A Casa sob a Areia

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La casa sota la sorra
A casa sob a areia
Idioma Catalão
Gênero Novela

A casa sob a areia é um romance de Joaquim Carbó publicada pela primeira vez em 1966. Com aproximadamente 60 edições e mais de 180.000 exemplares vendidos, é uma coleção de aventuras que tem apaixonadas várias gerações de adolescentes.[1]

A obra originou uma série de comics ilustrados por Josep Maria Madorell e é uma das muitas heranças perduráveis que nos foi chegando atraves da revista Cavall Fort.

Em 2010, a companhia Egos Teatro fez uma adaptação musical que se estreou no Teatro Nacional da Catalunha e onde também aparecia outro das personagens de Joaquim Carbó, o detetive privado Felip Marlot.[2][3][4]

Argumento[editar | editar código-fonte]

Pere Vidal, um barcelonês de vinte e sete anos, encontra trabalho a partir da leitura de um misterioso anúncio de jornal. Uma série de telefonemas de pessoas desconhecidas e de várias pistas que darão o início a sua aventura.

Depois de um acidentado e emocionante viagem através do Cairo e das terras do Nilo, o protagonista chega à casa sob a areia, sede de uma organização secreta instalada no Sudão que se dedica a todo tipo de negócios sujos. Esta organização está dirigida pelo arqueólogo alemão Timoteus Wander (o senhor Ti), o qual fará todo o possível para que Pere Vidal não possa escapar.

Personagens[editar | editar código-fonte]

O protagonista do romance é Pere Vidal (faz-se passar por Peter Whitel ao início da história). Como em todos os romances de aventuras, é um tipo de herói que as qualidades humanas evoluem ao longo da aventura. Nascido de um bairro operário barcelonês, o mesmo autor caracteriza-o como indolente, indisciplinado, desordenado, de fome de fazer e de viver experiencias extremas.

O seu colega de viagem é o negro Henry Balua, o qual, ao contrário dos estereótipos apresentados nos romances de aventuras clássicas, não será o indígena ingênuo e maravilhado pelas qualidades do herói branco. Neste caso, o negro é o ágil, o íntegro, o trabalhador e o resolvido. Homem de princípios, defensor da gente do seu país, encontra-se casualmente com o herói e estabelece uma profunda amizade com Pere, depois que esse explicasse suas intenções. Pere e o Henry salvam-se a vida mutuamente em várias ocasiões, mas, finalmente, é Henry Balua quem guia o herói pelo bom caminho.

Os perigos aos quais o herói enfrentará têm origem na personagem do malévolo senhor Ti, o chefe da organização. Um homem pançudo, turvo, sem nenhum tipo de escrúpulos que, por mais esforços que faça e talentos que ponha em jogo, não chega nunca a vencer os propósitos do Pere e do Henry.

Há uma extensa galeria de personagens secundárias (os indígenas, os colaboradores do senhor Ti, a família de Pere, etc.) que irão evoluindo e se enriquecendo em outros romances do autor. Por exemplo, Hans, o alemão que trabalha nas ordens do senhor Ti à cidade sob a areia e que já aqui se insinua que não é de todo mal, acabará em sucessivas histórias como colaborador das empresas de Henry e Pere.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «La casa sota la sorra». escriptors.cat. Consultado em 21 de dezembro de 2009. Cópia arquivada em 30 de junho de 2012 
  2. «La casa sota la sorra». Consultado em 10 de maio de 2021 
  3. Ara (28 de junho de 2012). «'La casa sota la sorra' arriba al Teatre Borràs». Consultado em 10 de maio de 2021 
  4. «Torna La casa sota la sorra, ara al Teatre Borràs». Consultado em 10 de maio de 2021