Against Violent Extremism

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Contra o Extremismo Violento (Against Violent Extremism) (AVE) é uma rede global de ex-extremistas, sobreviventes da violência, e pessoas interessadas do setor público e privado - trabalhando juntos para combater todas as formas de extremismo violento.[1] Uma parceria entre o Institute for Strategic Dialogue, Google Ideas e a Gen Next Foundation.[2] O objetivo específico da AVE é oferecer uma plataforma para comunicação, colaboração e um meio para ativistas encontrar recursos e financiamento de projetos.[3]

Origens[editar | editar código-fonte]

AVE tem suas origens na conferência Summit Against Violent Extremism (SAVE), realizada em Dublin, no verão de 2011 .[4] A primeira grande iniciativa da Google Ideas, SAVE reuniu ex-extremistas e sobreviventes do extremismo violento de todo mundo.[5] Durante o evento houve discussões sobre os pontos em comum entre os diferentes extremistas,[6] os padrões de radicalização [7] e os fatores que levam as pessoas a deixarem os grupos violentos.

Um tema comum durante todo o evento foi o quanto as pessoas que trabalham para impedir os diferentes tipos de extremismo tiveram que aprender um com o outro. Baseada nas discussões da SAVE, uma rede global permanente de ex-extremistas e sobreviventes do extremismo violento chamada Against Violent Extremism foi estabelecida. Esta rede foi oficialmente lançada pela Google Ideas em Nova York, em abril de 2012.[8]

Objetivos[editar | editar código-fonte]

A rede visa amplificar as vozes de ex-extremistas e sobreviventes de uma forma eficaz para combater a radicalização.[9] O objetivo é fazê-lo de três maneiras:

Rede[editar | editar código-fonte]

Reunindo uma rede global de ex-extremistas de todas as ideologias com sobreviventes da violência, a AVE visa a facilitar a 'polinização cruzada' [10] de idéias entre os membros de uma maneira mais eficiente.[11] A inclusão de pessoas interessadas do setor privado e público facilita a troca de diálogo e a melhor prática. [12]

Suporte[editar | editar código-fonte]

Baseando-se em seus contatos de diferentes setores, a rede fornece suporte prático para projetos de base que trabalham para combater o extremismo a nível comunitário.[13]

Advocacia[editar | editar código-fonte]

Defensores do papel positivo que ex-extremistas e sobreviventes podem desempenhar na prevenção do extremismo violento.[12] Estes indivíduos têm a credibilidade e a motivação para alcançar alguns dos jovens mais expostos ao risco. AVE também enfatiza o papel importante que o setor privado pode desempenhar em um processo que tem sido dominado tradicionalmente pelo setor público. [14]

Organização[editar | editar código-fonte]

AVE é gerenciada no dia a dia pelo think tank Institute for Strategic Dialogue, com sede em Londres, que assumiu formalmente a gestão da rede do Google Ideas em fevereiro de 2012.[15] A rede é inteiramente financiada pelo setor privado[16] com financiamento e apoio estratégico fornecido pela Google Ideas e pela fundação norte-americana Gen Next Foundation. [17] A rede também se beneficia de ajuda do site e do suporte técnico fornecido pela Rehab Studio baseada em Belfast. [18]

Membros de Alto Perfil[editar | editar código-fonte]

AVE tem mais de 450 ex-extremistas e sobreviventes do extremismo violento em todo o mundo. Alguns exemplos de alto perfil são:

Crítica[editar | editar código-fonte]

