1.ª reunião de cúpula do G20

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1ª Cúpula do G20
Summit on Financial Markets and the World Economy
1.ª reunião de cúpula do G20
Foto oficial dos líderes do G20.
Anfitrião  Estados Unidos
Sede Washington, D.C.
Data 14 - 15 de novembro de 2008
Participantes G20
Site Página oficial
Cronologia
Londres 2009

A Reunião de cúpula do G-20 sobre Mercados Financeiros e Economia Mundial, ou simplesmente 1ª reunião de cúpula do G20, ocorreu entre 14 e 15 de novembro de 2008 em Washington, D.C., Estados Unidos. A reunião foi proposta pela União Europeia e organizada pelo Governo estadunidense com o objetivo de trazer à tona uma concordância sobre a políticas econômica mundial nos anos seguintes, de maneira a evitar crises financeiras e endividamento de países.[1][2]

A reunião das 20 maiores economias foi definitiva no reforço da economia mundial, mediante a Crise financeira de 2008. O presidente pro tempore do G-20 e presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico Gordon Brown foram considerados as figuras-chave da cimeira.[3]

Cimeira[editar | editar código-fonte]

Sessão de trabalho da 1ª Cúpula do G20, no segundo dia de reunião.
George W. Bush discursa no jantar oficial da 1ª Cúpula do G20, na Casa Branca.

A cimeira funcionou através da fórmula "G-7 +". Ao anunciar a reunião, o presidente norte-americano George W. Bush disse que "uniria os membros das 20 maiores nações industrializadas".[4][5] O G20 foi estabelecido em resposta à turbulência financeira do fim da década de 1990, através de políticas que visam a estabilização do sistema financeiro internacional. O G20 compreende países considerados sistematicamente importantes, não contactando outros 170 governos (dos 192 Estados membros das Nações Unidas).[6]

O primeiro encontro dos líderes do G20 ocorreu em Washington, D.C. entre os dias 14 e 15 de novembro de 2008, no National Building Museum. Além dos vinte países membros do grupo, outras duas nações participaram como convidadas. O primeiro-ministro neerlandês, Jan Peter Balkenende, retornou aos Países Baixos pouco depois de desembarcar na Base Aérea Andrews em decorrência da morte de seu pai, sendo representado pelo Secretário de Estado Jan Kees de Jager.[7]

O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, não havia sido mencionado nos convites oficiais, mas manifestou "desespero para garantir um convite" à reunião.[8] Posteriormente, Zapatero foi convidado pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy, que detinha o poder de convidar dois países (pois estava na Presidência do Conselho da União Europeia naquele período).[9]

Sugestões[editar | editar código-fonte]

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy afirmaram que "Bretton Woods II" deveria trazer "reforma genuína e abrangente do sistema financeiro mundial".[10] O Conselho da União Europeia descreveu o encontro como "tomada de decisões sobre transparência, normas globais de regularização, supervisão transfronteiriça e gestão da crise, para evitar conflitos de interesse e criar um sistema de aviso elucidando confiança entre os poupadores e os investidores em todos os países". Ao anunciar a reunião, Bush enfatizou que os líderes iriam "rever o progresso sendo feito para tratar a crise financeira, avançar no compreendimento de suas causas e evitar que esta ocorra novamente".

Dirigindo-se aos líderes do G20, o presidente chinês Hu Jintao listou quatro prioridades para a reforma do sistema financeiro mundial: "intensificar a cooperação internacional na regulamentação financeira; avançar a reforma das instituições financeiras; encorajar a cooperação regional; e melhorar o sistema monetário".[11] O ministro de relações exteriores, Qin Gang, disse que o acordo foi "compreensivo, positivo e balanceado".

Antes do encontro, o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, contribuiu com um plano de ação baseado na análise do superávit do país.[12] Eventualmente, o Japão fez empréstimo de 100 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional para aliviar os impactos da crise financeira global.[13][14]

Participantes[editar | editar código-fonte]

Permanentes[editar | editar código-fonte]

Convidados[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «European call for 'Bretton Woods II». Eurodad. 16 de outubro de 2008 
  2. «Summit on Financial Markets and the World Economy». Casa Branca. 11 de novembro de 2008 
  3. Rieffel, Lex (27 de outubro de 2008). «The G-20 Summit: What's It All About?». Brookings Institute. Consultado em 16 de novembro de 2008. Arquivado do original em 19 de março de 2012 
  4. Landres, Kim (22 de outubro de 2008). «Bush announces G20 financial crisis meetings». ABC News 
  5. FT Reporters (23 de outubro de 2008). «Bush to call G20 summit on crisis». Financial Times [ligação inativa]
  6. Kirton, John (30 de novembro de 1999). «What is the G20». G20 Information Centre 
  7. «Delegations to the Summit on Financial Markets and the World Economy». Casa Branca. 14 de novembro de 2008 
  8. Mallet, Victor (31 de outubro de 2008). «The party Spain is desperate to crash». Financial Times 
  9. Fong, Diana (15 de novembro de 2008). «Spain's Zapatero takes extra seat at G20 Summit». DW 
  10. «Bretton Woods II conference FAQs». Eurodad. 23 de outubro de 2008. Consultado em 16 de novembro de 2008. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2009 
  11. «Washington summit targets at crisis». China Daily. 16 de novembro de 2008 
  12. Aso, Taro (14 de novembro de 2008). «Restoring Financial Stability». The Wall Street Journal 
  13. EFE (20 de novembro de 2008). «Candidatura de Tóquio usa empréstimo do Japão para FMI como garantia». iG Esporte 
  14. «IMF Signs $100 Billion Borrowing Agreement With Japan». Fundo Monetário Internacional. 13 de fevereiro de 2009