Ário Lobo de Azevedo

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Ário Lobo de Azevedo
Nascimento 1 de dezembro de 1921
Maputo, Moçambique
Morte 3 de agosto de 2015 (93 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Engenheiro e académico

Ário Lobo de Azevedo (Maputo, Moçambique, 1 de Dezembro de 1921 - Lisboa, 6 de Agosto de 2011) foi um engenheiro agrónomo e académico português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]

Ário Lobo de Azevedo nasceu em 1921 na cidade de Lourenço Marques, posteriormente renomeada para Maputo, em Moçambique.[1] Como referiu numa entrevista em 2010, o pai era um agricultor e comerciante, e esperava que ele se tornasse num empregado de escritório, mas inicialmente Lobo de Azevedo enveredou pela mecânica, tendo trabalhado numa oficina ainda durante a juventude.[1]

Fez os estudos liceais na cidade natal,[1] e frequentou o Instituto Superior de Agronomia, onde concluiu a licenciatura em engenharia agrónoma em 1946, e de engenharia silvícola em 1953.[2]

Também estudou nos Estados Unidos da América, durante o período do Macarthismo, tendo sido ameaçado de expulsão daquele país devido a um comentário que fez sobre um senador.[1] Regressou depois a Moçambique, onde apoiou a fundação e foi primeiro vice-presidente da Casa dos Estudantes do Império.[1]

Carreira profissional[editar | editar código-fonte]

Trabalhou como assistente de Física Agrícola no Instituto Superior de Agronomia, tendo travado amizade com Amílcar Cabral, que nessa altura era estudante.[1] Também exerceu como professor naquela instituição desde 1955,[2] onde se jubilou como professor catedrático em 1992.[3]

Como investigador pedologista, participou na Missão de Hidráulica Agrícola ao Sul de Angola, na Missão de Pedologia de Angola, pela qual também foi responsável entre 1960 e 1962, e na Missão de Pedologia de Angola e Moçambique.[1] Foi director do Centro de Estudos de Pedologia Tropical da Junta de Investigações do Ultramar.[4]

Durante a sua carreira como agrónomo, trabalhou com Adriano Moreira.[1]

Entre 1965 e 1970, dirigiu o Centro de Estudos de Pedologia Tropical da Junta de Investigações do Ultramar.[1] Foi um dos apoiantes da formação do Instituto Universitário de Évora, tendo sido convidado pelo Ministro da Educação Nacional, Veiga Simão, para ser o primeiro reitor da Universidade de Évora, em 4 de Janeiro de 1974.[2] Ocupou aquela posição até 1987.[1]

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 3 de Agosto de 2015, aos 93 anos de idade, na cidade de Lisboa.[1] O corpo ficou em câmara ardente na Basílica da Estrela, tendo o funeral sido no dia seguinte, no Cemitério dos Olivais.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em Dezembro de 2017, a Universidade de Évora, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal organizaram a Conferência de Homenagem a Ário Lobo Azevedo, no Instituto Superior de Agronomia.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l DIAS, Carlos (4 de Agosto de 2015). «Primeiro reitor da Universidade de Évora morreu aos 93 anos». Público. Consultado em 26 de Junho de 2019. (pede subscrição (ajuda)) 
  2. a b c «Faleceu Ário Lobo de Azevedo». Rádio Nova Antena. 5 de Agosto de 2015. Consultado em 26 de Junho de 2019 
  3. «Faleceu o 1º reitor da Universidade de Évora». Tribuna Alentejo. 5 de Agosto de 2015. Consultado em 13 de Outubro de 2019 
  4. a b «Homenagem a Ário Lobo Azevedo». Voz do Campo. 8 de Dezembro de 2017. Consultado em 26 de Junho de 2019 


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