Houve críticas de que o projeto, que reúne ex-extremistas, foi ingênuo ao exagerar o impacto que ele pode ter. [19] De forma mais ampla, há também ceticismo de que as lições aprendidas no combate contra a violência de gangues nas ruas de Los Angeles podem ser utilizadas para combater a ameaça do extremismo islâmico nas ruas de Islamabad.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Network to combat extremism and gang culture launched, BBC News, 25 April 2012 http://www.bbc.co.uk/news/world-17841681
  2. Can a social network fight 'extremism'?, AlJazeera, May 2012, http://stream.aljazeera.com/story/googles-fight-against-extremism-0022202 Arquivado em 2013-07-10 na Archive.today
  3. FRENNET, ROSS: RAMALINGHAM, VIDHYA, The failed EDL rally plot shows how much extremists need each other, guardian.co.uk, May 2013, http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2013/may/01/failed-edl-rally-plot-extremists-need 
  4. CENTER, BRIAN, LA to Dublin and Beyond, The Huffington Post, July 2011, http://www.huffingtonpost.com/brian-center/la-to-dublin-and-beyond_b_888132.html
  5. IDE, MICHAEL, Google Ideas organises Anti-Extremism conference in Dublin, ITProPortal.com, June 2011, http://www.itproportal.com/2011/06/30/google-ideas-organises-anti-extremism-conference-dublin/
  6. a b SEGALL, MANDY, Former Skinhead: 'My hate had no basis', Al Jazeera, July 2011, http://www.aljazeera.com/indepth/features/2011/06/2011630123643988652.html
  7. DUBLIN, FROM THE PRINT ADDITION, Violent Extremists: Of Skinheads and Jihadists, June 2011 http://www.economist.com/node/18895448
  8. JUGINOVIC, JANA, Google oracle Jared Cohen on the future and the Internet, Macleans.ca, June 2013, http://www2.macleans.ca/2013/06/07/a-conversation-with-jared-cohen-director-of-google-ideas/ Arquivado em 5 de março de 2014, no Wayback Machine.
  9. CAHALAN, PAUL: OWEN, JONATHAN, Terror in Woolich: Internet is the vital frontline in a war against extremism, The Independent, May 2013, http://www.independent.co.uk/news/uk/crime/terror-in-woolwich-internet-is-the-vital-frontline-in-war-against-extremism-8632400.html
  10. Press Release, Institute for Strategic Dialogue, September 2012, http://www.strategicdialogue.org/AVE_Colombia.pdf Arquivado em 14 de julho de 2014, no Wayback Machine.
  11. ROGERS, DR BROOKE, Viewpoints: How should radicalisation be tackled?, bbc.co.uk, May 2013, http://www.bbc.co.uk/news/uk-22683452
  12. a b RAN INT/EXT WORKING GROUP, Proposed Policy Recommendations For the High Level Conference, Radicalisation Awareness Network, December 2012, http://ec.europa.eu/dgs/home-affairs/what-we-do/networks/radicalisation_awareness_network/ran-high-level-conference/docs/proposed_policy_recommendations_ran_int-ext_en.pdf
  13. «RESILIENT COMMUNITIES NEWS/BLOG, "Former Extremists work against violent extremism", Resilient Communities». 13 de maio de 2013. Consultado em 11 de agosto de 2013. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2014 
  14. SMITH, GRAHAM, Google backs new social network for former terrorists and their victims that aims to combat extremism and gang culture around the world, The Daily Mail, April 2012, http://www.dailymail.co.uk/news/article-2135393/Google-backs-new-social-network-terrorists-victims-aims-combat-extremism-gang-culture-world.html
  15. BK, THE LOCAL, New Social Network Links ex-terrorists and victims, The Local, April 2012, http://www.thelocal.de/national/20120425-42157.html
  16. Neumann, Peter R, Options and Strategies for Countering Online Radicalization in the United States, Studies in Conflict & Terrorism, 36:6, p. 446, http://counterideology2.files.wordpress.com/2013/06/options-n-strategies-for-countering-online-radicalization-in-the-us.pdf
  17. http://www.theverge.com/2012/4/25/2975032/google-ideas-against-violent-extremism-network/
  18. SOLON, OLIVIA, Google backs 'social network' for former violent extremists, wired.co.uk, April 2012, http://www.wired.co.uk/news/archive/2012-04/25/against-violent-extremism-social-network Arquivado em 3 de novembro de 2013, no Wayback Machine.
  19. GITHENS-MAZER, JONATHAN, Google's big idea against extremism needs to learn the important maxim of political violence: "no justice, no peace"?, Open Democracy, July 2011 http://www.opendemocracy.net/jonathan-githens-mazer/has-googles-big-idea-against-extremism-needs-to-learn-important-maxim-of-poli