expressão cultural nas comunidades urbanas.

Favela É Moda (2019)

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Favela é Moda mergulha no amadurecimento da agência de moda Jacaré Moda e no vibrante cenário da moda emergente nas comunidades periféricas do Rio de Janeiro. Revela como o corpo se torna uma tela para a expressão de identidade e estilo, desafiando estereótipos e celebrando a diversidade. O documentário não apenas destaca a criatividade e o talento presentes nas favelas, mas também ressalta o potencial transformador da moda como forma de empoderamento e inclusão social.[6]

L.A.P.A (2007)

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O filme acompanha durante 3 anos, MC's em formação no centro da manifestação do Hip-Hop carioca. Na Lapa, uma fusão de influências culturais e cenário sócio-econômico se encontram e formam um cenário em constante movimento. Com depoimentos de Black Alien, Marcelo D2, MC Marechal é uma reflexão sobre o ofício da arte no Brasil.[7]

Black Rio! Black Power! (2023)

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Projeto fruto de quase 10 anos de criação e execução, Black Rio! Black Power! faz uma viagem no tempo e mergulha nos bailes de soul music dos subúrbios do Rio de Janeiro da década de 1970, que deram origem ao movimento Black Rio e serviram como espaço de afirmação de identidade e resistência política de jovens negros. O documentário aborda a importância do cenário musical na luta por justiça racial durante os anos da ditadura militar brasileira através da trajetória de Dom Filó, ativista do movimento negro e produtor cultural, e da equipe de som chamada Soul Grand Prix.[8] As cenas são embaladas ao som dos grandes hits de James Brown e da Furacão 2000, além de mostrar a influência do movimento no funk, hip-hop e o impacto significante para as novas gerações da população negra.[9]

  • 2008: L.A.P.A.
  • 2012: A Batalha do Passinho
  • 2016: Deixa Na Régua
  • 2019: Favela É Moda
  • 2023: Chic Show
  • 2023: Black Rio! Black Power
  • 2021: Enigma da Energia Escura
  • 2018: De Passinho em Passinho
  • 2018: Passinho da Favela
  • 2000: A Palavra que me leva além: estórias do hip-hop carioca
  • 2003: Família Tetra
  • 2004: Roda do Samba
  • 2004: As Aventuras de Biliu na Cidade Perdida
  • 2006: Minha Área
  • 2007: Cante um Funk para um Filme
  • 2007: Pretinho Babylon
  • 2008: O Bloco Está Na Rua
  • 2011: Quando Xangô Apitar
  • 2013: Vladimir na Presidente Vargas
  • 2017: A Batalha do Real
  • 2017: Anos 90
  • 2017: Graffiti
  • 2006: Digitaldubs + BNegão, Mr Catra, Biguli & Jimmy Luv – Curimba Riddim
  • 2008: Tigrão e Mahal – Apocalipse
  • 2008: Zé Bolinho – Um Dia Melhor
  • 2009: Funkero – Selva Urbana
  • 2010: Lucas Santtana – Cira, Regina e Nana
  • 2012: DJ Maga Bo – No Balanço da Canoa
  • 2012: BNegão e Seletores da Frequência – Alteração (ÉA!)
  • 2012: Lucas Santtana – Para Onde Irá Essa Noite?
  • 2013: Digital Ameríndio & (American Bigfoot) Mouse Mouse Joe – Lombroso
  • 2013: Lucas Santtana – Músico
  • 2014: Bonde do Passinho part. Vinimax – Te Ensinar Meu Quadradinho
  • 2015: Vinimax – O Passinho É Show
  • 2017: Marcelo Yuka – Dali