Abutilon mosaic virus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Abutilon mosaic virus
Abutilon striatum mostrando folhas manchadas
Classificação viral e
(unranked): Virus
Realm: Monodnaviria
Reino: Shotokuvirae
Filo: Cressdnaviricota
Classe: Repensiviricetes
Ordem: Geplafuvirales
Família: Geminiviridae
Gênero: Begomovirus
Espécies:
Abutilon mosaic virus

O vírus do mosaico Abutilon (AbMV) é um vírus do gênero Begomovirus.Infecta espécies de Abutilon, notavelmente o bordo em flor, Abutilon striatum. O efeito mosqueado ou variegado nas folhas do Abutilon striatum é procurado.[1]

Hospedeiro e sintomas[editar | editar código-fonte]

O hospedeiro do vírus é o Abutilon striatum, um arbusto vertical perene. A folhagem é de 3 a 5 lóbulos e serrilhada com uma rica cor verde e manchas amarelas. As flores são amarelo e laranja com veias vermelhas. A espécie é nativa do Brasil, mas foi naturalizada na América do Sul e Central.[2]

As folhas ficam manchadas com mosaico branco ou amarelo que se assemelha a variegação. As manchas mosqueadas têm aparência angular e são limitadas por veias.[2][3] Algumas plantas apresentam retardo de crescimento, uma diminuição no potencial fotossintético causado pela redução da clorofila, oquê pode acarretar o desidratamento de forma rápida.[1] Os sintomas são de natureza cosmética, então a infecção não mata a planta, que ainda será capaz de florescer e se reproduzir mesmo quando infectada.

Ciclo da doença[editar | editar código-fonte]

O vírus é transmitido naturalmente pela mosca-branca, Bemisia tabaci.[1] O vírus também pode ser transmitido por meio de ferramentas contaminadas e material propagado assexuadamente.[3] Dentro da mosca-branca, aloja-se no sistema digestivo, sendo transmitido à medida que o inseto se alimenta.

Para o ciclo de vida da mosca-planta, há uma janela de 12 horas, após o inseto pegar o AbMV, durante a qual o vírus não pode ser transmitido.[3] Este vírus é transmitido às plantas das quais a mosca-branca se alimenta após esse período.

Outro modo para o AbMV se espalhar é a transmissão manual. Isso é visto na propagação vegetativa de material doente. Para esta doença em particular, as plantas infectadas são escolhidas para serem enxertadas ou usadas como estacas. O vírus continua a viver no tecido depois de ser cortado da planta original para propagação. Existem técnicas para evitar a transmissão manual, como a esterilização de ferramentas, mas não são utilizadas na propagação do Abutilon striatum porque o material infectado é desejado.

Importância[editar | editar código-fonte]

As plantas doentes são desejadas para fins ornamentais. O sintoma do mosaico é considerado mais interessante do que a planta saudável e costuma ser comercializado como uma forma de variegação.[1] Essa doença foi um dos primeiros vírus descritos na literatura científica devido às suas propriedades ornamentais.[4] Os horticultores estavam muito interessados na capacidade das doenças de criar uma aparência variada sem ter que esperar o aparecimento de uma mutação genética. Por esses motivos, não há controles disponíveis. Os propagadores se esforçam para manter o vírus intacto nas novas plantas.[2] A AbMV está presente em toda a América do Sul.[5] Como um membro do Geminiviridae família, AbMV é propenso a recombinação genética que poderiam levar a uma nova variante com consequência mais grave para as espécies Abutilon ou outras plantas.[6]

Deformação[editar | editar código-fonte]

  • Abutilon mosaic A, cepa do vírus das Índias Ocidentais
  • Abutilon mosaic B, cepa do vírus do Brasil
  • Vírus do mosaico do Havaí Abutilon

Referências

  1. a b c d «Abutilon mosaic virus - microbewiki». microbewiki.kenyon.edu. Consultado em 13 de dezembro de 2019 
  2. a b c Nelson, Scot (junho de 2008). «Abutilon Mosaic» (PDF) 
  3. a b c «Managing Pests in Gardens: Diseases: Abutilon mosaic virus—UC IPM». ipm.ucanr.edu. Consultado em 13 de dezembro de 2019 
  4. Jyothsna. «Molecular Evidence for the Occurrence of Abutilon mosaic virus, A New World Begomovirus in India». Indian Journal of Virology. 24: 284–288. ISSN 0970-2822. PMC 3784915Acessível livremente. PMID 24426288. doi:10.1007/s13337-013-0139-y 
  5. Chow. «Studies of oxygen binding energy to hemoglobin molecule». Biochemical and Biophysical Research Communications. 66: 1424–1431. ISSN 0006-291X. PMID 6. doi:10.1016/0006-291x(75)90518-5 
  6. Hendrickson. «Atomic models for the polypeptide backbones of myohemerythrin and hemerythrin». Biochemical and Biophysical Research Communications. 66: 1349–1356. ISSN 1090-2104. PMID 5. doi:10.1016/0006-291x(75)90508-2 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Abutilon Mosaic, Scot C. Nelson, Departamento de Ciências de Proteção Ambiental e Vegetal, Universidade do Havaí, junho de 2008.