Festa do Rei Sabá
A festa do Rei Sabá, é um evento de caráter religioso e cultural que acontece em São João de Pirabas no nordeste do Pará, reunindo adeptos do catolicismo romano, da pajelança cabocla e dos cultos de matriz afro.
O evento é tradição há mais de 75 anos na cidade todos os dias 19 e 20 de janeiro celebram-se a festividade do Rei Sabá que provem de Rei Sebastião, uma entidade que pertence a categoria dos encantados, seres que não conheceram a experiência da morte e sim, transformaram-se em entes que possuem seu próprio território a encantaria.[1]
A festa do Rei Sabá começa com uma procissão fluvial, dezenas de embarcações lotadas de devotos atravessam o Rio Pirabas que banha a frente da cidade, até a praia da Fortaleza. É mais de 12 km de praias banhadas pelo Oceano Atlântico, a ilha é ponto de culto às divindades da umbanda e sebásticas. Mas os católicos devotos de São Sebastião que rezam ao mártir da igreja católica também frequentam o lugar.[2]
Origem
[editar | editar código-fonte]Diante do sincretismo religioso, construiu-se a lenda que deu origem ao culto, onde relatos contam que, em um navio negreiro que transportava o rei Sebastião, naufragou quando transitava pela praia de Fortaleza localizada na região costeira de Pirabas, onde atualmente ocorre os rituais a festividade do Rei Sabá.[carece de fontes][3]
Entretanto, não conseguiu mais sair de lá, assim, sentou-se de costas para o mar e se petrificou. Essa é uma das histórias contada, para trazer originalidade a festa religiosa em Pirabas.[4]
O encantado
[editar | editar código-fonte]A entidade tem como umas de suas existências materiais uma pedra escura, a qual tinha, ou tem, dependendo do ângulo e da percepção, o formato de uma pessoa sentada, uma vez que podemos observar manifestações naturais esculpida pela natureza, como algumas pessoas de Pirabas contam. Assim, tornou-se um monumento, com o acréscimo de base de concreto quadrangular, todavia, à primeira vista não lembra mais uma figura antropomorfa.[carece de fontes][5]
A Pedra do Rei Sabá é a mais visitada durante os rituais, o evento começou há 80 anos, antes mesmo de Pirabas se tornar um município, e assim, é na pedra escura que umbandistas, pajés e outros sacerdotes da encantaria depositam as oferendas e cumprem suas obrigações com as entidades.[6]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Festa do Rei Sabá». Secretaria de Estado de turismo do Governo do Pará. 20 de janeiro de 2016. Consultado em 20 de junho de 2023
- ↑ Veras, Hermes de Sousa (22 de outubro de 2021). «O santo e o encantado: a procissão afro umbandista para São Sebastião em São João de Pirabas». Revista de Antropologia. Consultado em 20 de junho de 2023
- ↑ «Afroreligiosos celebram o Rei Sabá em São João de Pirabas, no Pará.». Jornal Liberal 1ª Edição. 22 de janeiro de 2018. Consultado em 6 de julho de 2018
- ↑ Freitas, Thayanne Tavares (2020). «O santo visita o rei: festividade afrorreligiosa em São João de Pirabas e o complexo da encantaria na Amazônia oriental». Revista de Antropologia da Amazônia. Consultado em 20 de junho de 2023
- ↑ Veras, Hermes de Sousa (12 de dezembro de 2018). «A festividade de Rei Sabá em São João de Pirabas: religião, cultura e outros compósitos». Consultado em 6 de julho de 2023
- ↑ «Afroreligiosos celebram o Rei Sabá em São João de Pirabas, no Pará». Por G1 PA. 22 de janeiro de 2018. Consultado em 20 de junho de 2023