Achille Fould

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Achille Fould
Achille Fould
Achille Fould
Nascimento 17 de novembro de 1800
Paris
Morte 5 de outubro de 1867 (66 anos)
Laloubère
Sepultamento cemitério do Père-Lachaise
Cidadania França
Progenitores
Cônjuge Henriette Goldschmidt
Filho(a)(s) Adolphe-Ernest Fould, Gustave Fould, Juliette Fould, Charlotte Fould
Irmão(ã)(s) Violette Fould, Louis Fould, Benoît Fould
Ocupação político, banqueiro
Prêmios
  • Grã-cruz da Legião de Honra
Religião protestantismo

Achille Fould (Paris, 17 de novembro de 1800 – Tarbes, 5 de outubro de 1867) foi um financista e político francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fould era filho de um banqueiro judeu de sucesso. Foi sócio e depois sucedeu seu pai na gestão dos negócios. Já em 1842 entrou na vida política, tendo sido eleito naquele ano deputado pelo departamento dos Altos Pirenéus. Desde aquele tempo até sua morte, ocupou-se ativamente dos assuntos de seu país. Prontamente concordou com a Revoluções de 1848, e é dito ter exercido influência decisiva nas questões financeiras do governo provisório, então formado. Logo depois, publicou dois panfletos contra o uso do dinheiro de papel, intitulado Pas d'Assignats! e Observations sur la question financière.[1]

Durante a presidência de Luís Napoleão, foi quatro vezes ministro das Finanças, e assumiu um papel de liderança nas reformas econômicas feitas na França. Sua forte tendência conservadora levou-o a se opor à doutrina do livre-comércio, e a apoiar o golpe de Estado e o novo império. Em 25 de janeiro de 1852, em consequência do decreto para confiscar os bens da família d'Orleães, renunciou ao cargo de ministro das Finanças, mas foi no mesmo dia nomeado senador, e logo depois voltou ao Governo como ministro de Estado e da família imperial. Nesta função, organizou a Exposição Universal de 1855, em Paris. Os acontecimentos de novembro de 1860 levaram-no, mais uma vez, à renúncia, mas foi convocado para o Ministério das Finanças em novembro do ano seguinte, e manteve o cargo até à publicação da carta imperial de 19 de janeiro de 1867, quando Émile Ollivier tornou-se o principal conselheiro do imperador. Durante seu último mandato reduziu a dívida flutuante, que a segunda intervenção francesa no México tinha aumentado consideravelmente, pela negociação de um empréstimo de 300 milhões de francos (1863).[1]

Fould, além de possuir habilidades financeiras incomuns, teve um gosto pelas artes plásticas, que desenvolveu e refinou durante sua juventude, visitando a Itália e a costa oriental do Mediterrâneo. Em 1857 foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts.[1]

Notas

  1. a b c Chisholm, Hugh. «Fould, Achille». Encyclopædia Britannica (em inglês). 10 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 737–738 

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]