Joaquim Antônio Ferreira
Joaquim Antônio Ferreira | |
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Visconde com grandeza de Guaratiba | |
Nascimento | 4 de fevereiro de 1777 |
Valença do Minho | |
Morte | 11 de março de 1859 |
Rio de Janeiro | |
Sepultado em | Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro |
Ocupação | Militar |
Joaquim Antônio Ferreira, primeiro barão com grandeza e visconde com grandeza de Guaratiba (Valença do Minho, 4 de fevereiro de 1777 — Rio de Janeiro, 11 de março de 1859) foi um militar e comerciante luso-brasileiro.
Filho de Manuel Gonçalves Ferreira e Joana Francisca Ferreira.[1] Irmão de José Gonçalves Ferreira, que foi casado com Lina de Jesus da Silveira.
Veio para o Brasil em 1796, nomeado capitão de ordenanças do Regimento de Minas Novas e depois capitão do 2º Regimento de Milícias da Corte.[2][1] Passados cinco anos, alegando problemas de saúde, pede reforma do seu posto.[3]
Negociante matriculado na Real Junta do Comercio, possuía uma grande fortuna.[1] Foi nomeado para a comissão liquidatária apreensões feitas pelos ingleses de propriedade brasileira, na costa de África.[1] Foi um grande traficante de escravos, no período de 1800 a 1830 teria feito 82 expedições à África, sendo responsável por mais de trinta por cento de todas as expedições do trafico negreiro no período.[3] Com a proibição do tráfico, em 1830, buscou limpar sua reputação, principalmente através da filantropia.[3]
Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro de 1828 a 1829.[1][4] Durante seu mandato ocorreu uma nova epidemia de varíola no Rio de Janeiro, para enfrentá-la mandou separar os enfermos infectados.[3] Lançou, em 1829, os alicerces da Academia Imperial de Medicina, atualmente Academia Nacional de Medicina.[5]
Em 1829 foi agraciado comendador da Imperial Ordem de Cristo, em decreto assinado pelo seu amigo, ministro secretário de Estado nos Negócios do Império, José Clemente Pereira. [3] Agraciado barão, em 5 de maio de 1844 e visconde, em 2 de dezembro de 1854, também comendador da Imperial Ordem da Rosa, além de cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.[1]
Faleceu solteiro, sendo enterrado em um grande mausoléu no cemitério do Catumbi, sua estátua que adornava o mausoléu hoje faz parte da reserva técnica do Museu Histórico Nacional.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f [«Página de A Nobreza Brasileira de A a Z»]
- ↑ Biografia Barões e Visconde de Guaratiba no Muse Emigrantes.[ligação inativa]
- ↑ a b c d e f BATISTA, Henrique Sérgio. De imigrante a visconde: a trajetória de Joaquim Antônio Ferreira, ‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ 2006.[ligação inativa]
- ↑ «Provedores da Santa Casa do Rio de Janeiro»
- ↑ «História da Santa Casa do Rio de Janeiro.». Consultado em 2 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 28 de novembro de 2010