A Farsa da Boa Preguiça

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O grupo teatral Guará PUC (GO) apresenta a peça A farsa da boa preguiça, na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília, em 2014 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Farsa da Boa Preguiça é uma peça teatral em três atos, escrita por Ariano Suassuna em 1960[1][2]. Foi encenada pela primeira vez pelo Teatro Popular do Nordeste (TPN), com direção de, Marcony Portugal em 1961.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Depois do sucesso obtido do Auto da Compadecida, em 1957, Suassuna manteve a estética daquela peça, aproximando elementos da cultura nordestina com a Florença e Roma medievais. Com A Farsa da Boa Preguiça o autor aprofundou sua proposta de buscar na cultura popular a fonte para um teatro erudito brasileiro, ao mesmo tempo que retomava a crítica social[3].

A estreia aconteceu em 24 de janeiro de 1961, no Teatro de Arena do Recife, com elenco liderado por Clênio Wanderley, Germano Haiut e José Pimentel. Francisco Brennand assinou os cenários e figurinos, e a trilha sonora foi composta por Capiba[4].

Em 1969, o Teatro Popular do Nordeste voltou a apresentar o texto, desta vez com direção de Guita Charifker[5]. No Rio de Janeiro, o ator Milton Gonçalves estrelou uma produção em 1975, com o Grupo Chegança[6]. Em 1995, a obra foi adaptada para a televisão, num especial da Rede Globo estrelado por Marieta Severo, Ary Fontoura, Antônio Nóbrega e Patrícia França, Ilya São Paulo e Laura Cardoso.[7]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

A farsa conta a história do poeta popular Joaquim Simão e sua mulher, Nevinha. O rico Aderaldo, apaixonado por Nevinha, tenta conquistá-la com a ajuda da diaba Andreza. Clarabela, socialite mulher de Aderaldo, está por sua vez apaixonada por Simão, que acaba cedendo à tentação e inicia um caso com ela.

Nevinha, fiel ao marido, pede que ele procure um emprego. Mas Simão se nega a abandonar o "ócio artístico" e a poesia.

Aderaldo é enganado pelo demônio Fedegoso, o Cão Caolho, e perde quase todo o seu dinheiro. Com muito trabalho, volta a enriquecer. Aposta então sua fortuna com Joaquim Simão que, se perder, terá de lhe entregar a mulher. O poeta ganha a aposta e enriquece, mas depois perde tudo[8].

No fim da peça Aderaldo e Clarabela são levados para o Inferno , Simão e Nevinha tentam salvar eles rezando um Pai-nosso e uma Ave-maria , São Pedro, São Miguel e Manuel Carpinteiro (Jesus) aparecem e falam sobre a importância da humildade e da arte para a vida de qualquer pessoa.

Referências

  1. A Farsa da Boa Preguiça Arquivado em 16 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Teatro Barracão
  2. A Farsa da Boa Preguiça Arquivado em 16 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Brasil PQ11
  3. COSTA, Kelly Sheila Inocêncio. A farsa da boa preguiça na sala de aula: o ideário cristão e o riso entre a cultura popular e a erudita Arquivado em 16 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Dissertação na área de Linguagem e Ensino, Curso de Pós Graduação em Letras, Universidade Federal da Paraíba, 2006. Pág. 25
  4. Ficha técnica resumida. Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro
  5. Ficha técnica resumida. Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro
  6. Ficha técnica resumida. Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro
  7. «SECEL». www.secel.mt.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2023 
  8. MACHADO, Irley. Pobreza e miséria na Farsa da Boa Preguiça de Ariano Suassuna. OPSIS - Revista do NIESC, Vol. 6, 2006

Ligações externas[editar | editar código-fonte]